terça-feira, 24 de maio de 2011

179° Dia – Galápagos (Isabela a Santa Cruz) – 14/05/2011 – Sábado


     Mais um dia acordando cedo, mas hoje a Cris não acordou legal. Assim que saiu da cama, sentiu uma forte dor estomacal e também estava com diarreia (acreditamos que a água disponibilizada pelo hotel não estava das melhores). Sendo assim, fui tomar meu café da manhã sozinho e aproveitei para ver se alguém não tinha algum remédio. Uma suíça disse que tinha e apanhou em sua mochila três comprimidos e disse para tomar a cada 6-7 horas e, se continuasse com problemas, era só avisar ela que ela dava mais comprimidos. Voltei ao quarto e passei a prescrição para a Cris. Perguntei-a como estava se sentindo e se queria que ficasse com ela ao invés de ir ao passeio. Ela disse que só queria ficar um tempo deitada quietinha e que preferia que eu fosse ao tour do que ficar saracoteando deitado ao lado dela. Saindo do hotel, pedi pro pessoal da recepção comprar uma água e um gatorade e entregar para a Cris no quarto para ela ter algo para beber e repor os líquidos e sais que estava perdendo.
     O dia estava chuvoso e, depois de tudo isso, embarcamos no “mini ônibus” para conhecer o Muro das Lágrimas. Este muro foi feito quando existiam colônias penais em Galápagos e um xerife linha dura assumiu o comando. Segundo o Wilson, a ideia do xerife era construir algo para isolar os presos e, ao mesmo tempo, dar um trabalho extremamente pesado aos condenados, sendo seu lema: nesse muro os fracos morrerão e os fortes chorarão! O muro foi construído com pedras de lava e sem nenhum composto para firmar as pedras (cimento, lama, barro), sendo assim, desmoronou várias vezes ocasionando a morte de muitos prisioneiros. Atualmente, o muro tem uns 7m de altura e uns 30m de comprimento.
     Depois da visita, voltamos ao hotel para apanhar a Cris e fomos ao pier para irmos para Santa Cruz. Ainda bem que a Cris já estava um pouco melhor e não se sentia tão fraca. Assim que embarcamos na lancha, fomos bem para o fundo e nos acomodamos. O local, apesar de ser onde mais tem balanço, estava bem confortável. Durante quase toda a viagem fomos dormindo, sendo que só acordávamos com as manobras radicais do capitão ou com as grandes ondas do mar agitado. Depois de duas horas de sono e alguns bons sustos, chegamos em Santa Cruz. Já de cara pudemos notar que Santa Cruz era a ilha mais desenvolvida, pois o centro ao redor do cais parecia uma grande metrópole em comparação às demais ilhas do arquipélago. Desembarcamos e já fomos diretamente ao hotel para fazermos check in e nos prepararmos para o passeio da tarde.
     Saindo do hotel, fomos para a Estação Charles Darwin. Lá eles fazem um trabalho de reprodução em cativeiro de iguanas terrestres e de todas as espécies de tartaruga terrestre de Galápagos (lá está o “Solitário George” - última tartaruga de uma das espécies). Num dos pavilhões, o Wilson nos apresentou os três tipos de cascos das espécies terrestres e pudemos ver a grandiosidade que este animal pode atingir. Quando já estávamos indo embora, passamos por um último recinto de tartarugas e pudemos observar uma bem de perto. Enquanto fotografávamos o animal, ele foi se aproximando cada vez mais e ficamos cara a cara literalmente. A tartaruga me encarava muito de perto (cerca de uns 30cm) e pude ver, mais uma vez, a grande beleza deste animal com suas características pré-históricas.
     Saindo da estação, fomos direto para o almoço numa área rural. Chegando na chácara, tivemos a grata surpresa do almoço ser uma churrascada (ao estilo deles, mas tá valendo). Tinha bastante carne de porco, vaca e frango, acompanhados de batata cozida, arroz, salada e alguns molhos. Comemos muito (menos a Cris, que ficou no franguinho com arroz), sendo que eu fui o último a parar de comer. Estava com saudade de uma carne na brasa! Ficamos um tempo conversando e jiboiando depois do exagerado almoço.
     Em seguida, fomos conhecer um local onde as tartarugas viviam livremente na natureza. Para isso, tivemos que colocar umas galochas para poder andar no meio do terreno alagadiço. Vimos diversos exemplares da espécie no meio das poças d'água e no meio do mato. Chegamos a encontrar um casal em pleno ato de coito no meio do matagal (enquanto estão no coito, elas emitem um som parecido a um mugido). Voltando à parte com construções, pudemos experimentar o que é ter um casco. Havia um exemplar disponível para aqueles que quisessem entrar para se sentir parte do bando. Entrei no casco e pude perceber que não é muito fácil se locomover com aquele peso todo.
     De volta ao micro, fomos até um túnel de lava gigantesco. Entrando nele, não dava para acreditar que todo aquele espaço um dia foi preenchido com lava, pois o túnel tinha uns 4m de largura e uns 6m de altura! Andamos durante sua extensão (uns 500m) e observamos as suas variações durante o trajeto, sendo que tivemos que praticamente rastejar em determinado trecho. Depois desta experiência, retornamos ao hotel para descansarmos um pouco e nos prepararmos para a janta.
     Tomamos um bom banho e fomos jantar. O restaurante era no final do calçadão, sendo assim pudemos observar a grandiosidade do centrinho até chegarmos. O prato principal foi um peixe um pouco diferente, pois vinha “semi cozido”. Ele era servido em cima de uma pedra quente de lava e teríamos que terminar de cozinhar ao nosso gosto. Surpreendentemente o peixe era bem saboroso! Depois de comermos, fomos dar uma volta pelo centro e ver algum lugar para comemorarmos os 6 meses de casados!
     Paramos num restaurante bem legal com vista para o mar e pedimos dois sorvetinhos para comemorar. Quando chegaram as duas taças enormes de sorvete levamos um susto e não acreditávamos que daríamos conta daquilo tudo. Como não tínhamos pressa, fomos saboreando aquele sorvete delicioso enquanto conversávamos e comemorávamos este pequeno, mas muito feliz, tempo juntos. Quando acabou o sorvete, demos uma volta pelas lojinhas de artesania e fomos voltando vagarosamente para o hotel. No caminho já fomos vendo onde tinha outros hotéis para pesquisarmos os preços para a noite de amanhã, pois acaba o nosso pacote e estaremos sem ter onde dormir.
Gastos:
- Água e gatorade: R$5,40   - Sorvete: R$27,45

3 comentários:

  1. Parabéns pelos 6 meses! Só me envergonha achar que aqueles copinhos de sorvete podem ser considerados grandes... não, não... Sorvete bom vem em balde de mais de 1 litro, ai talvez se tiver comido muito não daria para dar conta!!!

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  2. parece mentira, já fazem 6 meses. parece que foi ontem! Parabéns, muitas felicidades, vcs merecem.
    Beijos e aproveitem...

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