Lagoa do Siri |
Acordamos
renovados depois de uma bela noite de sono. Levantamos, tomamos o nosso café da
manhã e arrumamos tudo para partir. Coisa boa termos colocado as garrafinhas
para congelar, pois é uma diferença enorme quando temos uma água gelada para a
pedalada.
Após
sairmos da pousada, perguntamos para alguns moradores da cidade sobre o caminho
até Campos dos Goytacazes e todos disseram que era só pegar a estrada para a
Lagoa do Siri e ir sempre reto que sairíamos em São Francisco (o nosso objetivo
do dia), a cidade que precede Campos (como eles chamam Campos dos Goytacazes).
Foi muito bom saber que poderíamos pedalar pelas estradinhas menores e não nos
arriscarmos na BR cheia de caminhões.
Pegamos
a estrada para a Lagoa do Siri e fomos surpreendidos por um sobe e desce
constante. Também pudemos observar a imensidão das plantações de abacaxi que
existem nessa região. Aí entendemos o porquê dos R$0,40 de ontem! Já cansados
dos aclives e declives, pegamos uma saída para a beira da praia para vermos se
tinha alguma via secundária por lá. Infelizmente não tinha e tivemos que pegar
uns 600m de chão batido para reencontrarmos o asfalto da estrada.
Quando
menos esperávamos, vimos placas da tão “famosa” Lagoa do Siri. Ao nos
aproximarmos do local, nos deparamos com uma beleza natural intensa. A água da
lagoa contrastava com a água do mar e formava uma paisagem impressionante. Além
disso, tinha uma multidão aproveitando aquele “piscinão”. Deu muita vontade de
fazer como uns guris e pular na água de cima da ponte da estrada, mas tínhamos
muito pedal pela frente. Após admirarmos e tirarmos foto, continuamos o nosso
caminho.
Depois
de umas 2h de pedalada debaixo de um sol intenso, fizemos uma paradinha num
posto de gasolina para repormos as energias. O “lanchinho” foi mais pesado do
que imaginávamos e foi difícil levantar da cadeira para seguirmos pedalando.
Juntamos todas as forças e lá fomos nós. Os primeiros momentos foram um pouco
lentos, mas com o passar dos minutos, retornamos ao nosso ritmo.
A
estrada continuava cheia de aclives e declives, mas ao menos havia um bom
acostamento para viajarmos tranquilos. Quando estávamos quase transpondo a
fronteira entre Espírito Santo e Rio de Janeiro, encontramos um outro cicloturista
pelo caminho. O Guilherme é um fluminense que mora em Campos de Goytacazes e
que foi passar umas férias de bicicleta pelo sul capixaba. Ele nos contou que
havia falado com um amigo que o avisou de dois loucos que também estavam de
bicicleta pelas rodovias do estado. Desta maneira, o Guilherme apertou o passo
até nos achar. Pedalamos um bom tempo juntos, totalizando uns 40Km e umas 2h.
Durante este tempo, o braço esquerdo do pe-de-vela da bike da Cris soltou. Para
o nosso desespero, não temos a chave necessária para apertar novamente. Sendo
assim, fizemos o que conseguimos com as próprias mãos. Continuamos a nossa
pedalada até São Francisco e, enquanto o Guilherme seguiu o seu caminho para
Campos, iniciamos a busca por onde ficar.
São
Francisco nos surpreendeu e se mostrou uma cidade muito maior do que
imaginávamos. Acabamos nos instalando numa pousadinha bem no centro e que tinha
um precinho mais camarada. Após um bom banho e descansarmos um pouco, saímos em
busca do nosso jantar. Quando perguntamos por restaurante, o pessoal da pousada
avisou que serviam janta, farta, gostosa e baratinha. Sendo assim, reservamos
as nossas refeições e fomos bater perna pela cidade.
Caminhamos
algumas quadras e percebemos que a cidade não possui nenhum atrativo turístico.
Como a fome estava grande, somente passamos num mercadinho para comprarmos as
bebidas da janta e retornamos à pousada. Mesmo se quiséssemos comprar outras
coisas não conseguiríamos, pois todas as lojas estavam fechadas.
De
volta ao nosso quarto, o pessoal da pousada avisou que demorariam um pouco mais
para preparar a nossa janta devido a um acidente com o filho deles. Falamos que
não havia problema e curtimos um pouquinho mais de relaxamento. Após uns 45min,
fomos chamados e nos deparamos com uma mesa absurdamente farta. Eram gamelas de
arroz, feijão, salada de batata, salada verde e purê e dois bifões à milanesa.
Como o trabalho seria árduo, iniciamos sem pressa alguma. Remamos, remamos e
remamos, mas não conseguimos acabar com a salada de maionese.
Fomos
para o quarto mais do que estufados e, literalmente, com o estômago dilatado!
Dava para ver uma “calotinha” no abdômen. Como não conseguíamos fazer mais
nada, só nos restou deitarmos e descansarmos mais um pouco. Ficamos mais umas
2h relaxando até começarmos a dar uma arrumadinha nas coisas para amanhã. Em
seguida fomos dormir, pois amanhã pretendemos passar um pouco de Campos dos
Goytacazes para facilitar a ida até Macaé e, posteriormente, até Arraial do
Cabo.
Gastos
- Pousada:
R$50,00 - Pão: R$1,50 - Bebidas: R$9,90 - Janta: R$18,00
Estatísticas
-
Distância: 75,2Km - Tempo: 4h55min23” - Média: 15,22Km/h
Condições
da estrada
- Medianas,
variando muito de trecho para trecho.
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