Monumento em Naranjal |
Ontem a noite não conseguimos ir dormir cedo e, consequentemente, não foi fácil sair da cama hoje pela manhã. Levantamos somente às 10h, tomamos nosso café da manhã com iogurte e flocos de milho (hoje foi caprichado!) e começamos a arrumar tudo. Antes de sair, ficamos na dúvida de ir numa lan house para ver algum hostel em Guayaquil e ver como será a entrada na cidade. Depois de conversar um pouco, optamos por ir até Guayaquil e perguntarmos como se chega no Malecon (um dos principais pontos turísticos) e ai sim procurar algum lugar para ficar.
Com tudo organizado, fizemos o check out e começamos nossas pedaladas. O céu estava nublado, mas mesmo assim estava um calor bem intenso. Já de saída, acabou a concessão da empresa que era responsável pela estrada e sentimos as consequências disto. O “acostamento” de 1m de largura que tínhamos ontem se transformou numa estreita faixa de asfalto com uns 25cm de largura e, em certas partes, completamente tomada pela vegetação. Demoramos um pouco para nos acostumar com o pequeno espaço e o fluxo intenso de veículos.
Apesar do calor e das demais condições desfavoráveis, a pedalada estava rendendo bastante e fomos parar somente depois de pedalar mais de 40Km. Neste momento o sol estava escaldante e não aguentávamos mais aquela temperatura que nos fazia destilar! Paramos num restaurante de posto de gasolina que estava maravilhosamente climatizado com um potente ar condicionado. Pegamos dois picolés e bebidas geladas para acompanhar as bolachas e sanduíches que tínhamos. Ficamos uns 30min parados refrescando-nos e repondo as energias para os 50Km restantes.
Assim que voltamos a pedalar, nos deparamos com uma rotatória em que as placas sinalizavam Guayaquil em frente ou a esquerda. Um pouco em dúvida por qual caminho seguir, perguntamos para três pessoas qual era o caminho mais curto e se ambos eram asfaltados. O caminho da esquerda ganhou por 2x1, então lá fomos nós. Em seguida, vimos uma placa que indicava que faltavam apenas 31Km até o nosso destino. Aliviados por saber que conseguiríamos chegar com luz do dia, continuamos pedalando.
O sol parecia estar mais quente a cada momento e as nuvens do céu desapareceram completamente. Como já estávamos fundindo o motor, paramos numa praça de pedágio que tinha um barzinho. Mais uma vez um lugar climatizado, que maravilha! Bebemos algo gelado e comemos mais um pouco, mas não pudemos ficar muito tempo senão chegaríamos à noite em Guayaquil. Sendo assim, voltamos para a estrada após uns 10min de parada.
Quase chegando em Duran (cidade satélite de Guayaquil), vimos mais uma bifurcação em que possibilitava vários caminhos. Passamos num posto de gasolina e seguimos adiante conforme a orientação do frentista. Em seguida, chegamos numa estrada/avenida parecida com a BR-116 em Canos - São Leopoldo em pleno horário de pico. O trânsito estava uma loucura e tivemos que andar pela via paralela. Chegamos a uma imensa ponte que, para nossa sorte, tinha um pequeno acostamento por qual podíamos transitar quase que tranquilamente. A vista era incrível e já conseguíamos avistar os grandes prédios de Guayaquil. Pegamos muito movimento até encontrarmos uma pessoa para perguntarmos por onde deveríamos seguir.
Finalmente conseguimos a informação e continuamos a disputar espaço com carros e ônibus. Tivemos que ir parando e perguntando para diversas pessoas durante o caminho, pois Guayaquil é uma cidade realmente grande e bem desenvolvida (segundo um equatoriano, vivem 4 milhões de pessoas nesta metrópole). Depois de um bom tempo de anda e para (chegamos a ficar literalmente sem saída na descida de um viaduto, mas contornamos a situação crítica depois que um carro parou e trancou o trânsito para atravessarmos), chegamos até a avenida 9 de outubro, a qual nos levaria até o Malecon.
Andamos um pouco e vimos uma grande praça em que, segundo informações que obtivemos, estaria o presidente do Equador fazendo um comício a respeito de uma votação que terá no sábado. Passando a praça, começamos a ver um monte de hotéis e, como já estava quase escuro, optamos por procurar algum lugar para ficar. Passamos em vários e, depois de dar uma boa chorada, ficamos num bem próximo à praça e ao Malecon (descobrimos que o Malecon fica a seis quadras de onde nos instalamos).
Tomamos um bom banho, alongamos e fomos caminhar pelo bairro. Estávamos com fome e paramos num belo restaurante para comer. Pedimos dois pratos e veio muita comida! Saímos mal de tanto comer. Antes de voltar para o quarto, ainda passamos num mercadinho para comprar bebidas e frutas para o café da manhã. Encontramos uma fruta que parece com um morango cheio de pelos, muito estranha!
Chegando no hotel, ligamos o ar condicionado no máximo e ficamos vendo um pouco de televisão. Passaremos um bom tempo aqui em Guayaquil para conseguirmos organizar tudo sobre Galápagos e descansarmos um pouco da correria da expedição. Em breve vamos dormir sem horário para acordar amanhã!
Gastos
- Hotel: R$34,20 - Janta: R$19,80 - Bebidas geladas: R$5,13 - Frutas e bebidas: R$9,99
Estatísticas
- Distância: 92,73Km - Tempo: 5h04min51” - Média: 18,1Km/h
Condições da estrada
- Razoáveis, pois a faixa de asfalto diminuiu de 1m para uns 25cm. Em certos momentos andávamos sobre a linha branca, pois a vegetação tinha invadido a faixa de “acostamento”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário