Igreja de São Francisco de Assis |
Acordamos cedo para aproveitar o último dia em Lima e conhecer os pontos turísticos que faltavam. Tomamos nosso café da manhã e nos arrumamos para partir. Saímos do hostel em direção à Plaza de Armas para conhecermos a Catedral de Lima por dentro e as famosas catacumbas!
Pegamos o ônibus e, rapidamente, estávamos no centro da cidade novamente. Chegando na Catedral, vimos que estava aberta para visitação. Assim que entramos, pudemos notar que era um local simples e, ao mesmo tempo, imponente. A primeira parte que visitamos foi uma capela onde os restos mortais de Francisco Pizarro (fundador de Lima) estão depositados. Eles realmente idolatram este importante personagem da história peruana!
Continuando nossa visita, passamos por inúmeros altares de diversos santos. A Catedral toda é uma mescla de estilos, sendo que o Colonial e o Renascentista são os mais notórios. Ainda passamos no museu de artigos religiosos e, por último, ficamos admirando o impressionante trabalho feito em madeira no altar principal.
Altar da Catedral |
Havia outras duas construções anteriores da Catedral no mesmo local que ela existe atualmente. A terceira, e última construção, demorou 38 anos para ser finalizada e resiste até os dias de hoje.
Pensávamos que veríamos as catacumbas na Catedral, mas ficamos sabendo que era no convento de São Francisco. Desta maneira, nos dirigimos para lá. Primeiro visitamos a igreja de São Francisco e pudemos observar um estilo completamente diferente da Catedral e de qualquer outra igreja que visitamos durante a expedição. O teto era todo talhado em madeira e não havia muitas imagens espalhadas pelo altar. Em seguida, fomos ao convento.
Compramos as entradas e ficamos esperando começar o próximo tour guiado. Depois de uns 5 minutos esperando, nos chamaram. Passamos por inúmeras salas, corredores e biblioteca. Guardaram o melhor para o final: as catacumbas! Descemos uma escadaria e chegamos a corredores estreitos e com o teto baixo que nos levaram até grandes galerias. Pudemos avistar durante todo trajeto inúmeros ossos de todos os tipos. Chegamos em um local com covas que eram utilizavas para depositar os corpos até que fossem decompostos. Estes locais estavam cheios de fêmures, úmeros, tíbias e crânios. Continuamos com o tour até chegarmos no poço onde depositavam os ossos após a decomposição. Era um poço com dez metros de profundidade e uns 2m de raio. A guia informou que calcularam em torno 25.000 ossos depositados nas catacumbas. Esta prática era realizada até meados do século XIX, quando foi proibida pelo governo.
Ruínas de Huaca Pucllana |
Saindo do convento, íamos até a as ruínas de Huaca Pucllana, mas antes demos uma parada para o almoço. Comemos um menu executivo num restaurantezinho próximo à praça. Os pratos eram acompanhados por um refresco de maçã meio diferente e um doce de maracujá um pouco curioso. Depois de comermos, fomos até a Av Tacna, onde pegaríamos um colectivo até as ruínas.
Depois de perguntar para algumas pessoas qual o colectivo que deveríamos pegar (aqui as pessoas não gostam muito de dar informação), aguardamos um pouco e embarcamos. Conseguimos sentar e fomos aproveitando para observar a cidade, apesar do desconforto causado pelo intenso calor que fazia. Chegando no local que desejávamos, desembarcamos. Caminhamos umas 4 quadras e chegamos nas ruínas.
Entramos no parque de Huaca Pucllana e ficamos esperando uns 5 minutos até começar o tour pelas ruínas. Estas ruínas possuem uma localização meio curiosa, pois estão no meio da cidade. Por este motivo, cerca de 60% já foi destruído por causa da construção de prédios e ruas e as que estão conservadas estão soterradas num morro que já foi utilizado como lixão e como pista de moto cross. As ruínas, que foram descobertas em 1982, ainda estão em processo arqueológico, pois mais da metade ainda está debaixo da terra.
Concha nas construçðes |
Estas ruínas são do povo Lima que viveu aqui em torno de 400 a 700 depois de Cristo. Esta pirâmide era a residência do sacerdote e era utilizada para controlar a região, pois ficava perto ao mar (onde vivia a população) e tinha vista para as principais entradas do vale. Os Lima confeccionavam “tijolos” de adobo (mistura de terra, água, fibras naturais e conchas) para as suas construções, empilhando um a um com um certo espaço entre eles para que a estrutura fosse flexível e suportasse os tremores frequentes que existem nessa região. Estas construções são muito fortes e perduraram até hoje devido ao clima da região, pois a chuva é extremamente escassa (o guia falou que as poucas gotas que caíram ontem enquanto estávamos na feirinha era considerado um dilúvio para a cidade).
Saindo do parque, fomos ao supermercado para comprar os mantimentos necessários para a pedalada de amanhã. Após comprarmos tudo, pegamos um táxi de volta ao hostel. Chegamos de volta à casa, arrumamos tudo e fomos cozinhar. Enquanto cortava a carne e a cebola, a Cris falava com família e amigos no MSN. Depois fui buscar as roupas que havíamos mandado para lavar e a Cris assumiu o comando da cozinha. Ela acabou de fazer o nosso strogonoff. Assim que comemos, fomos descansar um pouco para que amanhã consigamos acordar cedo para pedalarmos.
Gastos:
- Almoço: R$9,40 - Ônibus: R$4,00 - Museus: R$22,70 - Ruínas: R$13,40 - Água: R$1,00 - Supermercado: R$19,70 - Taxi: R$3,40 - Roupas: R$4,80
Nenhum comentário:
Postar um comentário