quinta-feira, 26 de maio de 2011

181° Dia – Galápagos (Santa Cruz) – Guayaquil – 16/05/2011 – Segunda-feira

     Acordamos parecidos com o gurizinho protagonista do filme da formiguinha (quem não conhece pode ver em (http://www.youtube.com/watch?v=6VQSQDaApGw), só pensando “Que dó, que dó, QUE DÓ!!!” por ter que deixar este paraíso. Como não adianta chorar que o tempo não vai parar, levantamos e fomos ver onde seria o nosso café da manhã. Depois de uma confusão, a mulher com quem tínhamos acertado a nossa hospedagem nos levou até um restaurante próximo e disse para nos servirem dois desayunos. Surpreendentemente, veio um café completo e bem saboroso, com  suco natural, café com leite, pães e chimia. De barriga cheia, fomos acabar de arrumar as nossas coisas para partir.
     Com tudo pronto, saímos do hotel e pegamos um táxi até o terminal de onde sai o ônibus até o aeroporto. Chegando próximo ao terminal, o taxista nos avisou que o último ônibus já tinha saído às 8h30min e que a única maneira de ir até a balsa que faz a travessia até Baltra (ilha onde fica o aeroporto) seria de táxi. Com um pé atrás, pedi para ele parar para confirmar a informação. Infelizmente dei de cara com um cartaz que dizia que o último ônibus era às 8h30min (não sei porque as pessoas para as quais perguntamos sobre o ônibus não nos avisaram do horário, todos disseram que era tranquilo, só chegar) e já era umas 9h30min. Sendo assim, tivemos que marchar com U$15 de táxi até o outro lado da ilha.

     Foram uns 45min e uns 40Km de muito sobe e desce. Pudemos ter uma vista de quase toda a ilha em momentos em que estávamos na parte próxima aos vulcões. Era muito verde para todos os lados e um azul celeste radiante do oceano. Chegamos ao canal entre as ilhas e já estava saindo uma das balças. Demos uma corridinha para poder pegar e chegar com tranquilidade ao aeroporto. A travessia é curta, bem tranquila e pudemos ficar observando, mais uma vez, a imensa beleza daquele oceano.
     Chegamos em Baltra depois de uns 15min e, assim que pegamos nossas bagagens, vimos dois ônibus se aproximando para levar o pessoal para o aeroporto (estes ônibus são fornecidos gratuitamente pelas empresas aéreas). Foram mais uns 10min e lá estávamos nós no nosso último destino da nossa passagem pelo arquipélago de Galápagos. Descemos do ônibus e vimos um pequeno aeroporto e várias tendinhas de artesanias (quando vimos isso, sabíamos que seria ali que compraríamos as nossas lembrancinhas). Fomos direto fazer o check in para despachar nossos dois alforges e ficarmos livres daquele peso.
     Aliviados, fomos bater perna e pechinchar nas tendinhas. Primeiro passamos por todas vendo o que gostávamos e pesquisando preço. Numa segunda passada, compramos um jogo de baralho com os animais característicos da região, alguns martelinhos e um bordado para colar no capacete. Tinha alguns trabalhos de madeira incríveis, mas o preço era astronômico e a arte terá que ficar só na memória mesmo.
     Aproximando-se da hora do nosso embarque, retornamos ao aeroporto (pois não queríamos ser chamados pelo nome novamente). Antes de irmos para a fila, fomos tomar algo gelado, pois o calor estava sufocante. Logo em seguida, deram o primeiro chamado para o nosso voo. Saímos da área de alimentação e fomos para a área de embarque. A fila estava imensa e um pouco confusa, pois as filas são separadas por companhia aérea mas ninguém avisa isso e grande parte das pessoas entram na fila errada.
     Já na sala de embarque, pudemos ver a aterrissagem de dois voos e a vontade de estar chegando voltou! Queríamos muito ser aquelas pessoas que passariam seus 3, 4, 5, 8 dias naquele paraíso. Mas sabíamos que tínhamos que voltar a Guayaquil e que aproveitamos muito bem o tempo que ficamos por ali. Pouco tempo depois, já chamaram o nosso voo para embarque e lá fomos nós.
     Mais um voo tranquilo e com excelente refeição. Depois de 2h estávamos tocando o solo de Guayaquil. Pegamos nossos alforges e fomos encarar a realidade da cidade grande outra vez. Já na saída do aeroporto pudemos notar a presença daquele barulho característico de um trânsito caótico. Pegamos um ônibus até o centro e caminhamos algumas quadras até chegar no nosso hotel. No caminho, aproveitamos que estávamos passando por uma loja de fotografia e deixamos as máquinas descartáveis para revelar.
     Seguimos rapidamente para o hotel, pois ainda tínhamos que mandar consertar o netbook. Largamos tudo no hotel (por sorte todas as nossas coisas que havíamos deixado lá estavam no mesmo lugar, sem problema algum), tomamos um banho gelado e saímos novamente. Passamos em três locais até achar um que poderia arrumar o netbook ainda para hoje. Deixamos o computador lá e já fomos para o supermercado para comprar algo para amanhã. Levamos as compras o hotel e já saímos para buscar as fotos e o computador. Com tudo em mãos, passamos numa lan house para passar as fotos do CD (fizemos só a revelação digital, sem impressão de fotos) para o pen drive, pois o netbook não tem leitor de CD. Estávamos ansiosos para ver as fotos! Fomos abrindo uma a uma e ficamos satisfeitos com o resultado, pois sabíamos que tirar foto com máquina de filme enquanto se mergulha não era um trabalho fácil. No final, umas 10 fotos ficaram como queríamos que ficasse na hora em que batemos e serão uma boa lembrança dos momentos aquáticos de Galápagos.
     Depois disto, fomos jantar no KFC. A Cris estava sedenta por uma hamburguesa de pollo e eu por um arroz com menestra (lentilha) e una presa (um pedaço de frango frito). Comemos bem e ainda pegamos um sorvetinho para arrematar. Chegando de volta ao hotel, tomamos mais um banho para poder aguentar o calor sufocante de Guayaquil e fomos dormir, pois amanhã teremos o nosso retorno à bicicleta e pretendemos chegar em Zapotal.
Obs.: Com a revelação das fotos, acreditamos que comprar uma máquina fotográfica digital a prova d'água seja de melhor proporção custo X benefício do que estas descartáveis. Gastamos cerca de R$55,00 para ter umas 10-15 fotos boas, enquanto uma máquina digital custa em torno de R$390 e pode-se tirar inúmeras fotos até que fique do seu gosto.

Gastos:
- Hotel: R$34,20   - Janta: R$11,39   - Taxi: R$27,00   - Translado aeroporto: R$2,88   - Ônibus: R$0,90   - Artesanias: R$37,80   - Bebidas: R$3,78   - Conserto netbook: R$90,00   - Revelação das máquinas descartáveis: R$20,52

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