quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

34º Dia - Potrerillos - Uspallata - 20/12/10 - Segunda-feira

     Antes de relatar os fatos de hoje, gostaríamos de dizer que já faz muito, mas muito tempo, que estamos completamente perdidos nos dias da semana. Normalmente vamos saber se é quarta ou domingo somente na hora de escrever o relato do dia.
     Bom, hoje acordamos com calma e ficamos um tempinho deitados conversando. Em seguida fui fazer umas torradas para o nosso café. Tomamos nosso desayuno na cama e, quando estávamos levantando, batem na porta avisando que o check out é às 10h (já era 10h30min, não sei porque não avisam do horário quando fazemos o check in).
     Arrumamos nossas coisas e partimos em direção ao lago. Chegando num ponto da estrada em que avistávamos bem, ficamos um tempo só observando. Achamos que não era uma boa ir até o lago, pois não iríamos tomar banho nele e também não veríamos nada que não tivéssemos visto ainda. Sendo assim, seguimos nosso caminho para Uspallata.
     Hoje o percurso era pequeno, mas um grande ponto de interrogação. Assim que saímos de Potrerillos pegamos um bom trecho de descida. Após este pedaço, o caminho foi intercalado com subidas e descidas pouco íngrimes. O tempo todo fomos costeando o rio Mendoza, hora no seu nível, hora mais acima. Passamos por um local chamado Guido (umas três casas) e tinha uma placa que indicava altitude de 1508m. Lembramos que esquecemos de ver a altitude em Potrerillos, mas assim que chegarmos em Uspallata veremos quanto já subimos.
     A estrada é meia boca, pois o acostamento não é de asfalto e sim de pedras. Precisamos andar o tempo todo na linha branca, mas pelo menos o tráfego não é tão intenso quanto nos falaram. Entretanto, está é a estrada mais incrível em que já estivemos. A cada curva aparece uma paisagem mais linda do que a outra. Estamos literalmente maravilhados com os Andes. Cada dia que passa temos mais certeza de que é o local mais bonito que conhecemos.
     Chegando no Uspallata Hostel (que fica na beira da Ruta 7 e um pouco afastado da cidade) fomos super bem atendidos pelo Gabriel. Ele nos mostrou as instalações (excelentes) e nosso quarto. Como de praxe, nos instalamos e tomamos banho. A Cris foi dar uma alongada e eu fui renomear as nossas fotos, pois já estávamos esquecendo onde foram tiradas. É muito bom ficar vendo as fotos e relembrando tudo que já passamos.
     Nesse meio tempo chegaram dois franceses que estavam fazendo uma viagem através dos Andes, do Equador até a Patagônia, de bike. Um só falava francês e o outro arranhava o espanhol. Como a comunicação estava difícil e eles partirão cedo amanhã, acabamos convversando pouco.
     A Cris acordou com uma coceira que não passava. Assim que levantou da cama viu um carrapato no travesseiro. Foi até o computador e me pediu para ver se não havia algum em suas costas, mas não tinha nada. A presença do carrapato se deve aos cincos cães de guarda do hostel (três Golden e dois guaipa). Eles não entram nas instalações, mas entendemos que é praticamente impossível evitar parasitas tendo animais soltos no pátio.
     Acabamos de renomear e fomos fazer um risoto de tomates secos para a janta. Chegando na cozinha, encontramos dois paulistas que estão viajando pela Argentina. Conversamos um pouco e jantamos (é muito bom falar português!). Após a janta fomos dormir. Para dormirmos tranquilos, colocamos a barraca em cima da cama e a prendemos na cama de cima com extensores.
Gastos:
- NADA!
Estatísticas:
- Distância: 48,78km   - Tempo: 3h08min34'   - Média: 15,52km/h
Condições da estrada:
- Mediana, pois o acostamento é repleto de pedras.

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