Acordamos relativamente cedo e começamos a preparar tudo para deixarmos o Equador. Após desayunarmos, passamos em uma casa de câmbio e em um mercadinho e fomos para a estrada. Em pouco tempo de pedalada, já chegamos à aduana equatoriana. A Cris foi fazer todos os trâmites legais enquanto fiquei cuidando da bikes. Com tudo resolvido, nos preparamos para entrar em mais um país: a Colômbia.
Cruzamos a ponte Rumichaca (que separa os dois países) e já pedalávamos em solo colombiano. A burocracia foi pouca e, em alguns instantes, tudo estava pronto. Demoramos um pouco na aduana porque encontramos duas cicloturistas australianas que estão viajando do Alaska à Patagônia e ficamos conversando com elas. Além disso, tentamos comprar as nossas passagens até Cali num estande de uma empresa de ônibus da Aduana, mas a máquina de cartão estava com problema e acabamos optando por comprar em Ipiales mesmo (descobrimos que o ônibus até Cali demora 10h para percorrer os 450Km).
Saímos da aduana e, literalmente, subimos 3Km até Ipiales. Fomos direto ao terminal terrestre para vermos horários e preços das diversas empresas. Após nos informarmos, nos instalamos num hotelzinho próximo para tomarmos um banho e deixarmos as coisas enquanto saíamos para almoçar.
Passeamos por todo o centro e paramos num restaurante. Aqui eles também têm o costume de ter sopa como entrada. Após comermos, fomos até as duas principais praças da cidade. Na segunda, paramos para provar um sorvete. A casquinha era uma mistura de sorvete de creme com sorvete de goiaba, delicioso! Antes de voltarmos para o hotel, ainda pegamos um buñones (tipo uma bolinha de queijo gigante) para a viagem e paramos em uma lan house para pesquisarmos o que tem para fazer em Cali.
Quando quase estávamos no hotel, decidimos passar na rodoviária para vermos os ônibus. Conseguimos uma passagem mais barata e rapidamente fomos ao hotel, pois tínhamos 45min para estarmos de volta ao terminal. Assim que retornamos ao terminal, compramos os bilhetes e começamos a desmontar as bikes para colocar na bodega do ônibus.
Enquanto arrumávamos as coisas no bagageiro, o motorista veio dizer que iria cobrar mais 10.000 pesos (R$10,00) pelas bikes. Ficamos indignados com isso, pois foi o próprio motorista que havia acertado o preço conosco anteriormente. Tentamos argumentar, mas ele manteve a cobrança extra. A Cris ficou revoltada com a falta de palavra e não pagamos a diferença. Sendo assim, tiramos todas as nossas coisas do ônibus e fomos procurar outra empresa.
Na primeira tentativa, já achamos uma que fazia pelo mesmo preço (sem a taxa extra). Aqui, o choro na hora de comprar passagens é livre. Eles colocam destinos mais próximos no recibo, consequentemente mais baratos, para poder reduzir o preço. Embarcamos novamente toda a nossa parafernália e, desta vez, sem surpresas. Em seguida, subimos e pegamos os nossos lugares, pois nas passagens não consta o número do assento.
Agora, recém saímos do terminal e acreditamos que, com a noite bem escura que está fazendo, não conseguiremos apreciar a paisagem. Sendo assim, aproveitaremos para descansar, pois chegaremos em cali ao amanhecer e teremos que achar o hostel. Pretendemos aproveitar o dia para irmos na lavanderia, no supermercado, numa bicicleteria e no zoológico.
Neste momento, colocaram o filme Hachiko (clássico dos ônibus - terceira vez que vemos) e a Cris disse que nem vai acompanhar para não chorar. Bom, vamos curtir a viagem. Boa noite!
Gastos
- Hotel: R$15,00 - Almoço: R$9,00 - Compras: R$9,00 - Farmácia: R$1,20 - Passagem: R$60,00 - Internet: R$1,00 - Buñones: R$1,00
Estatísticas
- Distância: 11,90Km - Tempo: 57min50” - Média: 12,26Km/h
Condições da estrada
- Razoáveis, com alguns pontos em reforma e outros sem acostamento.
Em fim na Colômbia, é um país grande. E de acordo com meu mapa esta cidade (Cali)deve ser bem grande.Depois de muitas peripécias, conseguiram viajar. Tenham uma boa viagem! Beijos e fiquem com Deus.
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