quarta-feira, 19 de outubro de 2011

318º Dia – Boca Uchire – 30/09/11 – Sexta-feira

     Pretendíamos acordar cedo para evitarmos o calor do meio-dia. Entretanto, eu acordei muito cansada e pedi para o Moacir para ficarmos mais um dia em Uchire. Sendo assim, passamos o resto da manhã deitados e assistindo televisão.
     No início da tarde, já me sentia mais animada e resolvemos dar uma caminhada. Como o dono da pousada havia nos dito que a beira mar era perigosa, pegamos apenas uns trocados e fomos conhecer a temida orla. Assim que saímos do quarto, uma forte chuva começou. Decidimos sair mesmo com a chuva e iniciamos uma caminhada até o mar. O trajeto era bem estranho, cheio de casa abandonadas e pessoas assustadas. Felizmente, a chuva parou antes de chegarmos à praia.
     A beira mar nos surpreendeu positivamente. Apesar da estrutura escassa de restaurantes  e tendinhas, a praia era bem bonitinha, com coqueiros, areia limpa e até ducha para os banhistas. Acreditamos que a praia seja realmente perigosa, pois mesmo com 36°C, só havia três famílias na praia e todas estavam de carro.  Molhamos os pés na água e começamos a regressar.
     Ao voltarmos para a pousada, pegamos o caderninho e fomos para a lan house. Estamos com dificuldade de acessar os blogs nas lan house, a maioria tem programas que bloqueiam o nosso login. Desta maneira, digitamos os nossos dados no email mesmo a fim de preservá-los para quando consigamos publicar novamente. Sabíamos que teríamos dificuldades com o acesso à internet, mas aqui está realmente complicado. Após nos atualizarmos um pouco, falarmos com os entes queridos e digitarmos os relatos, saímos da lan house e fomos almoçar.
     Dirigimo-nos para a estrada e a cidade parecia muito mais movimentada do que nos dias anteriores. Quando começamos a relaxar, dois homens (aparentemente alcoolizados) começaram a brigar na nossa frente. Fiquei apavorada e o Moacir só fez o possível para me tirar daquela situação. Não tem como negar, as cidades desta região são realmente perigosas: cheias de bêbados e mau encarados. É triste ver tanta gente desocupada e sem perspectiva de vida.
     Depois da cena horrível, fomos comer para voltarmos logo para a pousada. A comida estava simples mas saborosa e, no retorno, não tivemos surpresas. Logo que chegamos na pousada, fomos aliviar as tensões na piscina e lá ficamos até a noite.
     Agora, escrevo este relato enquanto o Moacir aproveita para assistir televisão. Hoje foi o primeiro dia em que não faltou luz às 20h, sendo assim, estamos curtindo o ar-condicionado e a TV. Daqui a pouco vamos dormir, pois amanhã teremos que sair cedo para não pegarmos tanto calor.

Gastos
- Posada: R$38,88   - Internet: R$2,44   - Almoço: R$20,00    - Compras: R$20,44

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