quarta-feira, 27 de abril de 2011

155° Dia – Piura – Sullana – 20/04/2011 – Quarta-feira

     Queríamos acordar cedo, mas decidimos aproveitar um pouco mais o conforto do hotel, pois não sabíamos o que encontraríamos em Sullana. Levantamos às 11h e começamos a arrumar o que faltava, tomamos café e fomos para a estrada. Tivemos um bom pedaço de cidade antes de chegarmos à estrada. Aproveitamos para parar no supermercado para comprarmos uma água gelada e um saco de gelo para ver se conseguíamos ter água gelada durante a pedalada.
     Ao tentar entrar no supermercado pela entrada de automóveis, fomos abordados pelo segurança. Ele nos perguntou se iríamos comprar algo (meio óbvio não? Quase respondemos que “Não, estamos aqui para tentar vender nossas bikes no super!) e avisou que as bicicletas não poderiam entrar e que ele não se responsabilizaria pelas bagagens. Sendo assim, a Cris foi comprar tudo e fiquei esperando-a. Assim que ela retornou, colocamos tudo nas garrafinhas. Quando fui pegar a minha bike, percebi que o pezinho havia afundado no asfalto!
     Saímos da cidade e pegamos uma estrada com um acostamento muito ruim. Na verdade, nem podemos dizer que aquilo é acostamento, pois eram pedaços de asfalto perdidos no meio de areia e mato. Lembramos muito da nossa ida para Cidreira no natal de 2009, pois a estrada era muito parecida com a RS-040. Para piorar as coisas, o fluxo de automóveis era razoavelmente intenso e dificultava a nossa vida quando estávamos pedalando na linha branca. Mas como nem tudo é ruim, sabíamos que a distância era curta e que chegaríamos durante o dia com tranquilidade.
     Pedalávamos e conversávamos sobre um pouco de tudo, quando a Cris notou que o seu pneu dianteiro estava completamente murcho. Aproveitamos a parada para comer e descansar um pouco. O pneu não havia furado, somente o remendo (pois já tinha furado anteriormente) tinha soltado e estava com um pequeno vazamento devido a trepidação provocada pelas condições do acostamento. Voltamos para a estrada e chegamos num pedágio em pouco tempo. Lá recebemos uma boa notícia: faltava somente 13Km!
     A estrada continuou nas mesmas condições até a entrada da cidade. Num ponto mais movimentado, paramos para perguntar onde ficava a plaza de armas. O sujeito para quem perguntei, respondia apenas com gestos, não falava nada (grande parte das pessoas para quem perguntamos alguma coisa somente faz gestos ou ignora nossa abordagem), mas, desta vez, não desisti facilmente. Fiquei “importunando” o indivíduo até ele se prestar a responder decentemente! Com a informação que queríamos, continuamos nossas pedaladas.
     Chegando no centro da cidade, procuramos um lugar para ficar. Acabamos nos instalando num hotelzinho que achamos. Tomamos banho, alongamos, vimos um pouco de televisão e fomos jantar. Paramos num restaurante bem próximo ao hotel e pegamos dois arroz chaufa de pollo (tipo um risoto) com uma salada mista e uma jarra de suco de maracujá e uma de abacaxi. Não aguentamos comer tudo e, mesmo assim, saímos mal do restaurante por ter comido e bebido tanto (2l de suco!). Levamos para o nosso café da manhã de amanhã o resto do arroz.
     Antes de voltar ao hotel, passamos num supermercado aqui perto para comprar algumas coisinhas. Agora estamos no quarto e estou escrevendo enquanto a Cris toma um banho gelado para amenizar o calor.
Gastos:
- Hotel: R$33,33   - Janta: R$31,40   - Supermercado: R$3,20
Estatísticas:
- Distância: 41,09Km   - Tempo: 2h40min17”   - Média: 15,38Km/h
Condições da estrada:
- Hoje parecia que estávamos pedalando num ambiente conhecido, pena que era na RS-040 em véspera de feriadão! O acostamento era horrível e o fluxo de veículos dificultava a utilização da faixa branca para o nosso deslocamento.

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