sexta-feira, 26 de agosto de 2011

276° Dia – Santa Marta – Parque Tayrona – 19/08/2011 - Sexta-feira


      Queríamos acordar às 4h30min, mas, como fomos dormir tarde, acabamos levantando só às 5h30min (atualmente, se acordamos e o dia já está claro é sinal de que estamos atrasados). Arrumamos tudo e tomamos o nosso desayuno antes de partirmos. Às 8h iniciávamos as pedaladas em direção ao Parque Tayrona, pois, ontem à noite, vimos fotos da praia de Cabo San Juan e ficamos encantados com a beleza do lugar.
     Quando começamos a pedalar, o sol estava brilhando num céu e o calor já beirava os 30°C. A saída da cidade foi bem tranquila e chegamos na estrada rapidamente. Estávamos um pouco de sangue doce, pois sabíamos que a distância não era muita.
      Depois de uns 10Km pedalados, nos deparamos com a última ramificação da Cordilheira dos Andes que pegaremos na Colômbia. A combinação de subida intensa e calor absurdo por 10Km sugou as nossas energias e fomos obrigados a dar uma paradinha. Ficamos uns 20min comendo, bebendo e tentando baixar a temperatura corporal.
     Voltando para a estrada, subimos mais 1Km e começamos uma longa descida. Este declive nos levou até as proximidades da entrada do parque, onde paramos nos informar dos preços das hospedagens. Ficamos espantados com o valor de R$100 por um puxadinho numa casa sem reboco. Sendo assim, continuamos pedalando até a entrada do parque. Chegando na guarita, descobrimos que a entrada custava R$35 por pessoa e que havia camping (uns R$14) e hotel (uns R$280) no interior do parque. Com tais notícias, decidimos almoçar no restaurante em frente ao parque, comprarmos mantimentos e acampar no parque.
      A nossa principal preocupação quando fomos entrar no parque era a de que o guarda florestal mandasse a gente desmontar todas as nossas tralhas para executar a revista, pois é proibida a entrada com sacolas e com bebidas alcoólicas (vimos ele olhar tudo nos mochilões de um grupo que estava à nossa frente). Para a nossa sorte, ele só encrencou com a “bolsa” d'água e, após voltarmos ao mercadinho e trocarmos a bolsa por uma garrafa d'água, entramos sem ele abrir um alforge sequer (realmente não entendemos a diferença entre sacola e garrafa, mas como é proibida a entrada com sacolas, tudo bem).
     Entramos no parque e fomos direto para o camping da praia de Cañaveral, pois é o único que se consegue chegar com a bike (os demais só caminhando ou a cavalo). Passamos na recepção (mesma de uma rede hoteleira), pagamos as diárias e voltamos para a área de camping para montarmos acampamento. Enquanto escolhíamos o local, escutamos um estrondo de um coco caindo. A partir daí, o quesito “embaixo de coqueiro nem pensar” entrou na lista do que averiguar. Depois de uns 10min procurando algum lugar que não estivesse tomado por formigas, conseguimos achar um pedacinho de terra adequado e montamos tudo. Arrumamos a barraca rapidamente para poder pegar uma praia o quanto antes.
     Com tudo pronto, pegamos o kit praia e lá fomos nós. Caminhamos uns 10min pela trilha e nos deparamos com a bela praia de Cañaveral. Infelizmente, o mar é muito perigoso e é proibido banhar-se no local. Sendo assim, continuamos a trilha até a seguinte enseada. Em poucos instantes, chegamos em La Piscinita, jogamos tudo na areia e fomos para a água.
     Ficamos a tarde toda alternando entre mar e areia (apesar do nome, o mar desta praia não é nada calmo) enquanto combinávamos a nossa ida até Cabo San Juan no dia de amanhã. Serão 4h de muita caminhada para irmos e voltarmos do nosso objetivo principal desta visita ao parque.
      Lá pelas 17h, começamos a voltar para a área de camping, pois não tínhamos nada de iluminação e não queríamos pegar noite na trilha. Chegando na barraca, pegamos o farol, a bateria da máquina e o material escrevente e fomos até a recepção, pois era o único ponto em que poderíamos carregar estes eletrônicos. Ficamos escrevendo os relatos atrasados e vendo televisão enquanto deixamos as coisas na tomada.
     De repente, começa a cair um aguaceiro e vimos que era hora de voltarmos. Depois de uma pancada, deu uma estiada e nos metemos na trilha debaixo de uma chuva fina e uma noite escura. Assim que chegamos no camping, vimos que o local que escolhemos era muito bom, mas, mesmo assim, optamos por nos mudarmos para a varanda de uma grande construção (almoxarifado). Estamos sem isolante térmico, pois eles estão cheios de artesanias e muito bem empacotados, sendo assim, sobe muita umidade da terra molhada.
     No novo empreendimento, começamos a arrumar tudo para o nosso café da noite e para dormirmos. Enquanto a Cris organizava um colchãozinho com as nossas roupas de inverno e os sacos de dormir, eu organizava o resto do nosso material em um “depósito” coberto com a cobertura da barraca (não usaremos devido ao extremo calor e por estarmos em um local coberto).
     Com tudo pronto, Comemos os nossos sanduíches de mortadela e quueijo acompanhados da coca-cola quente que havia sobrado do almoço. De barriga cheia, fizemos a nossa higiene e fomos dormir. Surpreendemo-nos quando olhamos no relógio e era apenas 21h!
Gastos
- Entrada no Parque Tayrona: R$70,00 - Camping: R$22,00 - Almoço: R$20,00 - Mercado: R$13,20
Estatísticas
- Distância: 42,74Km - Tempo: 3h12min18” - Média: 13Km/h
Condições da estrada
- Boas.

Um comentário:

  1. Vida em camping não é fácil. Eu gostava muito mas
    hoje já quero mais comodidades.
    Mas vcs descansaram bastante, dormiram das 21h até que hs mesmo? eheheheh...
    Saudades, beijos e que Deus os proteja.

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