Acordamos cedo e tomamos café, mas Cris continuava com bastante cólicas, sendo assim optamos por dormir mais um pouco e ver como ela estaria mais tarde. Levantamos às 11h e ela já estava um pouco melhor, então começamos a arrumar tudo para partirmos. Arrumei minhas coisas e fui para o computador do hotel para publicar algumas postagens no blog enquanto a Cris finalizava a arrumação das suas coisas. Assim que subi, pegamos tudo e descemos para “montar” as bicicletas.
Enquanto colocávamos todos os apetrechos na bike, a Gisele (uma japonesa que viveu alguns anos em São Paulo e é a dona do hotel – Hotel Central na Panamericana) veio conversar conosco. Falamos bastante da expedição e da nossa vontade de montar um hostel quando voltarmos para o Brasil. Quando estava quase tudo pronto, ela nos trouxe suco de maracujá (bem gelado e muito gostoso, deu um ânimo para começar a pedalada!) e um saco cheio de pães de “maiz” (milho) e de “yuca” (aipim) para termos o que comer na viagem. Agradecemos muito pela calorosa recepção e pelos regalos na despedida e caímos na estrada.
A saída de Huacho foi um pouco ruim, mas nada comparado à Callao. Assim que chegamos na parte da Panamericana que não passa por dentro da cidade, começou a nossa tranquilidade. O dia de hoje prometia um terreno muito menos acidentado do que os últimos trechos. Para nossa alegria, essa promessa se concretizou. Realmente, o terreno vai ficando mais plano conforme estamos nos afastando de Lima.
Fizemos nossa primeira parada num restaurantezinho de beira de estrada para tomarmos algo gelado e comer uns sanduíches. Infelizmente não tinha a chicha morada (suco de um milho roxo) gelada que o cartaz prometia, então comprei um refrigerante para a Cris e me contentei com a água que tínhamos. Assim que repusemos as energias, voltamos para o selim. As pedaladas fluíam bem e o sol, apesar de presente, não estava esquentando tanto como no início do dia.
Após alguns instantes, chegamos na entrada para as ruínas da “Ciudadela Sagrada de Caral”. Ficamos um pouco na dúvida de ir ou não, mas depois que vimos que seriam 44Km (22Km de ida e 22Km de volta) para conhecer tais ruínas que nem tínhamos muita informação a respeito, decidimos seguir o nosso caminho rumo ao norte. Aos poucos fomos passando pelos povoados de “Medio Mundo”, “Supe” e “Barranca”, até chegarmos em Paramonga., isso mesmo “PARAMONGA”. Aqui tem até uma empresa de ônibus que se chama “Turismo Paramonga”!
Entramos no acesso para a cidade e logo chegamos à praça principal. Rodamos um pouco atrás de onde ficar e acabamos encontrando apenas um hotel. Alojamo-nos e agora a Cris está tomando banho enquanto escrevo. Em seguida será minha vez no banho e depois sairemos para jantar e ir numa lan house para atualizarmos os blogs e darmos notícias.
Gastos:
- Hotel: R$26,66 - Coca-cola: R$1,34 - Janta: R$13,34 - Internet: R$1,34 - Locutório: R$0,80
Estatísticas:
- Distância: 62,36Km - Tempo: 3h44min46” - Média: 16,64Km/h
Condições da estrada:
- Excelentes, com um acostamento bem largo e um asfalto liso.
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