Acordei às 7h20min extremamente cansado, porém, como não tinha outro jeito, fui me arrumar para ir na loja de bike “A Ciclista” e pegar a bike lá no Sérgio. Como era um pouco longe, fui pedalando. Cheguei no Sérgio às 7h50min e o pessoal falou que ele não tinha chegado ainda, mas que estava para chegar. Esperei ele até às 9h e nada. Desta forma, falei para o pessoal que voltaria mais tarde, pois tinha que ir na loja de bike ainda.
Assim que cheguei na “A Ciclista” fui super bem atendido e fiz o pacotão das peças que estava precisando. Porém, como havia acertado com o Yuri que o pessoal ligaria para ele liberar as peças, ainda tinha que aguardar a ligação. Após duas chamadas não atendidas, avisei que ia pegar a bike ali perto e já voltava.
Encontro dos rios Negro e Amazonas |
Quando cheguei no Sérgio, o próprio já estava lá. Mais uma vez agradeci o apoio e entreguei o regalito que tínhamos comprado, peguei a bike e voltei para “A Ciclista” com a bike “nova” no bagageiro traseiro. Assim que cheguei, ligaram para o Yuri e, finalmente, ele atendeu. Após ele liberar as peças, peguei a minha sacolinha e voltei ao hostel, pois já era 10h.
Cheguei no hostel e a Cris já tinha arrumado todas as nossas coisas. Sendo assim, fui tomar um banho para partirmos. Com tudo pronto, fomos nos despedir do pessoal e agradecer pelo apoio (foram 8 noites em que a Dani, dona do hostel, não nos cobrou nada). Como tínhamos as duas bikes para levar, acertamos que a Cris ia de táxi com as bagagens e eu ia pedalando com as bikes.
Depois de uns 10min de translado, nos encontramos no porto sem problema algum. Porém, a confusão estava por vir. Quando fui falar com o cara que tinha me vendido a passagem ele me disse que não tinha mais camarote. Fiquei indignado e perguntei como que ele tinha me vendido se não havia mais. Ele veio com uma desculpa de que o barco havia chegado no porto de Manaus já com os camarotes vendidos e que não tinha conseguido me avisar porque não tinha o meu telefone (certo que ele vendeu o nosso camarote por um preço mais alto para outra pessoa). Depois de muito bater boca e ver que não adiantaria nada, fui tentar resolver o problema. Acabei achando o primeiro vendedor com quem havia conversado e ele disse que tinha um camarote por R$300. Depois de muito choro, ele baixou para R$280. Sendo assim, peguei o dinheiro de volta com o vendedor FDP e acertei com ele. O ruim deste camarote é que o ar estava estragado (só tinha ventilador), mas o ótimo é que tinha banheiro privativo.
Com tudo acertado, só faltava levar as coisas para o barco. Como carregar as bagagens sem elas estarem nas bikes é bem difícil, acabei pegando a ajuda de um dos vários carregadores que oferecem os seus serviços. Assim que o cara foi pegar as bagagens, a Cris me chamou e disse que o taxista havia avisado que estes caras roubavam a bagagem e ainda diziam que tu usou o serviço deles e não pagou. Para aumentar a nossa desconfiança, a primeira coisa que o cara perguntou foi se o que tinha dentro dos alforges eram peças de bike. Realmente de cara, indignado, revoltado por ter tanta gente em que não se pode confiar, pedi o meu dinheiro de volta e dispensei o “prestativo” carregador.
Com a alma entregue, peguei o máximo de bagagem possível e levei até o barco. Após umas três paradas para descansar e de estar vertendo suor, deixei tudo com o responsável pelo barco, pois estavam limpando o nosso camarote. Voltei para pegar o resto das bagagens para fazer a última viagem até o barco. Mesmo com o dedo quebrado, a Cris parecia uma árvore de natal, de tanta coisa que estava carregando. Finalmente instalados em nosso camarote, podemos relaxar um pouco. Trancamos a porta do camarote e fomos dar uma volta pelo barco. Ficamos admirados com a paisagem e surpreendidos com a forma diferenciada que o pessoal de rede viaja (só não fomos de rede porque a Cris enjoa muito e, principalmente, porque nos disseram que ocorrem furtos de bagagem nos portos).
Às 13h30min, o barco ligou os motores e iniciamos a nossa viagem de 31h até Santarém. Como tudo era novidade, fomos para a frente do barco para curtir o vento fresco e a paisagem. Ainda tivemos a grata surpresa de, ao conversarmos com um senhor, descobrirmos que o barco passa pelo encontro das águas do Rio Negro com o Rio Amazonas (estávamos com um certo arrependimento de não termos feito o passeio para conhecê-lo). Sendo assim, sentamos e ficamos esperando este espetáculo.
Redes penduradas no barco |
Depois de uns 30min de viagem pelas águas escuras do Rio Negro, pudemos avistar as águas barrentas do Rio Amazonas no horizonte. Conforme nos aproximávamos, percebíamos a “linha divisória” entre os dois rios. Ficamos impressionados com o que víamos. Parecia óleo e água! Tinham bolsões de água barrenta no meio da água preta e vice-versa.
Após passarmos por este incrível ponto, fomos descansar um pouco. Ficamos felizes ao perceber que o banheiro do camarote tinha chuveiro, pois já estávamos preparados para um banho de canequinha. Após tirar o suor com um bom banho de rio (toda a água do barco vem do rio), capotamos na confortável cama. O balanço do barco embalou o nosso sono até às 18h30min. Acordamos famintos e percebemos que, até o momento, havíamos comido apenas um sanduíche. Sendo assim, pegamos as comidas e tomamos um cafezão. Em seguida, fomos curtir uma noite estrelada na proa do barco.
Ficamos uns 30min conversando e curtindo o momento. Como os mosquitos começaram a atacar, voltamos para o camarote e fomos dormir, pois estes últimos dias em manaus foram bem cansativos e estressantes.
Gastos
- Táxi: R$20,00 - Bebidas: R$8,00 - Acréscimo na passagem: R$30,00
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