Dormimos muito bem durante a noite. Estávamos precisando recarregar as energias sem mosquitos...hehe... Acordei às 8h para ir na rodoviária ver os horários dos ônibus para Antofagasta, enquanto a Cris ficava descansando um pouco mais na nossa habitacion.
Depois de ter que perguntar algumas vezes pelo caminho, finalmente cheguei na “rodoviária”. Foi estranho ver que existem diversos terminais, sendo que as duas principais empresas possuem terminais próprios. Depois de pesquisar um pouco, achei um ônibus que sairia 9h55min e que poderia levar as bikes (os demais não deixam, sendo necessário enviá-las por encomenda e, além de ter que esperar alguns dias para recebê-las, ainda ter que pagar caro por isso).
Como já era 8h40min, voltei correndo para o residencial para acordar a Cris e arrumarmos nossas coisas, tomarmos café e irmos para rodoviária. A Cris acordou meio assustada e achando que era brincadeira minha, mas assim que notou que estava falando sério arrumou tudo rapidinho. Conseguimos tomar um café correndo e nos mandamos para rodoviária. Chegamos em cima do laço (9h45min), mas deu tempo! Falamos com o auxiliar do motorista e este disse que poderíamos levar as bikes, mas teríamos que pagar 6.000 pesos (R$24,00) de excesso de bagagem (muito melhor que os R$140,00 se enviássemos por encomenda).
Sendo assim, embarcamos no ônibus rumo à Antofagasta. Como saímos correndo, não deu tempo de pegar nada para comer e beber. Assim que parou em Copiapó, a Cris desceu e foi correndo comprar e eu fui dar uma verificada nas bikes. A viagem continuou e rapidamente avistávamos o mar. Não existem muitas praias por aqui, sendo que a maioria da costa é de penhascos. O balanço do ônibus foi como uma canção de ninar para mim e capotei, enquanto a Cris observava tudo atentamente pela janela.
Em certo momento da viagem nos deparamos com o nada! Não existia nada em lugar algum! Era morro, pedra, areia e tempestades de areia para todos os lados. Sendo assim, o ônibus não tinha onde parar, ou seja, foram 770Km de viagem com uma parada somente (aos 150Km de viagem). A nossa sorte foi ter arrumado tudo rapidamente no residencial e ter dado tempo de tomarmos café e de a Cris ter conseguido comprar algumas coisas, senão seriam 9h só com um pacotinho micro de bolachas e um mini suco que recebemos da empresa.
Chegando em Antofagasta, nos deparamos com uma grande cidade, bem desenvolvida e que nos causou uma empatia muito grande. Assim que descemos na rodoviária, montamos as e nos dirigimos a um bairro que havíamos passado e que tinha uma bela praia. Buscamos onde ficar e achamos um hotelzinho bem no centro.
Depois de nos instalarmos fomos jantar, pois estávamos vesgos de fome (foi o dia todo comendo porcaria)! Caminhamos um pouco pelo centro e paramos num dos poucos restaurantes que estavam abertos. Assim que terminamos de comer, voltamos ao hotel para descansar, pois amanhã pretendemos conhecer a cidade e já temos que nos preparar para ir para San Pedro de Atacama. Antes de deitarmos, deu uma sede e não tínhamos nada para beber. Lembrei-me que tínhamos o purificador de água (o purificador é uma canudo que filtra a água) que ainda não havíamos utilizado. Sendo assim, fomos testá-lo! No início ele deixa um gosto meio estranho de produto químico, mas depois de algumas vezes ele parece funcionar muito bem.
Durante nossa viagem de hoje, vimos que fizemos a escolha certa em ter vindo de ônibus. No início, a estrada estava em obras e aparentava que seria muito ruim pedalar por ali. Do meio para o final do caminho (uns 400Km), quase não existia suporte na beira da estrada (sem vendinhas, vilarejos, povoados). Seria extremamente difícil pedalar nestas condições (sem falar nas condições climáticas), além de se tornar perigoso.
Gastos:
- Hotel: R$80,00 - Janta: R$49,30 - Passagem: R$144,00 - Excesso de bagagem: R$24,00 - Refri, água e guloseimas: R$12,00
fizeram muito bem em ir de ônibus, vcs não estão competindo, logo não precisa se sacrificar. cuidem-se pois ainda tem muita pedalada pelo caminho. beijos, amo vcs!!!!!
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