Acordamos realmente demolidos, com dores pelo corpo e as pernas extremamente cansadas! Aproveitamos que a distância não era muita e saímos para tomar o café da manhã e comprarmos algumas coisas que estávamos precisando. Saímos da cidade em torno das 12h e o corpo parecia relutar e não querer subir na bike. Mais uma vez fomos embalados pela “jacuzzi”...rs...
Já de início a paisagem foi completamente diferente da de ontem. Trocamos morros ora com uma densa vegetação ora com uma vegetação desértica por um imenso oceano azul. A brisa do mar dava uma amenizada no calor e podíamos pedalar com mais tranquilidade. Não víamos a hora de nos instalarmos e podermos pegar uma praia.
Pedalamos sem muita pressa durante uns 30Km, quando paramos numa vendinha para comprar uma bebida gelada. Nesta parada, além de nos refrescarmos, descobrimos que faltava somente mais 33Km. A boa notícia fez com que nos motivássemos a pedalar e a encarar aquele calor absurdo que tínhamos pela frente. Passamos por vários povoadinhos, até chegarmos em um com vários restaurantes rústicos na beira da praia. Como sabíamos que o Samai era um pouco isolado, optamos por comer bem no almoço e fazermos somente um café na janta para não termos a obrigatoriedade de sair.
Paramos num que gostamos da aparência e do menu. Pedimos nossos pratos e fomos dar uma recostada nas redes que o restaurante disponibilizava. Ficamos uns 10min deitados nos embalando enquanto apreciávamos a vista, a sombra e a brisa que vinha do mar. Vimos que temos momentos bem difíceis nesta viagem, mas temos experiências e situações recompensadoras também! Com a chamada do garçom avisando que estava servido, fomos comer. A comida era farta e saborosa (já me entreguei aos costumes locais e até sopa, com este calorão todo, estou tomando). Com a barriga mais cheia do que deveria, voltamos para a rede para fazermos a digestão e esperarmos o sol dar uma baixada.
Depois de quase pegarmos no sono, vimos que já estava na hora de pedalarmos um pouco mais para não pegarmos noite na estrada de novo. Continuamos nosso caminho e os morros voltaram a aparecer. Passamos por mais alguns povoados e chegamos em Montañita. Sabíamos que estávamos perto e que este era o último povoado “grande”. Compramos algumas porcarias para complementar a nossa janta e voltamos para a estrada. Quase no final da cidadezinha, vimos uma rua bem estruturada e que parecia bem turística, sendo assim, se tornou um ponto para conhecermos durante nossa estadia ali perto.
Depois de muita lomba e uns 6Km, avistamos a placa indicando São José e começamos procurar a sinalização do Samai. Vimos uma placa mandando dobrar a direita e lá fomos nós numa estradinha que era uma mistura de asfalto e chão batido. Na entrada tinha muitas árvores e algumas casas, mas, de repente, abriu aquele “túnel” e pudemos ver uma lomba gigantesca e muito íngreme. Realmente esta “lombinha” era impossível subir pedalando. Descemos das bikes e, com muito esforço, subimos empurrando as bikes. A motivação que tínhamos era a “jacuzzi” e a bela paisagem que podíamos avistar. Quando chegamos no “topo”, vimos que tinha mais ainda para subir. Batemos numas três casas querendo encontrar o Samai o quanto antes, mas só o encontramos no final da estrada (1Km de muito empurrar as bikes).
Assim que cheguei e desci da bike, meu bagageiro dianteiro se entregou e se jogou ao chão literalmente (mais uma vez teremos que fazer alguma gambiarra). Fomos super bem recepcionados pela Mônica e pelo Françoa com uma taça de suco natural bem gelado e toalhinhas molhadas com água fria para nos refrescarmos e limparmos o rosto. Já de cara vimos que seríamos muito bem tratados durante nossa estadia. Depois de fazer o check in, nos levaram para o nosso quarto.
Tivemos um susto quando entramos. O quarto era imenso, com a maior cama que vimos na vida e tinha uma linda vista! Tinha um janelão e uma porta toda envidraçada para a sacada que nos permitia ver um vale todo verde e a beira da praia de Olón (povoado vizinho). Ficamos encantados com o local! Arrumamos nossas coisas e fomos tomar um banho. Como não tinha energia elétrica devido à queda de um poste, o banho foi gelado, mas não tinha problema (pois tínhamos chegado e seriam três dias de descanso para nos recompormos).
Depois do banho tomamos nosso cafezinho e nos deitamos para descansar. Sem luz, o visual ficava ainda mais lindo. Só podíamos escutar o barulho da natureza, sem buzinas, músicas ou todo aquele ruído da civilização. Com este visual e esta paz, caímos no sono sem perceber.
Gastos:
- Farmácia: R$29,41 - Café da manhã: R$8,10 - Água: R$2,34 - Pão: R$1,08 - Almoço: R$10,80 - Bebidas: R$2,34 - Mercado: R$9,36
Estatísticas:
- Distância: 67Km - Tempo: 3h58min45” - Média: 16,6Km/h
Condições da estrada
- Excelente, pois em quase todo o trajeto existia um largo acostamento com um asfalto em muito boas condições.
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