quarta-feira, 30 de novembro de 2011

354° Dia – Alter do Chão – 05/11/2011 – Sábado

Travessia para a Ilha do Amor e o centrinho ao fundo
      Hoje acordamos em torno das 9h, tomamos o nosso café da manhã e fomos dar passeada pela cidade. Caminhamos até o centrinho e entramos em inúmeras lojinhas de artesanato que existem no seu arredor. Como achamos tudo um pouco caro (não estamos acostumados com estes preços para turista), não compramos nada, mas aproveitamos a beleza da arte local, que é produzida com matéria-prima natural.
      Como o calor começou a ficar intenso, voltamos ao hostel, trocamos de roupa e fomos para a praia. Aproveitamos o belo dia de sol para irmos conhecer a Ilha do Amor, uma península localizada em frente a orla de Alter do Chão que possui areia branquinha e água em quase toda a sua volta. Assim que chegamos na beira do rio, alguns pescadores nos avisaram que deveríamos arrastar os pés ao atravessá-lo, pois existem arraias no fundo do rio que podem machucar os desavisados. Desta maneira, colocamos os nossos chinelos e fomos arrastando os pés até chegarmos à ilha.
     Ao chegarmos na ilha, começamos a entender porque as pessoas chamam Alter do Chão de “Caribe Brasileiro”. A areia da praia é bem fininha e branca, a água é transparente e o atendimento nas barraquinhas é impecável. Ficamos a tarde inteira com os pés na água, tomando uma cervejinha e curtindo a maravilhosa paisagem, só fomos sair de lá após o por do sol. Nunca imaginei que eu iria gostar de praia de rio, mas, sinceramente, me apaixonei pelo lugar.
Por do sol no rio Tapajós
     Na volta ao hostel, tomamos banho e fomos direto preparar a nossa janta. Enquanto cozinhávamos, ficamos conversando com o pessoal que mora na pousada e brincando com o fofo do Luan (filho, de 8 meses, deles). Depois da janta, caminhamos até o centrinho para vermos se a lan house estava aberta. Conseguimos ver as novidades na internet e postar alguns relatos. Em seguida, fomos comer um sorvetinho artesanal na praça e voltamos para à pousada.
     Agora, escrevo este relato enquanto o Moacir vai pegar manga na casa do vizinho. É engraçado perceber que em cidadezinhas de interior as pessoas não se importam em dividir estas coisas com os outros. Quando ele voltar, vamos dormir, pois amanhã teremos mais um dia de praia, maravilha!
Gastos
- Camping: R$18,00 - Sorvete: R$6,00 - Cerveja: R$4,00 - Internet: R$2,00

353° Dia – Santarém – Alter do Chão – 04/11/2011 – Sexta-feira

     Novamente, acordamos cedo, comemos e voltamos a dormir. Hoje era o nosso último dia em Santarém. Sendo assim, realmente despertamos às 11h, arrumamos tudo e partimos rumo ao ponto de ônibus. Parecíamos duas árvores de natal andando pelas ruas do centro da cidade, cheios, atrolhados de bagagens (eu carregava todas as bagagens equilibradas em cima da minha bike e a Cris levava o quadro de bicicleta “novo” dela e as bolsas).
     Assim que chegamos na parada, recebemos uma notícia que nos deixou muito preocupados: só havia ônibus de linha, ou seja, sem bagageiro. Na hora já achei que teríamos que marchar com uns R$80 de táxi até Alter do Chão. Como não tínhamos pressa, ficamos esperando até o ônibus passar para dar uma tenteada de embarcar com as duas bikes e as bagagens.
     Parei o primeiro ônibus que passou e o motora me disse que poderia levar, porém o ônibus estava cheio e deveria esperar o que próximo que estivesse mais vazio. Aliviados, ficamos na parada mais uns 30min até o seguinte aparecer. Para a nossa felicidade, o motorista foi parceiro e esperou até que a gente embarcasse todo aquele mundaréu de coisas. Já bem sentados no fundão do ônibus, só nos restou esperar à 1h30min de viagem até a vilinha de Alter. Neste percurso, começamos a perceber que é normal o pessoal embarcar com o rancho da semana ou do mês no ônibus. Vimos diversas pessoas com aqueles sacos bem resistentes de farinha com um pouco de tudo dentro. A viagem foi tranquila e fomos observando a bela paisagem cheia de vegetação.
     Ao nos aproximarmos do vilarejo, uma senhora começou a conversar conosco e, como não tínhamos onde ficar, pedimos uma indicação de pousada boa e barata. Ela nos disse que desembarcaria bem próximo de uma que era muito boa, na beira da praia e bem baratinha. Tudo o que nós estávamos procurando! Sendo assim, somente aguardamos a dica da senhora. Descemos no final do centrinho e ela nos indicou o caminho.
     Chegando na pousada Por do Sol, vimos que era um local muito bonito mesmo. Montamos o nosso acampamento dentro do redário (por aqui eles têm o costume de alugar espaço para o pessoal dormir em rede num galpão) e já saímos para almoçar. Na volta à pousada, ainda passamos num mercadinho para comprar mantimentos para a janta e o desayuno de amanhã. Mais tarde, fomos para a praia. Ficamos extremamente surpresos com a belíssima praia com que nos deparamos. As águas do rio Tapajós são extremamente claras e variam entre o azul e o verde. Além disso, a largura absurda do rio faz com que pareça que se está no mar, pois mal consegue-se enxergar a outra margem. Ficamos nos deliciando nas águas claras e quentinhas do rio enquanto a tarde ia embora. De repente, o céu começou a ficar com diversas cores vibrantes e tivemos um dos espetáculo mais bonitos desta viagem. O por do sol em pleno rio Tapajós é algo diferenciado! Ficamos maravilhados com aquela beleza toda!
     De volta à pousada, nos banhamos e fomos fazer alguma coisinha para comermos. De barriga cheia, voltamos ao redário e ficamos viajando um pouco. Pensando em como seria bom ter uma vidinha mais pacata num lugar desses. Além disso, começamos a programar a nossa estadia por aqui, pois ficaremos até o dia 17/11, quando a mãe chega.
     Lá pela meia-noite, fomos nos deitar. Ah, já aproveitamos muito a rede que compramos em Santarém. Sem ela, o acampamento não teria o mesmo conforto.
Gastos
- Camping: R$18,00 - Almoço: R$29,00 - Compras: R$27,08 - Ônibus: R$5,00

terça-feira, 29 de novembro de 2011

352° Dia – Santarém - 03/11/2011 – Quinta-feira

     Mais um dia em que acordamos cedo, devoramos o desayuno e voltamos para a cama. Mais tarde, fomos dar uma volta pela cidade para aproveitar o último dia na cidade. Saímos do hotel e começamos a nossa pernada pelo centro.
     Passamos pelos principais pontos e acabamos numa feirinha de artesanato que vendia principalmente redes. Como vamos ficar um bom tempo acampando pelo resto do Brasil até chegar em Porto Alegre, decidimos que estava na hora de adquirirmos mais um confortinho. Compramos uma rede bem levinha toda furadinha, excelente para o clima absurdamente quente da região. Felizes com a nossa compra, passamos num mercadinho e voltamos ao hotel.
     Já faz um tempo que queremos comer um rodízio de pizza, sendo assim, fomos procurar onde comer. Infelizmente nos disseram que não tinha rodízio, mas nos indicaram uma boa pizzaria. Com todas as informações que queríamos, fomos dar uma descansadinha.
     No anoitecer, começamos a nos arrumar para sair. Como não tinha ônibus para a região da pizzaria, pegamos um táxi. A pizza estava deliciosa e matamos a nossa vontade de comer uma bela fatia de pizza de rúcula com tomates secos e uma de strogonoff! Mais do que satisfeitos, voltamos para o hotel para a nossa última noite em Santarém. Amanhã teremos que arrumar tudo para irmos até Alter do Chão.
Gastos
- Hotel: R$75,00 - Almoço: R$17,00 - Internet: R$4,00 - Mercadinho: R$8,95 - Rede: R$33,50 - Táxi: R$32,00 - Janta: R$36,50

351° Dia – Santarém - 02/11/2011 – Quarta-feira

      Hoje acordamos cedo, tomamos o delicioso café da manhã do hotel e voltamos a dormir. Passamos o restante da manhã no quarto do hotel aproveitando o ar condicionado do quarto. Sempre evitamos os horários de sol forte pois o calor em Santarém é intenso.
     Em torno das 15h, saímos para passear pelo calçadão e para dar uma olhada no artesanato. Como o céu estava aberto, conseguimos ver a divisão das águas dos rios Amazonas e Tapajós. Esta divisão é bem diferente da de Manaus, pois as águas do rio Tapajós são muito mais claras e a divisa entre os rios parece uma linha reta.
     Após a caminhada, fomos almoçar em um restaurante no calçadão. Eu pedi uma lasanha quatro queijos e o Moacir pediu uma caldeirada de Tucunaré (arroz, pirão e uma “sopa” gigantesca com MUITO peixe, ovo cozido e diversos vegetais). Não sei porque ainda insistimos em pedir um prato para cada um, no Brasil, um prato é para dois e ponto (salvo os PF e os fast food). Quando a comida chegou, nos apavoramos com a quantidade. Ficamos uma hora sentados comendo sem parar. O Moacir conseguiu terminar o prato dele (adorou) e eu pedi a metade da lasanha para levar.
     Na volta ao hotel, ainda passamos na internet e no mercadinho. E ficamos o restante do dia assistindo filmes antigos. No inicio da noite, comemos um lanche no quarto mesmo e fomos dormir.
Gastos
- Hotel: R$75,00 - Almoço: R$50,00 - Internet: R$5,00 - Mercadinho: R$17,96

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

350° Dia – Santarém - 01/11/2011 – Terça-feira

     Hoje completamos 350 dias de viagem! É incrível como passou correndo este tempo, agora, serão só mais 150 dias de pedal até chegarmos em casa. É engraçado perceber como a chegada no Brasil nos abalou. Não sei se foram os “percalços no caminho” ou se é a proximidade de casa, mas estamos com muito mais dificuldade de nos focarmos na expedição. Muitas vezes, nos pegamos pensando e conversando sobre como será a nossa vida no retorno. Acreditamos que isso seja normal, mas teremos que esforçarmo-nos mais a partir de agora para conseguirmos viver o momento e aproveitarmos ao máximo cada segundo.
     Acordamos para o café as 7h30min e nos surpreendemos com a fartura do buffet. Após nos deliciarmos com frutas, sucos, leite, pães, bolos, ovos, frios e geléias, voltamos ao quarto para jiboiarmos. Descansamos até as 13h e saímos para explorarmos um pouco mais a cidade. Na caminhada pelo centro, percebemos que os paraenses tem o costume dos mercadinhos/atacados, que são pequenas lojas onde eles vendem os víveres comuns a varejo e a atacado. Além disso, aqui também se nota o costume comum da Venezuela de distribuidoras de bebidas. A cada esquina há uma grande bodega que vende só bebidas.
     Como ainda não conseguimos todas as peças para a minha bike, aproveitamos a caminhada para perguntarmos sobre lojas de bike. Ficamos sabendo que havia uma loja grande onde, possivelmente, conseguiríamos algum apoio. Pedimos o endereço, mas como ela ficava um pouco longe, decidimos que eu ficaria no hotel, enquanto o Moacir passaria lá de bike.
     Eu passei mais uma tarde no hotel e, no fim do dia, ele apareceu com uma excelente notícia. O pessoal das lojas Dakra (dakrastm@gmail.com – (93)35235670/ 35238343) e da Ciclo Rodagem (Av. Magalhães Barata, 638 – (93)35232044) nos ajudaram com diversas peças que faltavam. É maravilhoso ver que ainda existem pessoas boas, dispostas a ajudar a quem precisa. Tomara que a Glória Maria (minha bike antiga) faça o bem a alguém que necessite, pois estou muito feliz em ver que a Penélope (minha bike nova) será o resultado do apoio de muita gente caridosa. Sem dúvida, esta bike será feita com muito amor.
     Como o Moacir estava cansado de tanta correria, acabamos saindo só para comer (no Lelos! Muito bom!) e já voltamos para o hotel. Em seguida, ficamos conversando sobre tudo isso que está acontecendo nas nossas vidas. Mesmo com os probleminhas, somos muito agradecidos por esses 350 dias de muita aprendizagem e renovação da nossa fé. Boa noite!
Gastos
- Hotel: R$75,00 - Internet: R$5,00 - Compras: R$18,96 - Janta: R$20,95

349° Dia – Santarém - 31/10/2011 – Segunda-feira

     Acordamos às 8h, bem descansados da longa noite de sono. Como poderíamos ficar até às 12h, tomamos o café e arrumamos as malas sem pressa alguma. Terminamos de nos arrumar e saímos do barco a fim de pegarmos um táxi (na realidade, uma caminhonete que leva carga e gente) até o camping, pois chovia muito e não tinha como caminhar do porto até o centro com o dedo quebrado. Na saída do porto, o Moacir estranhou o movimento de pessoas para os barcos e perguntou as horas para um dos transeuntes. Ele nos informou que era 10h30min, ou seja, uma hora a mais do que marcava o nosso relógio. O Moacir ainda questionou se este horário era devido ao horário de verão e o rapaz respondeu que sim. Como já não estávamos tão adiantados, fomos pegar o táxi para irmos ao centro de Santarém.
Por do sol no encontro dos rios Tapajós e Amazonas
     Mal saímos do porto e lá estava o nosso táxi nos esperando. Carregamos o carro e partimos. O taxista passou o caminho todo nos explicando sobre a cidade, mas quando chegamos ao ponto combinado, percebemos que o “camping” era uma praça onde ele achava que dava para acampar. Como ainda estamos traumatizados com os roubos, agradecemos a boa vontade pedimos que ele nos deixasse em um hotelzinho do centro.
      Descemos em um hotel do centro e o Moacir foi falar com o recepcionista enquanto eu cuidava das bagagens. O hotel era um pouco caro, mas como estava chovendo e estávamos carregados de bagagens, decidimos ficar mesmo assim. Já sabíamos que no Brasil as coisas seriam muito mais caras mesmo.
      Após nos instalarmos, saímos para conhecer os arredores e almoçarmos. Santarém parece uma cidadezinha de interior mas em grande escala, os prédios são todos baixos, as condições sanitárias são precárias (com direito a esgoto a céu aberto indo direto ao encontro dos rios Amazonas e Tapajós), mas possui bancos, supermercados, hospitais, tudo o que se precisa para se manter. Após a voltinha pela feira, pela orla e pela igreja, acabamos almoçando em um buffet bem ruinzinho.
     Cansados da pernada, voltamos ao hotel e dormimos o resto da tarde. Acordamos às 21h, mortos de fome e saímos em busca de restaurantes. O centro estava totalmente deserto e só encontramos uma lancheria aberta na orla, desta maneira, pegamos dois xis e um refrigerante. Depois da janta, voltamos ao hotel porque a vizinhança não parecia das mais amigáveis.
     Agora, escrevo este relato enquanto o Moacir assiste televisão. Quero ver conseguirmos dormir cedo hoje. Boa noite!
Gastos
- Hotel: R$75,00 - Táxi: R$20,00 - Internet: R$4,00 - Almoço: R$17,50 - Janta: R$13,00

domingo, 27 de novembro de 2011

348° Dia – Manaus – Santarém - 30/10/2011 – Domingo


     Acordamos sem pressa alguma, pois, de qualquer forma, passaremos o dia inteiro dentro do barco. Conforme ia passando o tempo, fazíamos lanches e dávamos uma olhada na paisagem. Imaginávamos que todo o trajeto seria num enorme rio no meio de uma floresta densa e cheia de árvores imensas, mas foi num rio grande (mas nada de mais) com pouca vegetação nas suas margens. A única coisa diferente que vimos foi uma canoa que encostou no barco para trocar duas galinhas vivas por dois sacos de farinha.

      Às 20h atracamos no porto de Santarém e começamos a nos preparar para sair. Neste momento, ouvimos rumores de que o barco ficaria atracado em Santarém até o meio-dia de amanhã e de que era possível dormir no barco. Para não termos problemas, fomos confirmar a informação com um dos tripulantes. Como ele ratificou o informe, somente pegamos a bolsa e fomos procurar algum boteco para jantarmos.
     Saímos do porto e demos de cara com uma vendinha. Pedimos um prato de comida, um guaraná e uma água bem gelada. A comida era boa e farta. Saímos bem satisfeitos, ainda mais depois de ver na TV da vendinha que o Grêmio ganho de 4x1 do Flamengo. Em seguida, voltamos ao barco e nos reinstalamos. Agora escrevo enquanto a Cris sente os efeitos de estar mareada. Amanhã iremos procurar um camping perto da praia para passarmos os próximos quatro dias.
Gastos
- Janta: R$15,00

sábado, 26 de novembro de 2011

347° Dia – Manaus – Santarém - 29/10/2011 – Sábado

      Acordei às 7h20min extremamente cansado, porém, como não tinha outro jeito, fui me arrumar para ir na loja de bike “A Ciclista” e pegar a bike lá no Sérgio. Como era um pouco longe, fui pedalando. Cheguei no Sérgio às 7h50min e o pessoal falou que ele não tinha chegado ainda, mas que estava para chegar. Esperei ele até às 9h e nada. Desta forma, falei para o pessoal que voltaria mais tarde, pois tinha que ir na loja de bike ainda.
      Assim que cheguei na “A Ciclista” fui super bem atendido e fiz o pacotão das peças que estava precisando. Porém, como havia acertado com o Yuri que o pessoal ligaria para ele liberar as peças, ainda tinha que aguardar a ligação. Após duas chamadas não atendidas, avisei que ia pegar a bike ali perto e já voltava.
Encontro dos rios Negro e Amazonas
      Quando cheguei no Sérgio, o próprio já estava lá. Mais uma vez agradeci o apoio e entreguei o regalito que tínhamos comprado, peguei a bike e voltei para “A Ciclista” com a bike “nova” no bagageiro traseiro. Assim que cheguei, ligaram para o Yuri e, finalmente, ele atendeu. Após ele liberar as peças, peguei a minha sacolinha e voltei ao hostel, pois já era 10h.
      Cheguei no hostel e a Cris já tinha arrumado todas as nossas coisas. Sendo assim, fui tomar um banho para partirmos. Com tudo pronto, fomos nos despedir do pessoal e agradecer pelo apoio (foram 8 noites em que a Dani, dona do hostel, não nos cobrou nada). Como tínhamos as duas bikes para levar, acertamos que a Cris ia de táxi com as bagagens e eu ia pedalando com as bikes.
      Depois de uns 10min de translado, nos encontramos no porto sem problema algum. Porém, a confusão estava por vir. Quando fui falar com o cara que tinha me vendido a passagem ele me disse que não tinha mais camarote. Fiquei indignado e perguntei como que ele tinha me vendido se não havia mais. Ele veio com uma desculpa de que o barco havia chegado no porto de Manaus já com os camarotes vendidos e que não tinha conseguido me avisar porque não tinha o meu telefone (certo que ele vendeu o nosso camarote por um preço mais alto para outra pessoa). Depois de muito bater boca e ver que não adiantaria nada, fui tentar resolver o problema. Acabei achando o primeiro vendedor com quem havia conversado e ele disse que tinha um camarote por R$300. Depois de muito choro, ele baixou para R$280. Sendo assim, peguei o dinheiro de volta com o vendedor FDP e acertei com ele. O ruim deste camarote é que o ar estava estragado (só tinha ventilador), mas o ótimo é que tinha banheiro privativo.
      Com tudo acertado, só faltava levar as coisas para o barco. Como carregar as bagagens sem elas estarem nas bikes é bem difícil, acabei pegando a ajuda de um dos vários carregadores que oferecem os seus serviços. Assim que o cara foi pegar as bagagens, a Cris me chamou e disse que o taxista havia avisado que estes caras roubavam a bagagem e ainda diziam que tu usou o serviço deles e não pagou. Para aumentar a nossa desconfiança, a primeira coisa que o cara perguntou foi se o que tinha dentro dos alforges eram peças de bike. Realmente de cara, indignado, revoltado por ter tanta gente em que não se pode confiar, pedi o meu dinheiro de volta e dispensei o “prestativo” carregador.
      Com a alma entregue, peguei o máximo de bagagem possível e levei até o barco. Após umas três paradas para descansar e de estar vertendo suor, deixei tudo com o responsável pelo barco, pois estavam limpando o nosso camarote. Voltei para pegar o resto das bagagens para fazer a última viagem até o barco. Mesmo com o dedo quebrado, a Cris parecia uma árvore de natal, de tanta coisa que estava carregando. Finalmente instalados em nosso camarote, podemos relaxar um pouco. Trancamos a porta do camarote e fomos dar uma volta pelo barco. Ficamos admirados com a paisagem e surpreendidos com a forma diferenciada que o pessoal de rede viaja (só não fomos de rede porque a Cris enjoa muito e, principalmente, porque nos disseram que ocorrem furtos de bagagem nos portos).
      Às 13h30min, o barco ligou os motores e iniciamos a nossa viagem de 31h até Santarém. Como tudo era novidade, fomos para a frente do barco para curtir o vento fresco e a paisagem. Ainda tivemos a grata surpresa de, ao conversarmos com um senhor, descobrirmos que o barco passa pelo encontro das águas do Rio Negro com o Rio Amazonas (estávamos com um certo arrependimento de não termos feito o passeio para conhecê-lo). Sendo assim, sentamos e ficamos esperando este espetáculo.
Redes penduradas no barco
      Depois de uns 30min de viagem pelas águas escuras do Rio Negro, pudemos avistar as águas barrentas do Rio Amazonas no horizonte. Conforme nos aproximávamos, percebíamos a “linha divisória” entre os dois rios. Ficamos impressionados com o que víamos. Parecia óleo e água! Tinham bolsões de água barrenta no meio da água preta e vice-versa.
      Após passarmos por este incrível ponto, fomos descansar um pouco. Ficamos felizes ao perceber que o banheiro do camarote tinha chuveiro, pois já estávamos preparados para um banho de canequinha. Após tirar o suor com um bom banho de rio (toda a água do barco vem do rio), capotamos na confortável cama. O balanço do barco embalou o nosso sono até às 18h30min. Acordamos famintos e percebemos que, até o momento, havíamos comido apenas um sanduíche. Sendo assim, pegamos as comidas e tomamos um cafezão. Em seguida, fomos curtir uma noite estrelada na proa do barco.
     Ficamos uns 30min conversando e curtindo o momento. Como os mosquitos começaram a atacar, voltamos para o camarote e fomos dormir, pois estes últimos dias em manaus foram bem cansativos e estressantes.
Gastos
- Táxi: R$20,00 - Bebidas: R$8,00 - Acréscimo na passagem: R$30,00

terça-feira, 22 de novembro de 2011

346° Dia – Manaus – 28/10/2011 – Sexta-feira

     Acordei cedo para sair e comprar uma sacola para colocarmos todas as nossas miudezas e, principalmente, para ir numa lan house para divulgar o furto da nossa bike no grupo Pedala Manaus. Infelizmente, não consegui postar no grupo, mas adicionei o Thiago (um dos organizadores que me deu uma baita força). Saindo da lan house, passei numa lojinha e comprei uma sacola bem no estilo sacoleiro e voltei para o hostel.
     Tomamos o nosso café da manhã, descansamos um pouco e já saímos para, mais uma vez, ir na lan house. Desta vez, tivemos mais sorte e conseguimos entrar no grupo e divulgar o fato (esperamos que dê algum resultado). Além disso, aproveitamos para agendar algumas postagens nos blogs, pois a partir de amanhã ficaremos dois dias sem acesso à internet (31h de viagem de barco de Manaus a Santarém). Após resolvermos estes “problemas”, pegamos um açaí e um salgado e voltamos ao hostel.
     Assim que chegamos, demos uma deitadinha de uns 20min para descansarmos um pouco. Eu continuava podre e ainda tinha que soldar o cabo de aço e ir até a “A Ciclista” para falar com Yuri. Sendo assim, a Cris se prontificou em fazer o almoço enquanto eu dava mais uma descansada.
     Às 16h ela me acordou e descemos para comer. O almoço estava farto e tinha até uma jarra bem gelada de suco de maracujá. Tudo uma delícia! De estômago cheio, lá fui eu correr atrás das coisas.
     Peguei a bike e fui em direção a loja “A Ciclista”. No meio do caminho comecei a perceber que a zona era cheia de oficinas. Sendo assim, parei e perguntei a um senhor se ele sabia onde tinha solda para ferro. Depois de alguns instantes pensando, ele me recomendou uma oficina nos fundos de um terreno baldio. Olhei para o local e preferi buscar outra opção após passar na loja de bike. Chegando na “A Ciclista”, recebi a notícia de que o Yuri já havia saído e só retornaria amanhã. Para não perder a viagem, perguntei se alguém sabia onde tinha solda para ferro, mas a resposta foi negativa. Um pouco desolado, decidi arriscar e ir no local indicado pelo senhor (afinal de contas só seria menos outra bike).
     Chegando na oficina indicada, vi que, na verdade, não era um terreno baldio, mas sim um terreno com várias oficinas. Fui passando uma a uma até chegar na que fazia solda (a última). Lá, me indicaram falar com o Carioca. Depois de perguntar um pouco, encontrei o tal “Carioca”. Ele perguntou o que eu queria e expliquei para ele qual era o serviço. Ele disse que faria, mas que o mais indicado seria uma solda elétrica para não derreter a capa do cabo de aço. Um pouco cansado de procurar, disse que faria com ele mesmo. Sendo assim, ele começou a preparar os equipamentos. Enquanto isso, ficamos conversando e a expedição chamou a atenção de todos ao redor. Todos os presentes eram pessoas bem simples e se solidarizaram com a nossa situação. O Carioca fez um excelente trabalho e, mesmo eu insistindo, não aceitou o pagamento, dizendo que muita gente havia ajudado ele na sua viagem de moto do RJ à Natal. Fiquei realmente comovido com a atitude dele.
      Quando já estava quase saindo, chegou o Sérgio (dono de uma outra oficina). Ele também se interessou pela nossa viagem e disse que tinha uma bike que poderia nos dar. Falei para ele que não precisava, mas ele insistiu para eu ver a bike. Para a minha surpresa, a bike serviria para a Cris. Ele continuou insistindo para eu levar a bicicleta. Desta forma, acertei com ele que amanhã pela manhã passaria para pegá-la. Após a despedida, voltei para o hostel com uma certa felicidade em conhecer pessoas assim e aprender tanto com elas.
     Logo que cheguei, saímos para irmos no supermercado para comprarmos mantimentos para a viagem. No caminho até o super, combinamos que compraríamos um presente para o pessoal da oficina, só não sabíamos o que. Quando chegamos no super, vimos que estava lotado e optamos por a Cris ir às compras enquanto eu ficava na fila. Ela comprou tudo e chegou no caixa bem na hora que era a nossa vez. Enquanto passávamos os produtos, vi que ela havia escolhido um kit churrasco para o presente (perfeito!). Pagamos, embrulhamos o presente e voltamos ao hostel.
      Largamos tudo no quarto e já saímos para irmos na lan house ver se havia dado algum fruto a nossa publicação. Enquanto a Cris via isso, fui ligar para o Yuri para ver se teria como eu pegar algum material la na “A Ciclista” amanhã. Consegui falar com ele e acertei tudo, mas pena que ainda não conseguimos notícias da bike pelo facebook.
      Após o trabalho vem a recompensa. Na saída do cyber, paramos num barzinho e pegamos dois xis com uma cerveja Glacial bem gelada. Os barzinhos da Praça da Saudade são meio estranhos, pois as mesas são, literalmente, no meio da rua (bem no canteiro que separa as duas pistas). Após comermos, voltamos ao hostel, pois já era 22h e amanhã teremos que acordar cedo.
      Assim que colocamos os pés no hostel, vimos que a decoração para a festa de Halloween já estava pronta e o pessoal já havia aberto os trabalhos. Antes de subirmos para os nossos quartos, a Dani nos ofereceu uma vaca atolada (meio que um caldinho de costela com aipim) deliciosa e nos disse para descermos mais tarde. Agradecemos o convite e subimos.
      Fui direto tomar banho e dormir. Combinamos de acordar a meia-noite para darmos uma passada na festa. Neste intervalo a Cris ficou matando o tempo jogando Guitar Hero no celular. Conforme o combinado, a Cris tentou me acordar, mas não obteve sucesso. Sendo assim, se rendeu e se deitou ao meu lado. Fui acordar só às 2h30min e o silêncio era total. Desta maneira, desci para ver se tinham guardado a bike. Cheguei bem na hora em que a Dani estava fechando tudo e aproveitei para colocar a bike para dentro. Desculpei-me por não termos descido para a festa e expliquei que estávamos exaustos. Em seguida, subi e caí no sono novamente.
Gastos
- Supermercado: R$63,00 - Açaí: R$6,00 - Janta: R$13,00 - Internet: R$7,75 - Sacola: R$7,00

345° Dia – Manaus – 27/10/2011 – Quinta-feira

     Hoje foi mais um dia em que o Moacir acordou cedo e foi até o mercado para comprar frutas e verduras. Enquanto isso, eu tive que esperá-lo com o pé para cima. Nunca pensei que iria dizer isso, mas cansa ficar sem fazer nada. Para não me sentir tão inútil, preparei o café da manhã para esperá-lo.
     Assim que ele voltou da feira, tomamos o nosso café e fomos assistir um pouco de TV. Pelo menos tem o Panamericano para acompanhar nestes dias de “nadismo”. Em torno das 11h, o Moacir saiu para ir à polícia a fim de ver os vídeos que as câmeras das ruas gravaram. Eu aproveitei o tempo para lavar roupa e preparar o almoço.
     Quando o Moacir retornou, eu fui correndo saber das novidades. Ele me disse que ão havia conseguido ver nada nas gravações, pois só tinha câmeras há mais de cinco quadras do hostel. Apesar desta má notícia, ele contou que havia falado com o Yuri (gerente da “A Ciclista”) e que este tinha convidado ele para um passeio ciclístico (onde poderia encontrar a bike caso ela tivesse sido vendida) e, também, oferecido algumas peças de bike. Fiquei bem feliz com as notícias, foi uma renovação de esperanças para a viagem. Eu já estava acreditando que o dedo quebrado e o furto eram sinais para voltarmos logo para casa.
     Neste clima de fé, fomos almoçar a comida que havia preparado. Como o Moacir estava cansado do corre-corre, dormimos um pouco após o almoço e só acordamos às 16h. Logo que despertamos, saímos para irmos em uma lan house e postarmos os relatos atrasados. Na volta ao hostel, aproveitamos para comer um sorvetinho na Glacial. Uma delícia!
     Ficamos no quarto do hostel até às 19h30min, quando a Dani chamou o Moacir para conversar com o amigo dela que é policial. Após a conversa, onde o Moacir explicou para ele como era a bike, o Moacir foi para a pedalada do grupo Pedala Manaus. Eu, mais uma vez, fiquei no hostel. Como estava rolando uma festa dos amigos da Dani, fiquei no quarto escrevendo os relatos para ver se conseguimos atualizar o blog.
      Quando o Moacir voltou, após umas 3h, ficamos conversando sobre o passeio. Ele me contou que o grupo era bem legal, que tinham dito para ele postar a foto da bike no facebook do grupo para eles avisarem se vissem algo, além disso, que havia conhecido pessoas super bacanas que se prontificaram em nos ajudar. Após a conversa, nos preparamos para dormir, pois já estava muito tarde.
Gastos
- Abacaxi: R$3,00 - Compras: R$24,40 - Sorvete: R$7,75 - Internet: R$5,00 - Ônibus: R$5,50

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

344° Dia - Manaus - 26/10/11 - Quarta-feira

     Acordei às 9h e fui atrás de uma delegacia enquanto a Cris descansava um pouco mais. Como disseram que havia uma perto dali, deixei a bike no hostel e fui caminhando. Depois de caminhar uns 40min, fui perguntar se faltava muito. Um rapaz me disse que eu estava no meio do caminho. Neste momento, percebi que era hora de pegar um ônibus, pois ainda tinha que perguntar uma solda para o cabo de aço e tínhamos que chegar no porto às 14h para embarcarmos para Sanatrém. Sendo assim, parei na primeira parada e fiquei esperando o busão.
     Depois de uns 30min de espera, entreguei a alma e peguei um táxi. Em uns 5min cheguei na 1a DP. Fiquei feliz em ver que a fila era pequena e sentei para esperar a minha vez. Quanto mais o tempo passava, mais parecia insignificante o furto da nossa bike. Vi gente reclamando de agressão, ameaça, roubo e até um preso tentou se enforcar. Porém, também acho que todos os nossos direitos deveriam ser preservados e nenhum delito poderia passar em branco (mundo utópico!). Enquanto refletia sobre estes aspectos, tomei um belo chá de banco de 1h30min.
     Quando, finalmente, chegou a minha vez fui super bem atendido e o policial me encaminhou até a delegada. Contei o que havia acontecido e ela disse que poderia abrir um inquérito com a finalidade de verificar a responsabilidade legal do hostel, pois a bike estava em suas dependências. Porém, não tinha o que fazer em termos de busca pela bike. Sendo assim, optei por não abrir o inquérito (o pessoal nos acolheu tri bem e nos deixaram ficar de graça), agradeci pela atenção e me despedi. Na saída, o policial que me atendeu ainda disse que com o BO poderia ir até o CIOPS (Centro de Imagens) e ver as câmeras de segurança das ruas. Agradeci mais uma vez e fui embora.
     Agora só faltava comprar uma presilha para o cabo de aço e soldá-la. Sendo assim, dei uma caminhada pela região, pois era cheia de ferragens. Com a presilha nova, mas sem soldar nada, comecei a voltar ao hostel, pois já era 12h.
     Pedi informação para um cara e começamos a conversar. Ele disse que era de uma revista de esportes e que me ligaria à tarde para uma reportagem para tentarmos algum apoio de lojas de bike. Despedi-me dele e, com uma motivação extra, passei em algumas lojas pedindo apoio. Recebi alguns "não", mas veio um talvez da "A Cilcista".
     Bem animado, cheguei no hostel e pedi à Cris para ficarmos mais um tempinho na cidade para tentarmos resolver estas questões. Mesmos querendo ir embora o quanto antes, ela aceitou a minha solicitação e cedeu. Sendo assim, fui rapidamente ao porto e troquei as passagens para sábado.
     De volta ao hostel, comemos o deliciosos almoço que a Cris havia preparado. Após almoçarmos, fomos falar com a Dani (dona do hostel) para ver se poderíamos ficar até sábado. Ela disse que teria uma festa de halloween na sexta, mas que tinha espaço sim. Agradecemos e fomos descansar um pouco.
     Mais tarde, saímos para irmos na lan house e passarmos no super para comprarmos algumas coisinhas. Aproveitamos que estávamos na rua e perguntamos para um policial como se chegava no CIOPS. Ele nos deu o endereço e a linha de ônibus que tínhamos que pegar. Agradecemos e voltamos ao hostel.
     O resto do dia foi mais comida, coco seco (aquele marrom) bem gelado e muito panamericano. De noite, fomos dar uma espairecida e pegamos um buffet de sorvete. Na saída, ainda vimos um boteco português que fazia bolinho de bacalhau. Não aguentamos! Coisa boa uma porção de bolinhos com uma cerveja bem gelada!
     Ah, e a ligação do tal reporter ficou só no papo!
Gastos
- Ônibus: R$2,75    - Táxi: R$8,00   - Picolé: R$0,50   - Sorvete: R$6,00   - Internet: R$5,00   - Barzinho: R$34,00

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

343° Dia - Manaus - 25/10/11 - Terça-feira


Catedral de Manaus

     Acordamos mais uma vez sem pressa e começamos a nos preparar para curtir o nosso último dia na capital do Amazonas, pois estávamos de passagem comprada para amanhã. O dia transcorreu normalmente até às 17h. Porém, quando voltamos da lan house, a Cris olhou pela janela do quarto e viu que a bike dela havia sumido. Descemos correndo e confirmamos o furto. Realmente não acreditávamos! Foram 11 meses fora do Brasil praticamente sem problemas e, depois de oito dias de retorno ao território brasileiro, some uma bike.
     Todos no hostel vieram ver o que estava acontecendo e disseram que não tinham percebido nada de diferente. A dona do hostel disse que conhecia alguns policiais e que eles poderiam dar uma força. Ela acertou com um deles para passar ali mais tarde e, para não perder tempo, fui dar uma volta pelo bairro para ver se encontrava.
     A caminhada foi inútil e a passada no "Beco da Tapajós" com o policial também não adiantou nada. Voltando ao hostel, ficamos conversando sobre a população que o Brasil tem. O problema não é só a falta de educação, cultura ou condição social, mas sim, a idolatria à malandragem, ao sempre tentar sair ganhando, ao só pensar em si mesmo (claro que sempre existem exceções e podemos ter sido vítimas de uma delas). Claro que é complicado tocar nestes assuntos com tantos aspectos tão complexos, mas é foda ver que, em tantos países vizinhos (Peru, Equador, Chile), as pessoas por mais simples que sejam nem sequer tocam no que não é seu. Sabem que é errado pegar algo de outra pessoa e respeitam isso.
     Como não adianta chorar sobre o leite derramado, amanhã faremos o boletim de ocorrência e ainda vamos decidir se ficaremos mais um tempo por aqui ou se vamos logo para Santarém.
Gastos
- Internet: R$5,00   - Compras: R$14,70  

342° Dia - Manaus - 24/10/11 - Segunda-feira

     Hoje foi mais um dia de descanso. Começamos a lembrar as férias chuvosas de inverno na época de colégio, pois passamos o dia "em casa" comendo e vendo TV (pelo menos tem o Panamericano para salvar). A única coisa diferente foi que passei numas feirinhas de artesanato no caminho até o mercado e acabei comprando duas máscaras muito legais. Já começamos a nos preocupar onde colocaremos todas estas artesanias que estamos adquirindo, mas, mesmo sendo um certo "probleminha", será muito bom ter recuerdos desta viagem.
Gastos
- Máscaras: R$50,00   - Compras: R$46,70

terça-feira, 15 de novembro de 2011

341° Dia - Manaus - 23/10/11 - Domingo

     Acabamos acordando tarde, pois ontem o sono demorou a aparecer. Levantamos às 11h, desayunamos e fui ao porto para comprar as nossas passagens para Sanatrém enquanto a Cris tomava mais um chá de sofá. Chegando lá, não encontrei o vendedor com quem tinha conseguido o bom desconto, porém, como queria garantir o quanto antes a nossa passagem, acabei comprando de outro vendedor que aceitou fazer por R$250,00.
     O resto do dia foi comer, descansar, internet e muito pé para cima. Queremos repousar ao máximo para ver se a Cris se recupera o quanto antes.
Gastos
- Barco: R$250,00

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

340° Dia - Manaus - 22/10/11 - Sábado

     Acordamos lá pelas 9h, tomamos o nosso café da manhã e eu fui dar uma volta até o Mercado Central enquanto a Cris descansava mais um pouco. Como tinha tempo de sobra, fui caminhando mesmo. O clima estava agradável e os belos prédios antigos do centro histórico e as feirinhas de artesania davam uma certa motivação.
     Depois de uns 30min e de muito pedir informação, cheguei ao mercado. Pena que já era início da tarde e muitas banquinhas já estavam fechadas. Mesmo assim, pude tter uma ideia de como era aquilo lotado e consegui comprar várias frutas (coco, abacaxi, mamão, melão, banana e maracujá - que saudade!) por metade do preço do supermercado.
     Saindo do mercado, aproveitei que estava no porto de onde saem os barcos para Santarém e fui me informar dos preços. Depois de pesquisar um pouco e ver que a média era de uns R$350 o camarote (quartinho com cama) e de uns R$60 a rede (cada um leva a sua rede e pendura no barco), acabei combinando com um vendedor que fez um camarote por R$250,00. Acetamos que amanhã virei comprar, pois o barco chegará hoje à noitte e ele só pode vender a passagem depois que o barco já está no porto.
     Voltando ao hostel, ainda dei uma passadinha no Carrefour para comprar mais agumas coisinhas que faltavam. Em seguida, aproveitei que estava na frente do teatro e enntrei para me informar sobre a programação e como funcionava a visita guiada. Fiquei feliz em ver que hoje teria uma apresentação de música barroca com entrada franca. Sendo assim, voltei ao hostel para ver se a Cris gostaria de ir.
     Assim que cheguei, convidei-a e ela disse que não via a hora de fazer alguma coisa, pois não aguentava mais ficar com o pé para cima. Além disso, quando mostrei o que havia comprado ela ficou extremamente feliz, pois iria matar a vontade de comer frutas.
     Com a programação definnida, fomos preparar o nosso almoço. Fizemos carne, arroz e muita salada! Devoramos tudo e fomos fazer uma siesta antes de irmos ao teatro. Como a apresentação era às 20h e o rapaz da bilheteria tinnha me dito que era bom chegar 1h antes para garantir o lugar, a Cris levantou às 18h para começar a se arrumar. Às 18h30min foi a minha vez de sair da cama. Assim que ficamos prontos, nos dirigimos ao teatro.
     Chegando lá, vimos que a fila estava bem pequena e que o cara havia exagerado um pouco ao dizer que era necesário 1h de antecedênciia. Como já estávamos por lá mesmo, aproveitamos para comprarmos umas guloseimas para nos ajudar na espera. Felizmente, os portões abriram às 19h40min. Conforme entrávamos no teatro, nos impressionávamos com a sua beleza. Realmente, é um local riquíssimo em dettalhes. Instalamo-nos em suas confortáveis poltronas e a Cris pode colocar o pé para cima, pois já estava latejando de tão inchado.
     No horário marcado, a apresentação iniciou. Foi 1h40min de uma mistura de músicas eruditas e óperas, sendo a sua maioria de artistas mineiros influennciados por uma sociedade barroca. Apesar de não entendermos nada disto, gostamos muito da apresentação e voltamos ao hostel extremamente satisfeitos.
      Antes de dormirmos, ainda fizemos um lanchinho. Além disso, ficamos bem felizes por ver que o pé da Cris está melhorando.
PS.: falamos com a Dani, a donna do hostel, e ela nos liberou a estadia para todos os dias!
Gastos
- Guloseimas: R$4,00    - Comidas: R$34,22

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

339° Dia - Boa Vista - Manaus - 21/10/11 - Sexta-feira

     A viagem desta madrugada foi bem complicada, a estrada estava muito esburacada e esttreita (em diversos trechos, o motorista teve que parar o ônibus para deixar os veículos que vinham no sentido contrário passarem). Desta maneira, não conseguimos dormir muito bem, pois sempre éramos acordados com alguma sacudida do ônibus. Felizmente, chegamos em Manaus junto ao amanhecer e ainda conseguimos dar uma espiadinha na famosa Floresta Amazônica.
     O ônibus chegou rapidamentte ao terminal e, assim que desembarcamos, começamos a montar as bbikes. É engraçado ver como as pessoas ficam nos olhando quando estamos montando as bikes, e notar que nenhuma vem falar conosco por pensar que somos estrangeiros. Tomara que um dia a cultura da bike se propague e que a gente possa ter mais cicloturistas brasileiros. Enquanto montávamos as bikes, começou um temporal, tivemos que esperar ele diminuir e aproveittamos este tempo para pegarmos informações turísticas com alguns policiais.
     Assim que a chuva deu uma trégua, saímos em direção ao centro da cidade, pois os hostels da HI se localizam por lá. Uma vantagem dos albergues da juventude é a localização, normalmente eles possuem os melhores pontos. Procuramos, primeiramente, o Hostel Manaus (por ser o mais próximo da rodoviária), mas estava lotado e o pessoal não parecia muito disposto a nos receber. Desta maneira, fomos até o Hostel Amazonas. Como a dona do hostel não estava, nnão ficcamos sabendo se teríamos desconto ou isenção, mas como havia vaga e o pessoal não era tão desinteressado (além disso, meu pé já estava uma bola), resolvemos ficar.
     O hostel é uma casa antiga, enorme! Possui quarto feminino, masculino e privativo. Já que não queríamos abusar, ficamos nos dormitórios (separados) em vezz do quarto privativo. As instalações eram boas e limpas.
     Mal deixamos as coisas nos quartos e já saímos para almoçarmos e passarmos no supermercado. Assim que colocamos os pés na rua, começou uma chuvarada. Parecendo dois pintos encharcados, acabamos comendo num buffet de comida caseira que fica na rua do Teatro Amazonas. Após o almoço, demos uma volta pelos prédios do centro, passamos no Carrefour e, quando o pé voltou a inchar, voltamos ao hostel.
     Passamos o restante do dia, literalmente, com os pés para cima. à noite, cozinhamos uma comidinha levinha e ficamos assistindo televisão. Ainda não conseguimos falar com a dona do hostel, pois ela estava sempre ocupada, esperamos conseguir amanhã. Agora, acabo este relato enquanto o Moacir toma mais um banho (o calor aqui é incrível), em seguida, vamos dormir.
Gastos
- Almoço: R$23,30    - Mercado: R$41,95

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

338° Dia - Boa Vista - Manaus (ônibus) - 20/10/11 - Quinta-feira

     Mais um dia em que acordamos cedo, nos esbaldamos nas frutas e voltamos para a cama. Porém, me lembrei que ainda tínhamos que comprar as passagens e fui resolver este "probleminha" enquanto a Cris descansava um pouco mais. De passagem em mãos e com o hotel acertado até o fim da tarde (o pessoal não deu arrego nenhum e cobrou meia diária a mais), acompanhei a Cris na recostada.
     No início da tarde, despertamos e a Cris se sentia bem. Como era a nossa última oportunidade, pegamos as bikes e fomos rodar pela cidade. Passamos pelo monumento do milênio, praça d'água, catedral, centro e orla. Boa Vista tem uma aparência bem acolhedora, mas um pouco subdesenvolvida para uma capital. Os edifícios são extremamente raros (até mesmo no centro) e acreditamos não termos visto nenhuma construção com mais de cinco andares. De todos os locais por quais passamos, a orla foi o mais belo.
     Voltando ao hotel, paramos num super para fazer o "ranchinho" para a viagem. Assim que chegamos no quarto, arrumamos todas as nossas tralhas e, quando estávamos nos preparando para ver os detalhes de Manaus nos computadores, começou um temporal e acabou a energia elétrica. Sem termos o que fazer, ficamos deitados ouvindo os trovões e a forte chuva cair.
     Às 17h30min, a chuva deu uma trégua e aproveitamos para ir jantar. Como o nosso ônibus saía às 19h, fomos de bike e tudo até os "restaurantezinhos" (na verdade são uns buffet's na calçada e protegidos por um toldo) ao lado da rodoviária (os mesmos em que comemos nos dias anteriores). Mais uma vez a comida estava muito boa e forramos o estômago. Infelizmente, a chuvarada recomeçou quando estávamos saindo e tomamos um pequeno banho no caminho até a rodoviária.
     Assim que chegamos, fomos fazer a nossa higiene e ficamos aguardando a hora da partida. Logo que o ônibus estacionou, passamos para a área de embarque e começamos a desmontar tudo. Em seguida, fui falar com um dos motoras para ver onde colocaríamos tudo e ele foi extremamente gente fina e nos deu um bagageiro inteiro sem cobrar excesso de bagagem. Agradecemos e embarcamos. Antes de partirmos, o motorista ainda subiu no ônibus para se apresentar aos passageiros e passar recomendações e informações da viagem (parecia que estávamos num avião, primeira vez que vimos algo assim). Realmente a empresa Eucatur se destaca pela qualidade do serviço (pessoal e material), além de ser a mais barata.
     Com início da viagem o sono apareceu e capotamos. Serão 15h de muito dorme e acorda no meio da Floresta Amazônica
Gastos
- Super: R$9,27   - Janta: R$16,50   - Hotel: R$30,00   - Passagem: R$220,00   - Salgados: R$3,00

terça-feira, 8 de novembro de 2011

337° Dia - Boa Vista - 19/10/11 - Quarta-feira

     Madrugamos, pois o café da manhã é servido das 6h30min às 8h30min, mas valeu a pena. Coisa boa estarmos no Brasil e voltarmos a ter um bom desayuno.Fazia muito, mas muito tempo que não comíamos tanta fruta. Ficamos muito felizes com o desjejum e fomos dar mais uma recostada para jiboiarmos um pouco.
     Acordamos no início da tarde e optamos por deixar a voltinha pela cidade para amanhã, pois o dedo da Cris ainda está um pouco inchado. Sendo assim, gastamos o tempo nos computadores do hotel. Atualizamos os blogs, vimos as novidades e procuramos hospedagens em Manaus. Acreditamos que ficaremos no hostel Amazonas, pois é o melhor localizado (somente 3 quadras do Teatro Amazonas).
     Mais tarde, fomos jantar nos restaurantes do lado da rodoviária. A comida é farta, saborosa e por um preço bem acessível. De volta ao quarto, acompanhamos um pouco mais do Panamericano enquanto arrumávamos as coisas para a viagem de amanhã. Ainda teremos que comprar uns lanchinhos, pois serão umas 15h até Manaus.
Gastos
- Hotel: R$60,00   - Janta: R$16,50   - Lanche: R$6

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

336° Dia - El Tigre - Boa Vista - 18/10/11 - Terça-feira

     Assim que despertamos com os primeiros raios de sol, o ônibus parou e descobrimos que já estávamos na fronteira. Após o desembaraço aduaneiro na Venezuela e mais uns 5Km de estrada, finalmente ingressamos no Brasil novamente! Ficamos um pouco tristes por não termos mais a possibilidade de praticarmos o nosso espanhol, mas também ficamos extremamente felizes por estarmos de volta à nossa terrinha! Mesmo já estando em solo brasileiro, foram mais umas 4h de viagem até chegarmos em Boa Vista.
     Desembarcamos na rodoviária, montamos todas as nossas tralhas, agradecemos aos motoristas e fomos procurar onde nos hospedarmos. Vimos um hotel bem em frente com internet, café da manhã e um preço razoável. Como não seria nada bom para o dedo da Cris ficarmos pedalando em busca de outros locais, já nos instalamos.
     Ficamos o resto da tarde repousando, sendo que só saí para comprar algumas bebidas. À noite, fui até uns restaurantezinhos ao lado da rodoviária e peguei umas viandinhas para a nossa janta. Que maravilha! Arroz, feijão, churrasquinho, salada e vatapá! E o melhor de tudo, acompanhados por um guaraná BEM GELADO (depois de 11 meses sem!)!
     Após comermos, demos um pulo numa farmácia para procurar o remédio da Cris. Infelizmente não achamos, mas, muito felizmente (hehe), voltamos ao Brasil e encontramos muitos chocolates bem baratos. De volta ao quarto, foi mais uma sessão de guaraná, chocolate e TV. Amanhã, se a Cris estiver bem, faremos um pequeno city tour para conhecer melhor a capital de Roraima.
Gastos
- Hotel: R$60,00   - Bebidas: R$10,50   - Café: R$1,11   - Janta: R$13,00   - Chocolate: R$5,75

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

335 - El Tigre - Boa Vista (BRASIL!) - 17/10/11 - Segunda-feira

     Acordamos às 8h e, após o desayuno, o Moacir foi até o terminal de ônibus comprar as passagens para Boa Vista. Aproveitei a demora dele para organizar as bagagens e preparar tudo para a nossa partida. Assim que ele voltou, recebi a má notícia de que o único horário de saída era às 18h e que teríamos que esperar todo esse tempo na rodoviária (pois o check out do hotel é às 13h). Sendo assim, terminamos de arrumar tudo, almoçamos o que sobrou do frango frito e da pizza de ontem de noite e partimos.
     Comoa rodoviária ficava há uns 3Km do hotel, demoramos uns 20min para chegar, pois o meu dedo quebrado não permite fazer muita força no pedal. Logo que entramos na rodoviária, o Moacir foi comprar as passagens e eu fui procurar um lugar para nos instalarmos na área de espera. Para a nossa sorte, a atendente da Eucatur havia reservado as nossas passagens, pois o ônibus já estava lotado.
     Passamos a tarde toda na sala de espera conversando e vendo televisão. Aproveitamos os últimos momentos para assistir programas em espenhol (fica muito mais engraçado). Uma hora antes do ônibus chegar, fomos até a zona de embarque para desmontarmos as bikes e comprarmos lanches para as 19h de viagem. Enquanto organizávamos tudo, um gentil senhor veio conversar conosco. Ficamos sabendo que ele era vendedor de sabão e que já havia viajado por toda a América do Sul. O tempo voou nesta troca de experiências e, quando menos esperávamos, o ônibus chegou.
     No momento em que o veículo estacionou, a atendente da empresa já veio nosdizer que teríamos que pagar mais BsF300 de excesso de bagagem. O Moacir disse que não iria pagar esta extorsão e ela mandou acertar o valorcomo motorista. Para a nossa sorte, ele era brasileiro e muito gente boa, acabou nos cobrando BsF50 (uns R$11), só para dizer que estava cobrando algo. Desta maneira, carregamos o carro e partimos. Assim que entramos no veículo, já pegamos no sono e só acordamos nas quatro paradas policiais, onde tivemos  que mostrar os passaportes.
Gastos
- Desayuno: R$4,22   - Carritos: R$1,11   - Ônibus: R$98,88   - Excesso de bagagem: R$11,11   - Mantimentos:R$25,00

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

334 - El Tigre - 16/10/11 - Domingo

     O despertador tocou às 5h e eu não conseguia nem procurá-lo, de tanto sono. Sendo assim, o Moacir o reprogramou para às 7h. Assim que ele tocou novamente, percebemos que não iríamos conseguir levantar cedo e resolvemos ficar mais um dia descansando. Estes períodos do mês me deixam muito cansada e desanimada.
     Após a manhã de sono, tomamos o nosso desayuno e nos preparamos para sair. Pensei em colocar calça e tênis, pois aqui sempre chove, mas acabei desistindo. Quando saímos do hotel, vimos que o dia estava ensolarado e quente, mas havia uma tormenta no horizonte. Como a tormenta demoraria para chegar, resolvemos procurar, a pé, uma lan house.
     Caminhamos cerca de 10 quadras e não encontramos nada. Como o pessoal do hotel havia nos dito que tinha um centro comercial com lan house no final da avenida, resolvemos caminhar um pouco mais. Acredito que esta foi a pior decisão que tomamos ao longo de toda a viagem!
     Duas quadras após esta decisão, passamos por uma calçada defeituosa que tinha uma pequena viga de aço saliente (do tamanho de um prego e da largura de uma rolha de garrafa de vinho), cuja qual eu chutei e quebrei o meu dedo do pé direito. Foi o acidente mais bizarro que já tive na minha vida. Achei que havia chutado uma pedra (pois não tinha visto a viga) e, quando olhei para o meu pé odedo estava completamente torto.
     O Moacir demorou um pouco até entender o que estava acontecendo. Assim que se deu conta, ele me ajudou a sentar e foi procurar um táxi. Um gentil senhor nos indicou o hospital e nos ajudou a procurar táxi também. Como os táxis estavam demorando a passar, aceitamos a sugestão de uma senhora que nos falou de uma clínica que havia há duas quadras. O Moacir (parodiando a minha sogra: Meu Herói!) me pegou no colo e me levou até a clínica.
     Chegando lá, demoramos um pouco para sermos atendidos, pois eles tiveram que chamar, pelo telefone, a radiologista e o traumatologista de plantão. Quando vimos o raio-x, percebemos que além da luxação, também havia uma fissura. Desta maneira, tiver que anestesiar o dedo para que o médico pudesse colocar a parte luxada no lugar. Durante todo este processo, ficamos conversando com o Dr. Rojas e os enfermeiros sobre a expedição e o Brasil. É incrível como tudo fica melhor após a anestesia! Com tudo no lugar, a indicação de um anti-inflamatório e a recomendação de 3 semanas de repouso, voltamosao hotel (agora, de táxi).
     O Moacir me deixou no quarto e foi comprar comida e se informar sobre o ônibus para o Brasil. Esta fratura mudou um pouco os nossos planos. Acho que teremos que deixar o Salto Angel (uma trilha até a maior cachoeira do mundo) para um outro momento e chegar o mais rápido possível à casa da minha cunhada, em Belém. Espero que este dedo se recupere logo, pois aindatemos todo o Brasil para pedalarmos.
     Agora vamos comer pizza e frango frito que o Moacir trouxe e descansar. Espero que amanhã tudo esteja melhor. Boa noite.
Gastos
- Hotel: R$40,00   - Médico e clínica: R$273,00   - Janta: R$35,55   - Táxis:R$12,11

terça-feira, 1 de novembro de 2011

333 - El Tigre - 15/10/11 - Sábado

     Acordei às 9h me sentindo renovado. Como a Cris continuava dormindo, me arrumei e fui bater perna pelacidade a procura de algum hotel melhor ou mais barato e de alguns complementos para o desayuno. Depois de caminhar um pouco e desistir de outros hotéis, encontrei um "mercado público" ao estilo peruano (cheio de coisas, mas meio sujo). Vi frutas, verduras, vários tipos de carne sem refrigeração alguma, comidas típicas e, diferentemente das artesanias peruanas, muito contrabando e produtos falsificados. Fiz um ranchinho de frutas e voltei ao hotel.
     Assim que cheguei no quarto, a Cris estava acordada e preocupada por ter demorado tanto. Disse o que tinha ido fazer e que queria deixar ela descansar, pois as pedaladas dos últimos dias foram bem puxadas. Desta forma, desayunamos e ficamos descansando até o meio da tarde.
     Lá pelas 16h30min, saímos para comer algo. "Almoçamos" num restaurante italiano que servia pratos bem generosos de massa. Mais do que satisfeitos, passamos num mercado para comprar coisas para a janta e para a pedalada de amanhã e voltamos ao hotel. Pudemos perceber grandes mudanças no clima desde que saímos do litoral. Por aqui chove todos os dias, o dia todo o céu fica nublado, a temperatura média diminuiu uns 5-7 graus e sempre há uma ameaça de temporal no horizonte.
     Agora estamos vendo um pouco de televisão enquanto tentamos colocar os relatos em dia e descansamos um pouco mais, pois amanhã teremos 120Km até Ciudad Bolívar. Daqui a pouco tomaremos um café e tentaremos dormir antes das 23h para acordar às 5h amanhã.
Gastos
- Hotel: R$40,00   - Almoço: R$26,66   - Picolé: R$1,77   - Desayuno: R$9,88   - Compras: R$11,11