sexta-feira, 23 de setembro de 2011

296° Dia – Yaracal – Chichiriviche – 08/09/2011 – Quinta-feira


     Acordamos animados com a ida para Chichiviriche, finalmente iríamos chegar ao nosso destino! Tomamos o nosso café da manhã, arrumamos tudo e partimos para a estrada. O sol estava forte e a estrada movimentada, mas nada que nos desanimasse.
     Entramos na estrada e, desde o início, fomos surpreendidos por um terreno plano (que não víamos há dias). Além disso, o acostamento estava em boas condições e conseguíamos manter um ritmo mais acelerado. Após uns 20Km de forte pedalada, começou a chover e tivemos que baixar a intensidade. Nesta proximidade da linha do Equador, nem a chuva é capaz de refrescar. Continuávamos suando muito e com muito calor. Para piorar, os carros passavam e nos jogavam muita água. Tínhamos que pedalar no canto do acostamento para conseguirmos fugir do banho.
     Em uma dessas “fugas”, o Moacir escorregou no piso de metal de uma ponte e acabou caindo. Felizmente, ele não caiu para o lado dos carros e teve uma pequena contusão e alguns arranhões. Sendo assim, seguimos pedalando. Poucos minutos depois, a chuva parou e o sol apareceu para secar tudo.
     Paramos na entrada para a estrada de Chichiriviche a fim de confirmarmos o caminho. As pessoas nos indicaram um trajeto e nós entramos em uma velha estrada, cheia de buracos, com vento contra e sem acostamento. Mas como a vontade de chegar era enorme, seguimos pedalando animados (a massa deu resultado e o Moacir já se sente bem melhor, sendo que nem precisamos parar durante a pedalada).
     Neste caminho, passamos por muitas lagoas e mangues. Algumas vezes, tivemos que nos virar para verificarmos qual animal estava se movendo enquanto passávamos, pois a sensação era de que um jacaré iria saltar na nossa direção a qualquer momento. Exageros a parte, a entrada na cidade foi relativamente rápida.
     Em poucos minutos, já estávamos no centro de Chichiriviche olhando casas, apartamentos, pousadas e acertando os detalhes para a chegada da nossa família. Como estávamos fazendo o “city tour” com as bikes equipadas, depois de 40Km pedalando sem parar, resolvemos parar para almoçar e descansarmos um pouco. Paramos no primeiro restaurante que vimos. A comida era razoável e o lugar um pouco sujo, mas matou a nossa fome.
     Após comermos, seguimos procurando estadia. Acabamos optando por uma pousadinha econômica e bem localizada. Não será a da nossa família, mas seguiremos procurando para eles amanhã.
     Assim que nos instalamos, saímos para conhecer a praia e procurar cabinas telefônicas para dar feliz aniversário ao meu pai. Infelizmente, não conseguimos falar com ele. Sendo assim, fomos para a praia e decidimos tentar mais tarde.
     Ficamos admirando o mar, as ilhas em torno da praia e a beleza natural do local. Chichiriviche possui uma paisagem incrível e um mar raro, pena que seus habitantes não valorizam tanta riqueza. As praias e as ruas da cidade são imundas, cheias de lixo a céu aberto e poeira para todos os lados. Ficamos com a impressão de que era um pequeno povoado que cresceu rápido demais e não conseguiu comportar todos os visitantes. Mesmo assim, encontramos uma areia limpinha e ficamos ali por duas horas.
     Quando voltamos ao quarto, arrumamo-nos, pegamos o pen drive (para postarmos os relatos atrasados) e fomos para a loja onde havia cabinas e internet. Mais uma vez, não conseguimos falar com o meu pai e fui obrigada mandar só um e-mail para ele (pois a loja fechava às 20h). Saímos da loja e fomos jantar. Acabamos comendo em um restaurante chinês, pois estávamos com probleminhas gástricos e não aguentávamos mais carne com aipim cozido.
     Após a janta, voltamos pela avenida principal. Quando chegamos na beira mar, nos surpreendemos com a quantidade de barraquinhas – de comida, bijuteria, artesanato e tudo que se possa imaginar – no calçadão. Sentimos como se estivéssemos em Tramandaí em alta temporada. Após darmos um “vistazo”, voltamos para a pousada e passamos o resto da noite assistindo comédias em espanhol (elas ficam muito mais engraçadas em espanhol) até pegarmos no sono.
Gastos
- Posada: R$35,72 - Almoço: R$22,62 - Janta: R$16,67 - Compras: R$9,05 - Sorvetinho: R$5,96 - Internet e ligação: R$3,82
Estatística
- Distância: 44,68Km - Tempo: 2h37min01” - Média: 16,8Km/h
Condições da estrada
- Medianas, sendo que no acesso à Chichiriviche as coisas pioraram.

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