Hoje o Moacir tentou me acordar cedo, mas eu não conseguia nem abrir os olhos de tão cansada que estava (tenho que parar de jogar até tarde). Levantamos às 10h30min, tomamos o nosso “desayuno” e preparamos tudo para partir. Enquanto descíamos as bicicletas, o Moacir escorregou no piso molhado e caiu em cima da bike. Felizmente, ele não chegou a se machucar.
A saída da cidade foi tranquila, um leve aclive e sem muito movimento. Ao entrarmos na estrada, fomos surpreendidos por uma longa descida. Enquanto aproveitávamos a fresca brisa das montanhas, avistamos os enormes montes que teríamos que ultrapassar. Como não sabíamos exatamente a distância que teríamos que percorrer hoje, baixamos a cabeça e pedalamos.
Depois de uns 10Km de subida intensa, começou um leve chuvisco. Falei para o Moacir para aproveitarmos a “deixa” e pararmos para comer e descansar. Assim que sentamos em uma parada de ônibus, um temporal começou a cair na nossa frente. Agradecemos aos nossos anjos da guarda pela dica e esperamos a chuva passar. Quinze minutos após, a chuva já dava uma trégua e resolvemos seguir.
Pedalamos mais uns 5Km lomba acima e fomos obrigados a parar em um trecho da estrada que estava em reforma. O Moacir aproveitou para perguntar aos funcionários qual era a distância até Tulcan. Eles nos informaram que teríamos mais uns 10Km de “pura costa” (ou seja, subida de cordilheira) até chegarmos ao topo e que depois seria só descida até a cidade.
Reduzimos as marchas e seguimos a “escalada”. A paisagem ao nosso redor era inspiradora com campos de diferentes tons de verde por todos os lados. Na metade do caminho, paramos para regular a respiração e fazer um lanche. Como estava muito frio, ficamos poucos instantes parados e voltamos a pedalar. As montanhas foram ficando cada vez mais baixas a nossa frente e, em poucos minutos, já avistávamos a descida que nos levaria até a entrada de Tulcan. Colocamos os nossos anoraks (aqui é incrivelmente frio!) e iniciamos a descida.
Logo que entramos na cidade, começamos a procurar o terminal terrestre. Assim que o encontramos, perguntamos sobre a venda de passagens para Cali e recebemos a informação de que teríamos que atravessar a fronteira para pegarmos o ônibus na Colômbia. Como a nossa saída do país teve que ser adiada, resolvemos aproveitar a nossa última noite de estadia. Andamos por toda a cidade (e isso que ela não é nada plana) até encontrarmos um hotel barato, confortável e com wi-fi. Felizmente achamos tudo isso no Hotel LUMAR.
Depois de nos instalarmos e tomarmos um bom banho quente (nunca pensei que valorizaria tanto uma água quentinha), saímos para almoçar. Encontramos um excelente restaurante na esquina do nosso hotel e comemos um arroz com pollo e um lomo saltado com arroz. Aproveitamos que a comida era boa e “econômica” e pegamos mais um chaulafan de huevo para levar.
Com a janta garantida, voltamos para o hotel e não saímos mais. Ficamos atualizando os blogs e os vídeos, falando com a família e os amigos e assistindo televisão. Em breve, iremos jantar o nosso chaulafan e dormir, pois amanhã teremos que atravessar a fronteira!
Gastos
- Hotel: R$27,00 - Almoço/Janta: R$19,89 - Compras: R$8,10
Estatísticas
- Distância: 43,23Km - Tempo: 3h19min52” - Média: 12,9Km/h
Condições da estrada
- Razoáveis, com alguns pontos em reforma e outros sem acostamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário