sábado, 26 de novembro de 2011

347° Dia – Manaus – Santarém - 29/10/2011 – Sábado

      Acordei às 7h20min extremamente cansado, porém, como não tinha outro jeito, fui me arrumar para ir na loja de bike “A Ciclista” e pegar a bike lá no Sérgio. Como era um pouco longe, fui pedalando. Cheguei no Sérgio às 7h50min e o pessoal falou que ele não tinha chegado ainda, mas que estava para chegar. Esperei ele até às 9h e nada. Desta forma, falei para o pessoal que voltaria mais tarde, pois tinha que ir na loja de bike ainda.
      Assim que cheguei na “A Ciclista” fui super bem atendido e fiz o pacotão das peças que estava precisando. Porém, como havia acertado com o Yuri que o pessoal ligaria para ele liberar as peças, ainda tinha que aguardar a ligação. Após duas chamadas não atendidas, avisei que ia pegar a bike ali perto e já voltava.
Encontro dos rios Negro e Amazonas
      Quando cheguei no Sérgio, o próprio já estava lá. Mais uma vez agradeci o apoio e entreguei o regalito que tínhamos comprado, peguei a bike e voltei para “A Ciclista” com a bike “nova” no bagageiro traseiro. Assim que cheguei, ligaram para o Yuri e, finalmente, ele atendeu. Após ele liberar as peças, peguei a minha sacolinha e voltei ao hostel, pois já era 10h.
      Cheguei no hostel e a Cris já tinha arrumado todas as nossas coisas. Sendo assim, fui tomar um banho para partirmos. Com tudo pronto, fomos nos despedir do pessoal e agradecer pelo apoio (foram 8 noites em que a Dani, dona do hostel, não nos cobrou nada). Como tínhamos as duas bikes para levar, acertamos que a Cris ia de táxi com as bagagens e eu ia pedalando com as bikes.
      Depois de uns 10min de translado, nos encontramos no porto sem problema algum. Porém, a confusão estava por vir. Quando fui falar com o cara que tinha me vendido a passagem ele me disse que não tinha mais camarote. Fiquei indignado e perguntei como que ele tinha me vendido se não havia mais. Ele veio com uma desculpa de que o barco havia chegado no porto de Manaus já com os camarotes vendidos e que não tinha conseguido me avisar porque não tinha o meu telefone (certo que ele vendeu o nosso camarote por um preço mais alto para outra pessoa). Depois de muito bater boca e ver que não adiantaria nada, fui tentar resolver o problema. Acabei achando o primeiro vendedor com quem havia conversado e ele disse que tinha um camarote por R$300. Depois de muito choro, ele baixou para R$280. Sendo assim, peguei o dinheiro de volta com o vendedor FDP e acertei com ele. O ruim deste camarote é que o ar estava estragado (só tinha ventilador), mas o ótimo é que tinha banheiro privativo.
      Com tudo acertado, só faltava levar as coisas para o barco. Como carregar as bagagens sem elas estarem nas bikes é bem difícil, acabei pegando a ajuda de um dos vários carregadores que oferecem os seus serviços. Assim que o cara foi pegar as bagagens, a Cris me chamou e disse que o taxista havia avisado que estes caras roubavam a bagagem e ainda diziam que tu usou o serviço deles e não pagou. Para aumentar a nossa desconfiança, a primeira coisa que o cara perguntou foi se o que tinha dentro dos alforges eram peças de bike. Realmente de cara, indignado, revoltado por ter tanta gente em que não se pode confiar, pedi o meu dinheiro de volta e dispensei o “prestativo” carregador.
      Com a alma entregue, peguei o máximo de bagagem possível e levei até o barco. Após umas três paradas para descansar e de estar vertendo suor, deixei tudo com o responsável pelo barco, pois estavam limpando o nosso camarote. Voltei para pegar o resto das bagagens para fazer a última viagem até o barco. Mesmo com o dedo quebrado, a Cris parecia uma árvore de natal, de tanta coisa que estava carregando. Finalmente instalados em nosso camarote, podemos relaxar um pouco. Trancamos a porta do camarote e fomos dar uma volta pelo barco. Ficamos admirados com a paisagem e surpreendidos com a forma diferenciada que o pessoal de rede viaja (só não fomos de rede porque a Cris enjoa muito e, principalmente, porque nos disseram que ocorrem furtos de bagagem nos portos).
      Às 13h30min, o barco ligou os motores e iniciamos a nossa viagem de 31h até Santarém. Como tudo era novidade, fomos para a frente do barco para curtir o vento fresco e a paisagem. Ainda tivemos a grata surpresa de, ao conversarmos com um senhor, descobrirmos que o barco passa pelo encontro das águas do Rio Negro com o Rio Amazonas (estávamos com um certo arrependimento de não termos feito o passeio para conhecê-lo). Sendo assim, sentamos e ficamos esperando este espetáculo.
Redes penduradas no barco
      Depois de uns 30min de viagem pelas águas escuras do Rio Negro, pudemos avistar as águas barrentas do Rio Amazonas no horizonte. Conforme nos aproximávamos, percebíamos a “linha divisória” entre os dois rios. Ficamos impressionados com o que víamos. Parecia óleo e água! Tinham bolsões de água barrenta no meio da água preta e vice-versa.
      Após passarmos por este incrível ponto, fomos descansar um pouco. Ficamos felizes ao perceber que o banheiro do camarote tinha chuveiro, pois já estávamos preparados para um banho de canequinha. Após tirar o suor com um bom banho de rio (toda a água do barco vem do rio), capotamos na confortável cama. O balanço do barco embalou o nosso sono até às 18h30min. Acordamos famintos e percebemos que, até o momento, havíamos comido apenas um sanduíche. Sendo assim, pegamos as comidas e tomamos um cafezão. Em seguida, fomos curtir uma noite estrelada na proa do barco.
     Ficamos uns 30min conversando e curtindo o momento. Como os mosquitos começaram a atacar, voltamos para o camarote e fomos dormir, pois estes últimos dias em manaus foram bem cansativos e estressantes.
Gastos
- Táxi: R$20,00 - Bebidas: R$8,00 - Acréscimo na passagem: R$30,00

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