Acordamos
recuperados, porém ainda um pouco cansados. Mesmo assim, tínhamos bastante chão
pela frente. Desta forma, levantamos e fomos preparar o nosso café da manhã.
Após um belo desayuno, arrumamos tudo e partimos para a estrada.
Saímos
de São Sebastião sem destino definido. Não sabíamos onde iríamos parar, mas
pretendíamos chegar até Boracéia. Já de cara, nos deparamos com os 8Km de “Curvas
acentuadas” e “Trecho sem acostamento” restantes (segundo as placas que vimos
ontem). Após este trecho meio tenso (pois os carros passavam bem próximos à
nós), pudemos aproveitar um pequeno pedaço de estrada mais tranquila para
curtirmos a belíssima paisagem do Parque Estadual da Serra do Mar.
Pedalávamos
debaixo de um sol forte do qual, para a nossa sorte, éramos protegidos pelas
árvores mais frondosas. Mesmo assim, suávamos muito e fazíamos muito força para
vencer os diversos morros que tínhamos pela frente. Depois de um bom tempo
pedalando, fizemos uma paradinha para repor as energias. Neste momento, dois
ciclistas paulistas chegaram até onde estávamos e ficamos conversando e
trocando experiências. Não sei se foi bom ou não escutar as notícias deles, mas
ficamos sabendo que o pior estava por vir. Eles nos disseram que a Serra de
Maresias era o trecho mais difícil deste percurso. Agradecemos pelas
informações, nos despedimos e seguimos o nosso caminho.
Estávamos
bem curiosos a respeito da praia de Maresias, pois sempre escutamos as pessoas
falarem que o lugar era legal. Assim que chegamos, ficamos um pouco
decepcionados, pois as pequenas enseadas ao redor nos pareceram muito mais
belas. Porém, é verdade, que a infraestrutura da praia é muito boa,
disponibilizando diversos padrões de hospedagem, restaurantes e demais
facilidades. Como tínhamos que passar de Maresias (principalmente por causa da
serra) para podermos chegar em Santos amanhã, seguimos pedalando. Mas antes,
aproveitamos a existência de um grande supermercado para fazermos umas
comprinhas e garantirmos a janta, ou melhor, o cafezão da noite.
Carregados,
seguimos em direção ao paredão verde à nossa frente. Segundo as informações dos
dois paulistas com os quais conversamos, seriam 4Km de subida íngreme. Nos
primeiros 500m, tivemos a esperança de que o resto da subida seria da mesma
forma, porém estávamos enganados. De uma hora para outra a estrada se tornou
extremamente íngreme e ficou impossível pedalarmos. Desta forma, tivemos que
descer das bikes, engolir o orgulho e empurrar as “não tão magrelas” lomba
acima. Depois de uns 2Km nesta função, fizemos uma paradinha para darmos uma
descansada, pois estávamos lavados de suor! Deu para, literalmente, torcer a
camiseta! Para o nosso alívio, em seguida a inclinação diminuiu bastante e
conseguimos pedalar novamente. Foi apenas mais 1Km de sofrimento até chegarmos
à nossa merecida recompensa. Foram uns 4Km de descida só curtindo o vento na
cara e uma paisagem maravilhosa. Assim que terminou a descida, começamos a
procurar algum lugar para passarmos a noite.
Após
mais um tempo pedalando, a noite já queria dar o ar da graça e uma chuva
fininha e alguns raios se fizeram presente, sendo assim, vimos que era hora de
parar. Paramos na entrada de Juquehy para vermos se havia alguma pousadinha
camarada. Depois de passarmos numas três, vimos que aquela região não era para
o nosso bico. Sendo assim, pegamos o caminho para Barra do Una (próxima
enseada) por dentro de Juquehy e nos surpreendemos pelo padrão do balneário. Só
víamos carros importados e caminhonetes luxuosas, além dos bares e restaurantes
chiquerésimos. Aí sim tivemos certeza de que nem adiantava procurar algum tipo
de hospedagem!
Como
já era noite, ligamos os faróis e entregamos a alma. Foram uns 45min pedalando
até chegarmos ao centro de Barra do Una. Aproveitamos que tinha um pessoal na
frente de um supermercado e aproveitamos para saber se havia alguma pousadinha
próxima. Eles indicaram umas casas que alugavam quartos. Agradecemos e nos
dirigimos para lá, torcendo que conseguíssemos nos hospedar, pois já estávamos
cansados. Na segunda tentativa, achamos a Hospedagem da Lia (12-38671411 ou
12-92196130 ou bittencourtangela@hotmail.com).
Lá, fomos muito bem recebidos e, após um chorinho, ela fez o precinho mais
camarada da noite. Sendo assim, já nos instalamos e tomamos um bom banho.
Completamente fadigados, tomamos o nosso cafezão (ainda bem que tínhamos
comprado os mantimentos) e capotamos. Só pensávamos que amanhã ainda tínhamos
muito pela frente até Santos (uns 90Km), que, segundo informações, era
predominantemente plano! Graças a Deus!
Gastos
-
Pousada: R$80,00 - Bebidas: R$3,50 - Supermercado: R$25,13
Estatísticas
-
Distância: 49,3Km - Tempo: 4h13min22” - Média: 11,7Km/h
Condições
da estrada
- Boas,
porém uma estrada bem perigosa devido às inúmeras curvas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário