sexta-feira, 30 de março de 2012

500° Dia – Balneário Pinhal – 30/03/2012 – Sexta-feira


Hoje escrevo o nosso penúltimo relato desta nossa fantástica aventura. Acordamos com a minha mãe preparando o café da manhã, enquanto ajudávamo-la a finalizar os preparativos, o nosso primo Emerson chegou pedalando. Ele mora em São Jerônimo e vai nos acompanhar até Porto Alegre, além de fazer o percurso Porto Alegre – São Jerônimo, totalizando 170Km de pedal. Tomamos um belo café em família enquanto colocávamos o papo em dia.
Após o desayuno, fomos lavar as roupas e limpar as bicicletas. Ficamos um bom tempo organizando tudo, paramos somente para almoçar e já continuamos os trabalhos. No final da tarde, fomos até a beira da praia para molharmos os pés no mar (que milagrosamente estava verdinho), tirarmos fotos das buselas (animais que só vimos no litoral sul do Brasil) e passamos no supermercado Samy para pegarmos os alimentos para o passeio ciclístico. Chegamos no Samy e fomos super bem atendidos pelo Josias, ele ofereceu todo o apoio necessário para o evento, além de doar todo o lanche para o dia de amanhã. Obrigado mesmo pessoal do Samy!!! Quando já estávamos saindo do super, ele ainda nos contou que o pessoal da Rádio Amigos do Balneário Pinhal (www.radioamigosdobalneariopinhal.com) poderia nos apoiar na divulgação do evento. Sendo assim, agradecemos todo o apoio e corremos para a rádio.
Assim que chegamos na sede da rádio, fomos conversar com o radialista Cleiton. Ele foi mais uma das almas abençoadas que deu total apoio ao projeto. Mal contamos sobre a expedição e ele já nos fez a proposta de irmos ao ar para convidarmos o pessoal de Balneário Pinhal a participar do nosso evento. Ficamos ao vivo e, meio sem jeito, convidamos o pessoal para o passeio ciclístico. Após o encerramento do programa, ficamos um bom tempo conversando com o Cleiton e ele nos contou sobre todo o incentivo que a rádio dá aos projetos que divulgam a bicicleta como meio de transporte. Muito legal saber que esta ideia está se difundindo por todos os lados.
Animados com o nosso fim de tarde, voltamos para casa. Antes de entrarmos, fomos surpreendidos pela faixa que o nosso padrinho Paulo Pedroso, dono da DISBEPE DISTRIBUIDORA de produtos de higiene (www.disbepe.com.br), fez para recepcionar os ciclistas. A faixa ficou muito legal e a presença deles nos animou ainda mais.
Passamos o restante da noite conversando com a família e comendo um belo churrasco gaúcho! Durante a janta, o pai do Moacir chegou para completar o nosso quadro de apoio do passeio e tornou o jantar ainda mais animado. Provavelmente dormiremos tarde, mas vale a pena, estamos pura adrenalina com as pessoas queridas por perto e a iminência da chegada em Porto Alegre. É amanhã!!! Boa noite!!! 

499° Dia – Capão da Canoa – Balneário Pinhal – 29/03/2012 – Quinta-feira


Acordamos bem descansados e, enquanto a Cris via algumas informações que precisávamos na internet, fui arrumar a bike e passar no supermercado para comprar o nosso café da manhã. Por sorte, havia uma oficina de bicicleta bem em frente ao hotel. Fui muito bem atendido na Oficina Pedrinho ((51)36652392) e, após um sufoquinho, consegui dar uma arrumadinha na minha roda traseira (nunca havia retirado cassete e só consegui colocar um dos três raios que quebraram, mas ficou tudo bem). Em seguida, passei no supermercado e já retornei ao hotel com iogurte e pão para o nosso desayuno.
Assim que cheguei, desayunamos e começamos a arrumar toda a nossa tralha para o penúltimo trecho de pedalada (nem acreditamos!). Lá pelo meio-dia, descemos com toda a nossa bagagem e começamos a montagem das bicicletas. O pessoal do hotel se impressionou com a quantidade de materiais que carregamos e vieram ver o que estávamos fazendo. Acabamos ficando conversando por uns 30min com o pessoal e explicando toda a expedição.
Já no início da tarde, iniciamos as pedaladas. Novamente chegamos numa Estrada do Mar com asfalto em excelentes condições, com pouco movimento e vento contra. Além disso, tínhamos a bela vista dos morros da Serra do Umbú (quem nunca ouviu falar pode ver na nossa viagem de preparação, pois descemos esta serra belíssima) à nossa direita. Em umas 2h já chegávamos a Tramandaí e decidimos fazer uma paradinha para matar a saudade de comer um xis ao estilo gaúcho.
Paramos no Picapau – O Xis Porrada e fizemos o nosso pedido. Assim que ficou pronto, notamos a diferença para os lanches do resto do Brasil, pois era muito maior e com muito mais ingredientes. A Cris adorou o dela, mas o meu estava um pouco sem gosto. Porém, sem dúvida alguma, valeu a refeição. Assim que retornamos à estrada, tínhamos que ir devagar para não termos algum acidente estomacal.
Foram mais umas 2h até chegarmos ao Balneário Pinhal. No caminho, nos impressionamos com o novo (pelo menos para nós) Parque Eólico que construíram na divisa entre Tramandaí e Cidreira. É legal ver que o pessoal está se dando conta de que fontes limpas de energia valem a pena, mesmo tendo um custo ainda elevado.
Assim que chegamos ao Balneário Pinhal, fomos direto para a casa da família da Cris. A Lúcia (mãe da Cris), já estava nos esperando. Chegamos, matamos a saudade e a Cris pode curtir um pouco o “colinho da mãe”. Conversamos um pouco, tomamos banho e fomos ao supermercado para comprarmos alguma coisinha para o jantar.
Retornamos à casa, preparamos a comida e esperamos o pai da Cris chegar para termos uma refeição em família. Assim que o Luís chegou, comemos, matamos a saudade com uma longa conversa e fomos dormir, pois o sono já estava nos derrubando. Só mais 2 dias...


Gastos
- Almoço: R$28,00
Estatísticas
- Distância: 60,7Km   - Tempo: 3h43min27”   - Média: 16,3Km/h
Condições da estrada
- Excelentes na estrada do mar e razoáveis nas demais vias.

498° Dia – Torres – Capão da Canoa – 28/03/2012 – Quarta-feira


Mais uma vez, a noite foi bem conturbada. Apesar de não ter chovido, tivemos alguns probleminhas no transcorrer da madrugada. A temperatura estava baixa e a umidade que vinha do solo era grande. Nem sabemos que hora começou a murchar o colchão, mas quando estávamos com o quadril no chão resolvemos enchê-lo. Após uns 5 minutos enchendo colchão e de 10 minutos deitados, nos encontrávamos na mesma situação do que antes. Sendo assim, desistimos e vimos até quando iria durar o confortinho. Mais uns 20min e o colchão inflável se transformou num isolante térmico, completamente vazio! Mesmo com estas condições meio precárias (colchão vazio, barraca quebrada, vento gelado e umidade brotando do chão), aguentamos até umas 8h.
Levantamos já com o sol a pino e, surpreendentemente, o vento havia dado uma trégua. Desta forma, a sensação térmica subiu bastante e o clima ficou bem agradável. Enquanto a Cris levantava, dei uma olhada no blog Nas Rodas do Destino e as sensações e lembranças do nosso início de viagem voltaram à tona. É muito bom relembrar tudo o que vivemos e todas as incertezas que tínhamos pela frente! Em seguida, vi o blog das viagens do Fenoy e da Ieda (http://www.brutusnaestrada.com.br), fui surpreendido por uma postagem sobre o dia em que passamos com eles (http://blog.brutusnaestrada.com.br/). Mais uma vez relembrei momentos muito bons!
Assim que a Cris levantou, tomamos mais um cafezão ao estilo colonial e começamos a nos preparar para partirmos rumo à Capão da Canoa. Demoramos um pouco até montarmos as bikes, pois sempre que acampamos acabamos fazendo muita bagunça! Após umas 2h de muita arrumação, nos despedimos do pessoal do Camping Guarita e agradecemos pela grande hospitalidade. Antes de pegarmos a estrada, ainda passamos no mercadinho para devolver o vasilhame de 20l de água e pegarmos os nossos R$12,00 de volta.
Quando chegamos à Estrada do Mar, ficamos extremamente felizes por não ter aquele movimento absurdo com o qual estávamos acostumados (a BR-101 é extremamente movimentada e cheia de caminhões). Além disso, o asfalto tem excelentes condições e a pista é bem larga, nos dando uma boa distância dos carros. Pedalamos por umas 2h com um ventinho contra que dificultava um pouco as coisas. Fizemos uma pequena parada num posto de gasolina para fazer um lanchinho e irmos ao banheiro.
De volta à estrada, continuamos o nosso caminho. Após uns 10Km, escutamos uns barulhos estranhos na roda traseira da minha bike. Em seguida, a bicicleta ficou bamba e nos obrigamos a fazer uma parada para vermos o que aconteceu. Para a nossa surpresa, dois raios quebraram e a roda parecia um “8”. Um pouco chateados, começamos a desmontar toda a parafernália para vermos se conseguíamos dar um jeito. Infelizmente, depois de uns 20min de análise da situação, vimos que não conseguiríamos melhorar a situação. Como os raios que quebraram são do lado do cassete, só conseguiríamos trocá-los com uma chave para retirar o cassete. Um pouco temerosos por ficarmos a ver navios na estrada, montamos as bikes e continuamos o a pedalada. Para tentar evitar problemas mais sérios, soltei o freio traseiro (fiquei somente com o freio dianteiro) e pedalei de pé o resto do caminho para colocar mais peso na roda da frente e aliviar um pouco a roda traseira.
Foram uns 20Km de uma certa tensão até chegarmos ao centro de Capão da Canoa. Assim que entramos na zona urbana, ficamos mais aliviados e começamos a nos preocupar onde comeríamos, pois a fome estava grande. Enquanto pedalávamos na Av Paraguassú, vimos o Babão Pastéis oferecendo PF’s e a la minuta com um precinho bem camarada. Não tivemos dúvida, encostamos as bikes e nos acomodamos na mesa. Fomos muito bem atendidos e nos fartamos na excelente refeição. Ficamos extremamente satisfeitos com a comida e fomos atrás da nossa última questão do dia: onde dormir.
Como durante a preparação para a expedição fizemos uma volta pelo Estado e dormimos um dia aqui em Capão, fomos direto ao Camping Santa Luzia (onde dormimos aquela noite). Infelizmente, estava fechado e não conseguimos nos instalar ali novamente. Após procurarmos em algumas pousadinhas próximas, descobrimos que o Hotel Dellpiaze estava com precinhos bem camaradas. Sendo assim, fomos lá conferir.
Quando chegamos ao hotel, duvidamos que o preço fosse realmente barato, pois o estabelecimento tem uma bela fachada. Porém, como perguntar não ofende, fomos tentar a sorte. Ficamos surpresos com a notícia que recebemos e, sem dúvida alguma, nos instalamos. 
Após um bom banho bem quentinho, nos enfiamos debaixo das cobertas (saco de dormir) e ficamos fazendo os trabalhos. Nem acreditamos que conseguimos colocar os relatos em dia, pois ficamos um bom tempo correndo atrás da máquina! Depois da labuta, fomos dar uma olhadinha nas novidades e fizemos contato com a família.
Com o passar do tempo, o sono foi aparecendo e nos entregamos. Amanhã teremos a nossa penúltima pedalada. Nem acreditamos que estejamos tão perto de casa e que a expedição esteja terminando. Passou tudo muito rápido, porém vemos que vimos muitas coisas quando começamos a relembrar os momentos vividos. Só mais 3 dias...
  
Gastos
- Hotel: R$30,00   - Almoço: R$24,00
Estatísticas
- Distância: 65,3Km   - Tempo: 4h06min11”   - Média: 15,9Km/h
Condições da estrada
- Excelentes.

quinta-feira, 29 de março de 2012

497° Dia – Torres – 27/03/2012 – Terça-feira


Acordamos no meio da noite devido ao vento e à chuva. Além disso, como TUDO nesta viagem está com o prazo de validade expirando, uma das varetas da barraca se partiu ao meio. Como era meio da madrugada, estava frio e chovendo, viramos para o lado e continuamos a dormir. Mais alguns minutos e começou uma goteira bem nas nossas cabeças. Aí sim fomos obrigados a levantar e puxar o colchão um pouco mais para o lado para continuarmos com o nosso descanso.
Acordamos renovados, pois o dia de ontem foi puxadinho no pedal. Assim que levantamos, fomos dar uma espiadinha nas novidades e aproveitarmos o tempo parados para entrar em contato com a família. Depois de um tempinho, a fome começou a bater e fomos num mercadinho para comprar o nosso café da manhã. De volta ao camping, aproveitamos que este oferece uma excelente área de convivência para comemorarmos o nosso retorno ao Rio Grande com um café colonial! Tivemos direito a mingau de aveia com banana, pães, bolos, chimias, frios, leite e fruta.
Ficamos empanturrados de tanto comer. Desta forma, só nos restou jiboiarmos um pouco em frente ao computador. Lá pelas 12h, abriu um solzinho e aproveitamos a oportunidade para darmos um pulinho na beira da praia. A caminhada foi curtinha e em poucos minutos já estávamos no Parque da Guarita.
O local é belíssimo e possui inúmeras trilhas para conhecer toda a extensão do parque. Iniciamos a nossa visita pelo Morro das Furnas. O local é o mais alto de Torres (66m de altitude) e possui diversas furnas (cavernas) na altura em que as ondas batem nos paredões rochosos. Vale a pena dar uma caminhadinha neste local, pois é algo bem diferente e belíssimo.
Após uns 30min passeando no morro e admirando a paisagem, chegamos à Praia da Guarita. Considerada a mais bela de Torres, possui uma paisagem muito bonita. Com grandes morros nas duas extremidades e uma formação rochosa em seu centro, tem características únicas (principalmente se comparada às demais praias gaúchas). Como já estávamos um bom tempo sem entrar no mar (desde a Ilha do Mel) e era o nosso primeiro destino no Estado, fomos molhar os pés na água.
Surpreendemo-nos com uma água morninha e me animei a dar um mergulho. Que coisa boa se sentir em casa novamente (mesmo faltando pedalar uns 230Km)! Saindo da água, o vento gelado batia com força, mas o sol a pino ajudava a esquentar. Como o clima não estávamos dos mais convidativos para permanecermos na praia, rumamos de volta ao camping. Assim que chegamos, a Cris foi dar mais uma recostadinha para se recuperar da dor de cabeça que estava sentindo desde que acordou.
Agora estou escrevendo este relato e fechando os últimos detalhes do passeio ciclístico de encerramento da viagem. Mais tarde, daremos mais uma passadinha no mercadinho para comprarmos os ingredientes para prepararmos um belo strogonoff. Ainda pretendemos falar com a família e amigos, pois, mesmo nos aproximando, a saudade é grande. Ah, não podemos nos esquecer de arrumar a barraca para encararmos mais uma noite de fortes ventos. Só faltam 4 dias...

Gastos
- Camping: R$30,00   - Mercado: R$40,05

quarta-feira, 28 de março de 2012

496° Dia – Balneário Rincão – Torres – 26/03/2012 – Segunda-feira


Hoje éramos obrigados a acordar cedo, senão não chegaríamos em Torres. Sendo assim, levantamos e fomos tomar o nosso café da manhã. Fomos surpreendidos por um belo desayuno e nos empanturramos! Retornamos ao quarto, arrumamos tudo e já partimos para a estrada.
Apesar de termos visto no Google Maps que o relevo da região era pouco acidentado, o sobe e desce continuou, sendo pouco constante. Depois de um pouco mais de uma hora de pedal, chegamos à Ararangua. Como estávamos sem água e tínhamos deixado para comprar uma de 5 litros em algum super de beira de estrada (não teve nenhum em quase 25Km), entramos na cidade para nos abastecermos.
A Cris foi às compras enquanto fiquei conversando com os seguranças do supermercado que se interessaram pela nossa expedição. Assim que ela voltou, vi que estava carregada de comida (a nossa dispensa estava vazia). Aproveitamos a sombra e o confortável banco do supermercado para fazermos um lanchinho. Degustamos uns cachorrinhos com chá gelado muito saborosos.
De volta à estrada, vimos que agora “só” faltava uns 65Km. Felizes por estarmos perto do Rio Grande novamente, apertamos o pedal. Para a nossa sorte, o sobe e desce diminuiu e a estrada, em sua grande maioria, voltou a ser duplicada. O único problema era o vento contra. Foram umas 2h até chegarmos a Sombrio e darmos mais uma paradinha para comermos algo. Aproveitamos que tinha um supermercado na beira da estrada e fomos até lá. Desta vez, o cardápio foi bolo de chocolate com iogurte. Após matarmos quase meio bolo e tomarmos 900ml de iogurte, retomamos às pedaladas. Porém, uma coisa nos impressionou: carrinhos de supermercado para crianças ou anões. Que coisa mais estranha!
Agora sim faltava pouco, pois seriam os últimos 30Km fora do Estado. A esta altura, a estrada já era completamente plana e o tempo passou voando. Quando percebemos, já estávamos na ponte sobre o rio Mampituba que separa Santa Catarina do Rio Grande do Sul. Fomos obrigados a fazer uma paradinha para registrar o momento. Ainda lembramos que não teremos mais que pedalar por nenhuma BR, ou seja, muito menos movimento, principalmente de caminhões! Assim que colocamos as rodas no Rio Grande, depois de mais de 1 ano e 4 meses fora, sentimos uma sensação muito boa de “estarmos em casa”.
Pedalamos mais uns 10Km até chegarmos ao Camping da Guarita, pois foi onde o pessoal com quem falamos nos recomendou ficar. Assim que chegamos, fomos super bem recebidos e começamos a nos instalar. Montamos a barraca e fomos tomar um banho bem quentinho. A temperatura já caiu bastante e o tempo de tomar banho gelado já ficou pra trás faz tempo! Após o banho, vimos que o camping oferece uma excelente área de lazer com mesas, mesas de jogos e cozinha. Aproveitamos este espaço para ficarmos vendo as novidades na internet e falando com o pessoal. Só dava pra ouvir o vento uivar lá fora. Como não queríamos sair para comprar coisas para cozinharmos, aproveitamos que vimos um anúncio de tele pizza e chamamos uma ½ calabresa e ½ quatro queijos.
Devoramos a pizza (que mais parecia uma brotinho) em pouco tempo. Ainda matamos a saudade de tomar um bom guaraná Fruki bem gelado! Com o sono e o cansaço batendo, fomos arrumar as coisas para dormirmos.
Agora escrevo enquanto a Cris termina de arrumar a barraca. Fazia tempo que não usávamos o saco de dormir, porém esta noite será item indispensável! Restam apenas 5 dias!

Gastos
- Camping: R$30,00   - Supermercado: R$16,15   - Janta: R$24,90
Estatísticas
- Distância: 93,4Km   - Tempo: 5h48min13”   - Média: 16,1Km/h
Condições da estrada
- Boas, apesar de em certos pontos a estrada continuar em pista simples e o acostamento estar ruim.

terça-feira, 27 de março de 2012

495° Dia – Laguna – Balneário Rincão – 25/03/2012 – Domingo


Acordamos cedinho e fomos tomar café da manhã no hotel, pois não é todo dia que podemos nos dar a esse tipo de luxo. Enquanto comíamos, eu comecei a sentir certas dores femininas e fui obrigada a voltar para o quarto para tomar uma medicação. O Moacir continuou tomando o seu café e, quando retornou ao quarto, encontrou-me atirada na cama.
Desta maneira, ele se solidarizou com a minha situação e falou para descansarmos um pouco mais até eu melhorar. Acabamos dormindo até às 10h30min e só conseguimos iniciar as pedaladas às 12h30min. Começamos pela ponte de Laguna, um trecho bem complicado, pois a estrada ainda está em reforma e sem nada de acostamento.
Enquanto fazíamos a transposição da ponte, fomos surpreendidos por outro cicloturista que vinha na direção contrária. Paramos para conversar com ele e acabamos descobrindo que ele se chamava Ricardo, estava chegando do Chile e indo para o México, e que iria ficar 6 meses pedalando pelo Brasil. Muito bom voltar a falar espanhol, aprender esse língua foi um dos grandes benefícios dessa expedição. Após uns minutos de bate-papo e troca de informações, nos despedimos e seguimos viagem.
Saímos de Laguna, subimos e descemos os morros de Tubarão e encontramos um bom tramo de terreno plano com sobe e desce somente nas elevadas da BR-101 até chegarmos em Balneário Rincão. Como o nosso objetivo era ir até Araranguá, ficamos na dúvida entre seguir viagem ou parar para lanchar. Decidimos parar e, enquanto comíamos, resolvemos ficar na saída da cidade para não pegarmos noite na estrada e conseguirmos sair mais cedo para a pedalada de amanhã. Desta maneira, perguntamos para os frentistas sobre hospedagens e eles nos indicaram um hotelzinho num posto do outro lado da estrada. Acabamos nos instalando e aproveitando o tempo para colocarmos os relatos em dia. Agora, escrevo este relato enquanto o Moacir termina o seu banho. Em seguida, vamos jantar na lanchonete do posto e dormir. Amanhã teremos a nossa última noite fora do Rio Grande do Sul. Faltam apenas seis dias para a nossa chegada, quanta ansiedade!

Gastos
- Hotel: R$75,00   - Lanches: R$20,35   - Janta: R$17,75
Estatísticas
- Distância: 67,6Km   - Tempo: 4h13min30”   - Média: 16Km/h
Condições da estrada
- Boas, pois em certos pontos a estrada continua em pista simples e o acostamento está ruim.

494° Dia – Paulo Lopes – Laguna – 24/03/2012 – Sábado


Acordamos às 8h30min, tomamos o café da manhã e preparamos tudo para a viagem do dia. Antes das 11h já estávamos pedalando rumo a Tubarão. Desde o início, a pedalada se mostrou difícil devido ao vento forte que travava o nosso movimento. Para piorar ainda mais a situação, o tempo ficava alternando entre chuva fininha e sol de lascar (perfeito para gerar uma gripe).
Pedalamos o dia inteiro pela BR-101 e, para a nossa alegria, a estrada estava toda duplicada. Foi um dia inteiro de sobe e desce, vento contra e céu inconstante. Fizemos uma única parada para darmos uma olhada em uma distribuidora de têxteis, comermos e comprarmos água. Apesar da pedalada intensa, o vento atrapalhou muito o nosso rendimento e acabamos optando por pararmos em Laguna em vez de irmos até Tubarão. Desta maneira, fomos até o único hotel que encontramos na beira da estrada, choramos um descontinho e acabamos nos instalando por lá mesmo. O Hotel Lagoa foi uma grata surpresa, pois possui um preço adequado para o serviço prestado, além de uma vista maravilhosa da lagoa de Laguna. Após nos instalarmos, saímos para lanchar no posto de gasolina ao lado do hotel. Comemos um hambúrguer e uma pamonha e voltamos ao hotel para descansarmos. Vamos rezar para que amanhã o vento no dê uma trégua. Boa noite.
P.S.: faltam apenas 7 dias para chegarmos em casa!!!

Gastos
- Hotel: R$100,00   - Supermercado: R$8,06   - Lanche: R$4,00   - Janta: R$13,00
Estatísticas
- Distância: 60,3Km   - Tempo: 3h58min01”   - Média: 15,2Km/h
Condições da estrada
- Muito boas, exceto a parte que ainda está em pista simples.

493° Dia – São José – Paulo Lopes – 23/03/2012 – Sexta-feira


Acordamos tarde e fomos preparar o nosso café. Aproveitamos que ainda tinha um carreteiro e demos uma bela forrada no estômago para aguentarmos a pedalada de hoje. Quando fomos preparar as bikes, vimos que o bagageiro da minha bike estava com as presilhas, que ligam o bagageiro ao quadro, quebradas. Como já estávamos saindo e faltam poucos dias para chegarmos, nem troquei as peças e só fiz uma gambiarra. Após tudo pronto, nos despedimos do pessoal e agradecemos pela hospitalidade.
O início da pedalada foi horrível, apesar das excelentes condições da BR-101. O problema foi o trânsito intenso da zona urbana próxima à entrada de Florianópolis. A cada esquina ou acesso à BR era um estresse devido ao fluxo gigantesco de veículos. Quando, finalmente, passamos a parte urbana, conseguimos relaxar um pouco e a pedalada começou a fluir melhor.
O nosso objetivo de hoje era chegar até o acesso de Garopaba, mas um vento contra nos surpreendeu. A pedalada se tornou mais difícil e mais lenta. Para completar, um temporal começou a se armar e tivemos que nos abrigar. Quando começou a chuvarada, fizemos uma parada num hotelzinho de beira de estrada na cidade de Paulo Lopes. Como não parecia que as condições melhorariam muito cedo, resolvermos nos instalar ali mesmo, pois em breve anoiteceria.
O local era bonzinho. Assim que chegamos fomos nos banhar e já iniciamos os trabalhos burocráticos, pois a viagem está na reta final e temos muito o que fazer ainda. Mais tarde, fomos até um restaurante anexo ao hotel e pegamos uma marmitinha para levarmos ao quarto. Após retornarmos, revezávamos entre computador e marmita.
Com o passar do tempo, o sono começou a se fazer presente e fomos dormir, pois amanhã queremos acordar um pouco mais cedo para “recuperar” estes 20Km que ficou por fazer. Só mais 8 dias!!!!

Gastos
- Pousada: R$77,00   - Janta: R$15,30
Estatísticas
- Distância: 48,3Km   - Tempo: 3h18min40”   - Média: 14,7Km/h
Condições da estrada
- Boas.

segunda-feira, 26 de março de 2012

492° Dia – São José – 22/03/2012 – Quinta-feira


Como fomos dormir tarde ontem (coisa que fazia tempo que não acontecia), hoje só saímos da cama às 11h. Coisa boa estar em casa (mesmo não sendo a sua)! Levantamos, tomamos um café da manhã reforçado e ficamos bem atirados no sofá fazendo os nossos trabalhos burocráticos.
Nem vimos a tarde passar, pois passamos o tempo todo escrevendo, vendo as novidades, acertando os detalhes do passeio ciclístico e, como ninguém é de ferro, degustando um bolinho e uma torta de bolacha. Modéstia à parte, os doces que fizemos ficaram deliciosos!
Quando percebemos, já estava escuro na rua e não tínhamos feito as outras tarefas que queríamos ter feito (lavar as roupas e arrumar as bikes). Lá pelas 19h, o Thiago chegou e nos convidou para ir buscar o Luquinhas. Sem pestanejar, aceitamos na hora!
Fomos de carro até a escolinha dele (percebemos que não fomos feitos para a cidade grande, pois não aguentamos mais congestionamentos) e reencontramos a figurinha. Ele nem nos reconheceu, pois fazia tempo que não nos víamos, mas o Lucas é muito figura. Voltando para casa, retornamos aos nossos trabalhos.
Mais tarde, fizemos um carreterão com as sobras do churrasco de ontem. Após jantarmos, começamos a arrumar as nossas coisas, pois partiremos amanhã para a parte sul de Santa Catarina.

Gastos
- Compras: R$0,00

491° Dia – Porto Belo – São José – 21/03/2012 – Quarta-feira


Acordamos e fomos tomar um café da manhã maravilhoso oferecido pela Adri e pelo Jhonny. Além deles, estávamos na companhia do Fenoy e da Ieda. Foi um desayuno bem movimentado, pois além de comermos, ficamos trocando e vendo as imagens obtidas durante os voos de ontem. Em seguida, nos despedimos e fomos terminar a arrumação das nossas tralhas. Antes de partirmos, ainda agradecemos mais uma vez pela hospitalidade do pessoal e tiramos algumas fotos com a belíssima vista da pousada. Com um sorriso no rosto devido ao excelente tempo passado em Porto Belo, iniciamos as pedaladas do dia.
A ida até a BR-101 foi bem lenta devido às péssimas condições da via. Era um paralelepípedo todo solto e cheio de buracos. Quicávamos de um lado para o outro, parecendo que os alforges iriam saltar fora das bikes. Mas assim que entramos na estrada as condições melhoraram muito e pudemos desenvolver melhor a pedalada.
O tempo estava muito agradável e seguíamos sem problema algum. Fizemos apenas uma paradinha antes de chegarmos a São José. Quando já estávamos na zona urbana, fizemos um pit-stop para passarmos num supermercado e nos abastecermos para os dias que passaremos na casa do Thiago (primo da Cris). A Cris ficou 1h30min comprando mantimentos enquanto eu quase dormi no estacionamento. Quando ela saiu, o tempo já estava mudando e algumas nuvens pretas pairavam sobre as nossas cabeças.
Retomamos as pedaladas o mais rápido possível, mas, mesmo assim, não adiantou. Em apenas 5min começou um temporal daqueles! Aproveitamos um posto de gasolina abandonado para nos abrigarmos. Enquanto esperávamos a chuva passar, ligamos para o Thiago para avisar que estávamos chegando. Assim que o temporal deu uma trégua, fomos até a casa dele. Assim que o vimos, demos os parabéns pelo transcurso da sua data natalícia (vulgo aniversário)! Foram quase 2 anos sem nos vermos.
Após nos instalarmos, o Thiago voltou para o trabalho e nós fomos tomar um bom banho. Após a higiene, fizemos um lanchinho (com direito a mingau de aveia com banana) e depois começamos a fazer o bolo e a torta de bolacha que prometemos para a festinha de logo mais à noite. Com tudo pronto, nos focamos nos trabalhos burocráticos, pois temos muito o que fazer nestes últimos dias de expedição!
Com o passar do tempo, os moradores da casa chegaram (Thiago e seus 3 amigos: Léo, Jeco e Anderson) e decidiram fazer um churrasquinho comemorativo. Com o cheirinho já dando água na boca, fomos devorar o delicioso churrasco (que saudade do meu Rio Grande). Após comermos tanto, percebemos que a equação “churrasco + bolo + torta de bolacha = efeito baiacu“ é lamentavelmente verdadeira. Desta maneira, só nos restou irmos dormir para amanhã aproveitarmos o dia sem pedalar para resolvermos os problemas burocráticos.

Gastos
- Compras: R$76,43
Estatísticas
- Distância: 55,9Km   - Tempo: 3h39min43”   - Média: 15,3Km/h
Condições da estrada
- Muito boas.

domingo, 25 de março de 2012

490° Dia – Itapema – Porto Belo – 20/03/2012 – Terça-feira


Foto by Fenoy
Hoje acordamos às 9h, tomamos um bom café da manhã, arrumamos as bagagens e fomos para Porto Belo. Como existe uma estrada litorânea, escapamos da BR-101 e pudemos curtir a brisa do mar durante a pedalada. No final da manhã, chegamos à Porto Belo.
Como havíamos combinado com os nossos amigos Fenoy e Ieda (http://www.brutusnaestrada.com.br - aqueles que encontramos em Colônia do Sacramento no início dessa expedição) que iríamos ficar na pousada do irmão do Fenoy (Pousada Porto Belo), fomos procura-los no seu centro de entretenimento, Porto dos Piratas (http://portodospiratas.com.br). Chegando lá, fomos muito bem recepcionados pelo Lucas (filho do Fenoy), pelo Laerte e pelo Norberto. O pessoal foi sensacional, ficaram um bom tempo conversando conosco e até fizeram um pôster com uma foto nossa, uma lembrança que vamos guardar com muito carinho.
Foto by Fenoy
Quando a Ieda e o Fenoy chegaram, ficamos bem felizes em revê-los. Foram alguns instantes de lembranças de quando nos conhecemos e, logo após, o Fenoy nos soltou uma bomba: já tinha acertado com o seu professor de paraglider um voo agora a tarde para nós! Ficamos meio sem reação devido à grande surpresa, mas aceitamos assim que caiu a ficha. Após mais um tempinho batendo papo, já fomos nos instalar, pois tínhamos que correr contra o tempo para chegarmos no início da tarde no Morro do Careca em Balneário Camboriú.
No caminho para a Pousada Porto Belo (http://www.pousadaportobelo.com.br), passamos pelo Gabriel (filho da Adri e do Jhonny) e ele nos indicou o caminho. Chegando lá, conhecemos o Jhonny e a Adri. Apresentamo-nos e, desde o primeiro instante, ambos foram extremamente hospitaleiros e fizeram com que nos sentíssemos em casa. Eles nos deram um apartamento que fica no alto do morro e, além de todo o conforto possível, tem uma vista espetacular da baía de Porto Belo. Agradecemos muito por tudo e combinamos com o pessoal de um pouco mais tarde nos encontrarmos para partirmos rumo à Camboriú.
Foto by Fenoy
Sendo assim, instalamo-nos, tomamos um excelente banho e já nos preparamos para esta experiência única nas nossas vidas. Quando terminamos de nos arrumar, o Fenoy e a Ieda chegaram e nos chamaram para irmos voar. Nós fomos de carro junto com a Ieda e o Fenoy, enquanto o Jhonny e a Adri foram de moto. No caminho, as mãos da Cris suavam devido a um certo nervosismo. Após passarmos por toda a orla de Balneário Camboriú (ficamos impressionados com a quantidade de turistas da terceira idade na beira da praia), começamos a subida do Morro do Careca.
Assim que chegamos lá no topo, conhecemos o Du (instrutor de paraglider – (47)96120004 – duflydu@hotmail.com). Ele é que seria o responsável pelos nossos momentos no ar. Conversamos um pouco e ele já falou que as condições estavam perfeitas para voarmos. Sendo assim, me chamou para irmos pegar o equipamento e, em poucos instantes, eu já estava com a “cadeirinha”. Enquanto ele estava preparando a pipa no solo para a decolagem, o Fenoy me explicava como funciona a câmera Go Pro (recomendamos para quem for fazer alguma atividade outdoor e queira imagens - excelente para cicloturistas). Ainda bem que o Fenoy levou a câmera dele, pois a nossa máquina digital se entregou de vez! Quando todos os preparativos estavam prontos, o Du avisou que o vento estava um pouco forte e que, talvez, a Cris não pudesse voar devido ao seu pouco peso. Desta maneira, fui encarar o primeiro salto.
A decolagem foi tranquila e assim que me dei conta já estávamos a uns 30 metros de altura (em relação ao topo do morro). A vista era incrível e a sensação de estar voando é indescritível. Com o passar do tempo fui me acostumando com a situação e o Du perguntou se poderia ser um pouco mais ousado no voo. Disse que sim e que poderia fazer algo que desse mais adrenalina. Assim que acabei de falar ele disse para me preparar para a primeira manobra. Nem sei direito o que fizemos, mas percebi uma grande pressão e que estávamos girando em grande velocidade. Após uns 10 segundos assim, retornamos ao voo normal. Depois de uns 2 minutos, o Du me mostrou uma outra manobra. Durante este movimento, senti a mesma sensação de antes, porém percebi que o horizonte estava na vertical! Realmente desorientador estar nesta situação (tenho que admitir que fiquei um pouco enjoado). Ficamos mais uns 10 minutos sobrevoando Balneário Camboriú e curtindo o visual do céu azul, montanhas e a cidade pequena lá embaixo. No final do voo, o vento aumento e tornou-se um pouco impróprio para a atividade, mas o Du aterrissou sem problemas.
Logo que pisei em terra firme, ficamos esperando as condições para o voo melhorarem para que a Cris pudesse saltar. Enquanto aguardávamos, o Fenoy convenceu o Jhonny a fazer o seu primeiro salto. É muito legal ver os outros saltando, ainda mais com o céu perfeito que São Pedro estava nos proporcionando, deu para tirar umas fotos bem legais.
Foto by Adri
Quando eles voltaram, ficamos um tempo conversando com o Du e a sua esposa Dari, além do resto do pessoal que também estava esperando o momento perfeito para saltar. Após uns 15min, o Du olhou pra Cris e disse: é, só tenho uma coisa para dizer, você vai voar hoje! Ela não sabia se ria ou se chorava, mas encarou o desafio. Eles ainda tiveram que colocar um peso na cadeirinha dela para facilitar as manobras. Só foi uma pena que nos esquecemos de filmar o salto dela com a Go Pro, mas fiquei fotografando e filmando o voo dela. Além disso, o Fenoy e a Adri também faziam a cobertura fotográfica do evento. Assim que ela e o Du pousaram, a Cris disse que adorou a experiência! Após o salto dela, ainda assistimos a Adri fazer o seu primeiro voo também. A cada pessoa que ia, a paisagem ficava ainda mais bela com o cair da tarde. Após muitas fotos, só nos restava esperar o gran finale: o voo do Paulo, um cadeirante que fez o curso de piloto e que consegue praticar esta atividade devido a um triciclo que o Du desenvolveu para ele. Foi de arrepiar ver o Paulo decolando em direção ao pôr-do-sol. Nestes momentos é que percebemos a bobagem que é a discriminação de pessoas com necessidades especiais e a gigantesca inclusão que o esporte proporciona para este público.
Foto by Fenoy
Despedimo-nos do Du e da Dari sem ter como transmitir-lhes a imensa sensação de gratidão que tínhamos. Além disso, ficamos extremamente felizes por termos conhecido mais um casal iluminado. Saindo do Morro do Careca, fomos direto para a casa da Lu e do Tic (casal de amigos do Fenoy e da Ieda). Chegando na ILHAWIND – Escola de Esportes Náuticos (47-99054866), vimos que se tratava de uma casa na beira do mar, com uma vista incrível. Podíamos observar o céu maravilhosamente estrelado enquanto sentíamos a deliciosa brisa que vinha do mar. O local fica bem na frente da ilha de Porto Belo e tem um astral show de bola. Passamos excelentes momentos confraternizando com o pessoal enquanto comíamos um salchipão de matar a saudade do Rio Grande.
Lá pelas 22h, retornamos para a Pousada Porto Belo no motor home do Jhonny e da Adri. Nunca havíamos entrado num veículo assim. É impressionante como o pessoal consegue colocar tudo lá dentro. Há televisão, ar-condicionado, banheiro, forno e tudo mais que se possa pensar. Deve ser uma experiência muito legal viajar nestas condições! Chegando na pousada, agradecemos pelos momentos que eles nos proporcionaram e nos recolhemos aos nossos aposentos. Após tantas atividades, ainda tínhamos mais coisas para fazer: escrever os relatos atrasados! Após escrever uns 2, o cansaço nos venceu e capotamos.

OBS.: Gostaríamos muito de agradecer a estas incríveis pessoas que nos acolheram maravilhosamente bem e nos trataram como se fôssemos da família, mesmo sendo recém-conhecidos!

Segue abaixo algumas dicas para quem quiser visitar Porto Belo e desfrutar da melhor maneira este paraíso:

- Porto dos Piratas – http://www.portodospiratas.com.br – Fenoy, Ieda, Lucas e Victoria
Oferece turismo náutico na região da Costa Esmeralda (Porto Belo, Itapema, Bombinhas e Governador Celso Ramos). O local oferece passeios de barco, estacionamento, loja de souvenirs, além de um restaurante de alto padrão, onde se pode provar algumas iguarias locais.





- Pousada Porto Belo – http://www.pousadaportobelo.com.br – Jhonny, Adri e Gabriel
A Pousada oferece cabanas individuais e suítes. Tudo com um ambiente de tranquilidade, num lugar muito agradável com toda privacidade em harmonia com a natureza nativa. Além disso, a pousada conta com estacionamento, piscina com deck, café da manhã com frutas da época, churrasqueira e vista panorâmica da ilha e da praia de Porto Belo (200m da praia).

- Brasil Sul Mudanças – http://www.brasilsulmudancas.com.br – Dari e Du
Uma empresa especializada em mudanças que conta com as melhores tecnologias do mercado e que está preocupada com o meio ambiente e com o desenvolvimento de projetos sociais. Além do transporte, a empresa também faz içamento de móveis em prédios de até 45 andares e oferece o conceito de guarda-móveis (onde os móveis podem ser armazenados durante os processos de mudança, obras ou falta de espaço na casa nova).

- Du Instrutor de Paraglider – (47)96120004 – duflydu@hotmail.com
Com a supervisão do Du, os iniciantes realizam voo duplo e, após o curso, podem realizar voos autônomos.

- ILHAWIND – Escola de Esportes Náuticos (47-99054866)
Onde é possível aprender a prática dos mais diversos esportes aquáticos (windsurfe, stand-up, remo, etc)

Estatísticas
- Distância: 12,5Km   - Tempo: 1h20min16”   - Média: 9,4Km/h
Condições da estrada
- Ruins.

489° Dia – Penha – Itapema – 19/03/2012 – Segunda-feira


Acordamos tarde e já começamos a preparar tudo para a viagem. Quando descemos para o café da manhã fomos surpreendidos por um excelente buffet, com direto a iogurte, bolo, sonho de doce de leite, cereais, entre outras delícias. Após o café, ficamos conversando com o Moisés a respeito da saída para a BR, ele nos indicou um caminho que passava em frente ao Beto Carreiro World e prometia ser bem bonito.
Agradecemos ao Moisés pelo ótimo atendimento e partimos para a pedalada do dia. A saída da Penha foi bem tranquila, pois a cidade possui uma ciclovia que a cruza de ponta a ponta. Quando chegamos ao Beto Carreiro, tivemos que parar para tirar umas fotos, mas não pudemos entrar já que o parque só funciona de quarta a domingo, em baixa estação.
Após a sessão fotográfica, seguimos rumo à BR-101. A estrada estava com pouco movimento e pudemos pedalar com tranquilidade o dia inteiro. No final da tarde chegamos a Balneário Camboriú, fomos até o hostel (filiado à Hostelling International) da cidade mas não pudemos nos instalar, pois a gerente estava de férias e não havia nenhum responsável pelo local. Desta maneira, decidimos pedalar um pouco mais a fim de encontrarmos alguma pousada mais acessível.
Fomos até Itapema e, após rodarmos muito, encontramos uma casa que alugava quartos para excursões (Pousada Paradiso) em que a dona aceitou que ficássemos em um quarto esta noite. Assim que nos instalamos, tomamos banho, arrumamos a cama e saímos para comprarmos a nossa janta. Como a fome estava grande, antes do mercado passamos em uma sorveteria e comemos um açaí na tigela. Voltamos à pousada, jantamos e fomos deitar, pois estávamos exaustos do corre-corre atrás de estadia.

Gastos
- Pousada: R$60,00   - Açaí: R$8,00   - Supermercado: R$27,00
Estatísticas
- Distância: 49,5Km   - Tempo: 3h22min16”   - Média: 14,64Km/h
Condições da estrada
- Muito boas.

sábado, 24 de março de 2012

488° Dia – Joinville – Penha – 18/03/2012 – Domingo


Acordamos, desayunamos, arrumamos tudo, nos despedimos do pessoal e partimos rumo à Piçarras. Antes de chegarmos à BR-101, ainda fizemos um passeio pela cidade e pudemos observar os belos prédios de estilo colonial.
Assim que entramos na estrada, pedalávamos tranquilamente enquanto observávamos a bela paisagem. Em uma das várias subidas do dia, a corrente da minha bike se entregou pela primeira vez na viagem. Como já estávamos preparados para isso, foi só parar, pegar o powerlink na bolsinha de selim e consertar tudo (achamos que foi de tanto o pessoal perguntar se a bicicleta dava muito problema, pois em todos os locais em que chegamos esta é a primeira pergunta). Continuando a nossa pedalada, revezamos um pouco entre bons trechos de pedal e algumas paradas à sombra.
Quando, finalmente retornamos ao litoral, podíamos observar o mar de Barra Velha. Como o pessoal nos falou que a cidade não tinha atrativo algum, seguimos viagem. Em seguida, chegamos à Piçarras e fomos direto para a orla para darmos uma olhada. Até que a orla e a cidade são bonitinhas, mas também não são nada demais. Como amanhã já partiremos e hoje não teremos tempo para poder aproveitar a praia, começamos a procurar onde ficar por aqui mesmo. Porém, todos pequenos hotéis e pousadinhas tinham um preço acima do que estamos dispostos a pagar. Desta forma, reiniciamos a pedalada e fomos até a praia seguinte.
Como Penha é colada em Piçarras, chegamos em pouco tempo. Para a nossa sorte, na primeira pousada em que paramos já encontramos um preço bem mais acessível e fomos super bem atendidos. O Moisés, dono da Mar e Sol Pousada (http://www.maresolpousada.com.br), fez com que nos sentíssemos em casa. Instalamo-nos, tomamos um bom banho, atualizamos os blogs e vimos as novidades da terrinha. Mais tarde, ainda saímos para comer alguma coisa na lanchonete em frente à pousada. Ficamos surpresos com o tamanho do pastel e nos esbaldamos num pastel de chocolate! Satisfeitos, retornamos à pousada. Durante mais uma conversa com o Moisés, descobrimos que o Beto Carreiro World fica à apenas 6Km e decidimos dar um pulinho lá amanhã.

Gastos
- Pousada: R$60,00   - Janta: R$21,50
Estatísticas
- Distância: 69,5Km   - Tempo: 4h22min16”   - Média: 15,9Km/h
Condições da estrada
- Muito boas.