quarta-feira, 2 de março de 2011

101° Dia – Urcos – Cusco – 25/02/11 – Sexta-feira

Laguna de Urcos
     Pretendíamos acordar cedo, pois havíamos visto que o trajeto de hoje seria predominantemente de subida. Infelizmente isso foi impossível devido termos ido dormir somente às 3h da manhã por causa de uma insônia absurda! Acordamos por volta das 10h e começamos a arrumar tudo. Chegamos a ficar em dúvida em ficar mais um dia ou pegar ônibus para não pegarmos noite na estrada, mas a Cris estava mega motivada e pilhou para que fossemos pedalando (chegando a hora que chegasse!). Sendo assim, arrumamos tudo rapidamente e ao meio-dia iniciamos nossas pedaladas.
     A saída da cidade foi uma assustadora prévia do que imaginávamos pegar durante o dia. Uma subida íngreme e que parecia não acabar nunca! Tivemos que parar algumas vezes para conseguir respirar normalmente. Depois do susto inicial, fomos surpreendidos por uma hermosa longa decida em que pudemos recuperar o fôlego. A partir deste momento foi o tempo todo subidas, descidas e planos, mas com uma leve predominância das subidas.
Ruinas de Pikillacta
     Hoje passamos, novamente, por muitos lugares belos. Logo na saída de Urcos vimos a Laguna de Urcos. Aquela imensidão de água no meio dos morros e o reflexo que proporcionava era algo incrível! Continuando nosso caminho chegamos nas ruínas de Pikillacta. Uma grande construção na beira da estrada, sendo que não chegamos a parar e entrar no parque arqueológico por medo de nos atrasarmos muito.
     No meio da pedalada encontramos um cicloturista espanhol que estava fazendo uma viagem por todo Peru. Mais adiante nos deparamos com um casal francês de cicloturistas que saiu do Alaska e está indo até a Patagônia. Percebemos que novamente entramos numa rota “normal” para o cicloturismo!
     Aproximando-nos da cidade de Cusco, iniciou a civilização. Vilarejos com condições precárias de saneamento e demais necessidades básicas tomavam conta da beira da estrada. Chegando às cidades satélites de Cusco, a estrada se transformou em uma grande avenida com um fluxo intenso e completamente caótico e, para completar, com um asfalto ridiculamente ruim! Tínhamos que desviar dos imensos e diversos buracos e cuidar para não sermos atropelados pelos imprudentes motoristas peruanos.
Plaza de Armas
     Depois de uma hora nestas estressantes condições chegamos à Plaza de Armas (centro de Cusco). Começamos a rodar de hostel em hostel procurando onde ficar. Depois de cansarmos um pouco dessa função e encontrarmos um bonzinho, nos instalamos. O hostel fica bem na praça principal da cidade, facilitando nossa locomoção no período em que estivermos brincando de turistas (de férias do pedal!).
     Tomamos um bom banho e saímos para comer algo e conhecer um pouco a cidade. Enquanto estávamos caminhando, fomos atacado por um indiano que fazia propaganda de um restaurante com buffet livre. A propaganda nos chamou a atenção e fomos dar uma olhada no buffet para ver se nos agradava. Ficamos satisfeito com a aparência do local e decidimos ficar para jantar. Inicialmente nos servimos com um belo prato de salada e frutas. Ao provar a “temperadíssima” comida indiana, a Cris sentiu a língua e garganta arder de tanta pimenta. Ela não conseguiu comer praticamente nada, apenas ficou tomando água e uma Cusqueña de trigo (ainda melhor que a tradicional) para tentar amenizar aquela ardência que havia tomado conta da sua boca. Provei um pouco de tudo, mas a comida também não agradou muito meu paladar, apensa valeu para nos alimentar devido ao seu valor nutricional.
Plaza de Armas
     Após comermos, continuamos nossa caminhada pela cidade. A Plaza de Armas e as igrejas de sua volta possuem uma iluminação muito bem planejada, tornando o local muito bonito à noite. Por acaso, achamos um McDonald’s e a Cris quis complementar a sua fracassada janta. Pedimos um McPollo Jr, um sorvete e uma Inka Cola. A Inka Cola é um refrigerante local muito popular, de coloração amarelo berrante e com uma sabor diferenciado (eu gostei, já a Cris achou com gosto de xarope infantil).
     Após tudo isso, passamos num mercadinho em baixo do nosso hostel para comprarmos sabonete e, em seguida, voltamos ao nosso quarto. Agora estou escrevendo enquanto vemos “Top Chef” e ficamos babando um pouco nos pratos que são preparados.
Gastos:
- Hostel: R$33,35   - Sabonete: R$1,65   - Tampico: R$0,80   - Janta: R$24,70   - McDonald’s: R$8,55
Estatísticas:
- Distância: 49,13Km   - Tempo: 3h45min07”   - Média: 13,09Km/h
Condições da estrada:
- Boas, com o asfalto regular e um acostamento constante, mesmo que estreito. Assim que se transformou em avenida ficou pior do que qualquer outro lugar por qual já passamos.

3 comentários:

  1. parabéns!!!chegaram em Cusco, completaram 100 dias de viagem e agora vão tirar uns merecidos dias de ferias.Nada mais justo!!!
    Beijos, amamos vcs!!! Fiquem com Deus!

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  2. Mto legal o blog. Vcs têm twitter? Abça, Luciane.

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  3. Obrigada pela força galera! Estamos muito contentes em saber que contamos com o apoio de vocês.
    O nosso twitter é americasulpedal
    Um abraço,
    Cris e Moacir.

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