sexta-feira, 30 de setembro de 2011

301° Dia - Caracas - 13/09/11 - Terça-feira

Acordamos cedo, pois estávamos dormindo na sala e os demais hóspedes do hostal precisavam desayunar. Após desmontarmos o nosso "quarto", tomamos o café da manhã e ficamos na internet até as 10h. Nesta hora, saímos a procura de hotéis no centro histórico.
Começamos o nosso recorrido pela parte baixa do centro histórico, por alguns hotéis que havíamos passado pela frente ontem. Infelizmente, nenhum deles aceitava reserva porque eram hotéis "de momento". Sendo assim, subimos até a Plaza Bolívar para verificar se encontraríamos algum hotel familiar. Passamos por inúmeros hotéis, alguns bem elegantes, mas todos com características de motel. Desta maneira, desistimos de procurar hospedagens pelo centro e nos convencemos de que o mais indicado seria procurar hotéis pela internet em outro bairro turístico e com uma reputação mais familiar. O que é uma pena, pois o centro histórico de Caracas é um dos bairros mais seguros (conta com um policiamento em cada esquina - pois todos os prédios do governo estão ali) e um dos mais belos também.
Como não tínhamos mais nada para fazer na rua a respeito das estadias, fomos procurar a oficina turística que o Gustavo havia nos indicado. Mais uma vez, ninguém sabia nos dar informaçðes seguras sobre a localização e, após rodar muito, acabamos desistindo. De novo, ficamos sem saber de onde sai o tour guiado pelo centro histórico. Corro o risco de estar sendo injusta, mas a impressão que esses "serviços gratuitos a comunidade" me passam é de total desorganização e até de "enrolação". Parece que nenhuma empresa privada pode ganhar dinheiro com o turismo histórico, mas o governo tampouco se preocupa em oferecer um atendimento decente.
Cansados de tanto percorrer as calles do centro, passamos no mesmo restaurante de ontem e comemos mais um almoço caseiro delicioso. Após esta refeição, voltamos ao hostal e lá passamos o resto da tarde. Quando o Gustavo nos entregou as chaves da habitación matrimonial (o maior quarto do hostel com muito espaço, frigobar e tv a cabo), nos atiramos na cama e ficamos até o entardecer.
No final do dia, estávamos cansados de tanto descansar e resolvemos sair para caminhar até a Plaza Bolívar e tentarmos ver os esquilos que saltam entre as árvores. No caminho, ainda passamos em diversas lojas e notamos que os sapatos são muito baratos na Venezuela. Assim que chegamos na plaza, vimos muitas crianças correndo por todos os lados, brincando com bolas, balðes, bicicletas, aviðezinhos e tudo que lembra a deliciosa infância em que se podia brincar nas ruas com tranquilidade. Pelo menos nos principais pontos turísticos, o policiamento transmite uma sensação de segurança. Sentamo-nos na plaza e ficamos admirando as crianças, os esquilos e a paz das árvores que rodeiam aquele importante ponto para a libertação da Venezuela.
Quando decidimos voltar para o hostal, vi uma menina comendo uma apetitosa bomba de chocolate. Diante da constatação de que havia este tipo de doce por aqui (desde os três leches da Colômbia que não comemos um doce bom) fomos obrigados a passarmos na confeitaria antes de voltarmos. Assim que entramos no paraíso das guloseimas, percebemos que as tortas eram muito baratas (uma torta para 30 pessoas por menos de R$20,00). Ficamos indecisos para escolher entre bomba de chocolate, torta de morango e torta de mil folhas. Após muita indecisão, compramos a torta de mil folhas.
Ao chegarmos no hostal, dividimos a torta com o pessoal e nos deliciamos. No final do dia, ficamos alternando entre filminho com a galera do hostal, bate-papo com a família no MSN e mais um pedacinho de torta. Agora, escrevo este relato pensando no banho relaxante no chuveiro com jatos para massagem na coluna que tomarei em breve. Boa noite.

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