Ruínas de Moray |
Acordamos um pouco cansados ainda, mas tínhamos o passeio para as ruínas de Moray e as salíteras de Maras. Desta forma, levantamos, tomamos nosso café e arrumamos tudo para partir. Antes de chegar a hora do passeio, sobrou um tempinho e levamos as roupas para lavar e passamos na Catedral para conhecer o seu interior (sábado pela manhã não cobram os 10 sólis de entrada). A catedral é bonita, mas nada muito diferente do que vimos até agora. A única coisa que nos chamou a atenção foi que no crucifixo deles Jesus é negro.
Chegada a hora, lá fomos nós para a última visita às ruínas incas. Infelizmente a saída para o passeio acabou atrasando 1h devido à desorganização do pessoal responsável pelo turismo. Depois dos imprevistos, os ânimos melhoraram e começamos a aproveitar a vista do caminho. Em Moray, ficamos surpresos pela beleza do local assim que vimos as ruínas. O guia explicou que ali era um local para experimentos e adaptação agrícola. Devido aos diversos níveis, os incas conseguiam cultivar e adaptar várias plantas nos mais diversos climas (cada nível tem seu microclima próprio).
Escadaria inca nos andenes de Moray |
Para descer e subir os andenes (níveis) eles fizeram escadas num estilo próprio, sendo que enterravam 2m e deixavam apenas 50cm da pedra para fora, servindo como degrau. Descemos até o centro daquele lugar diferenciado. Podíamos sentir a energia exalando de todos os locais. O guia explicou que os incas haviam feito uma estrutura com grandes rochas em baixo de toda aquela estrutura para evitar a inundação e, por isso, se pulássemos bem no centro poderíamos escutar um barulho de oco e sentir o tremor de terra. Como sou curioso, fui testar e vi que realmente tudo aquilo acontecia e era muito mais intenso do que imaginava!
Após instantes maravilhados e de muitas fotos, seguimos para as salíteras de Maras. O povoado de Maras é extremamente pequeno e sobrevive, basicamente, da extração de sal. Este local também é muito interessante, pois são mais de 3.000 poços de extração de sal e cada um rende cerca de 150Kg por temporada. Todo esse sal vem de dentro da terra e é trazido por uma água quente que é distribuída igualitariamente por todos os poços. No período de seca (de julho a setembro) eles enchem os poços e deixam evaporar a água e, consequentemente, formar uma camada de sal. Quando já existem diversas camadas eles começam a extração. Na saída da salítera, provamos uma deliciosa mistura de sementes e cerais salgados que eles produzem.
Poços da salitera de Maras |
De volta a Cusco, fomos ao mercado para a mãe comprar os tecidos e os tourinhos de Pukara que ela queria. Aproveitamos a imensa oferta de produtos e aproveitamos para comprar chirimoia, pepino melão e uma frutinha do cactos para provarmos. Ainda passamos em outras feirinhas de artesanato para procurarmos as últimas lembrancinhas. Depois de toda essa caminhada, paramos no McDonald’s e pegamos um balde de frango frito (queríamos provar o clássico balde de frango frito que tanto vemos em filmes). Por incrível que pareça, o frango estava muito bem temperado, uma delícia! Enquanto esperávamos, dei um pulo na lavanderia e peguei as roupas que havíamos deixado pela manhã.
Satisfeitos, voltamos para o hostel. A mãe e eu fomos dar uma descansada para mais tarde começarmos a arrumar as coisas para o seu retorno para Porto Alegre e a Cris foi tentar contato no computador com amigos e família. Quando ela se juntou a nós, foi um sono só e acabamos emendando até a manhã do dia seguinte.
Gastos:
- Hostel: R$46,70 - Roupas: R$13,30 - Entrada nas Saliteras de Maras: R$6,70 - Cereais locais: R$5,50 - Frutas: R$5,50 - Almoço: R$33,40
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