Acordamos cedo, por volta das 6h, tomamos nosso café rapidamente e finalizamos a arrumação das nossas coisas. Com tudo pronto, levamos as bagagens e equipamentos que não levaríamos para Galápagos até o “depósito” (na verdade era o último andar do hotel que estava abandonado) onde tínhamos deixado nossas bikes. Em seguida, fizemos o check out e pegamos um ônibus até o aeroporto. Depois de uns 20min, desembarcamos em frente à área de embarque. Esperávamos um aeroporto maior em Guayaquil, pois, conforme a nossa percepção, é menor do que o de Porto Alegre. Fomos até os balcões das empresas que têm voo até Galápagos para fazer uma última pesquisa de preços.
A compra das passagens foi uma verdadeira novela. A primeira empresa em que passamos foi a Aerogal. O preço de ida e volta era em torno de U$350, em seguida passamos na TAME e LAN (ambas em torno de U$430). Com tais informações, fomos comprar as passagens na Aerogal. Para nosso azar, não tinha mais espaço no voo de volta e no de ida teríamos que ver na área de embarque se ainda havia assentos. Sendo assim, fui para uma fila de espera para ver se conseguia algum lugar. Quando o voo estava prestes a sair, a balconista do check in me chamou e disse que tinha espaço no voo para BALTRA, mas na verdade teríamos que ir para San Cristobal (existem dois aeroportos em duas ilhas diferente em Galápagos). Ficamos em dúvida entre aproveitar a passagem mais barata e depois se virar com o translado entre as ilhas ou esperar mais umas 2h até o próximo voo da Aerogal para San Cristobal e correr o risco de não ter espaço e termos que ir pela TAME. Depois de refletir alguns instantes, preferimos arriscar e não aproveitamos este espaço vago no voo até Baltra.
Como de qualquer maneira não conseguiríamos comprar a passagem de volta pela Aerogal, fomos comprar no balcão da TAME. Acabamos pagando U$190 cada uma (menos do que o preço fornecido antes), pois a balconista queria vender a passagem de ida e a de volta pela tarifa mais alta por ser a única que eles oferecem de última hora (argumentei que a passagem de volta estávamos comprando com antecedência e aí ela “lembrou” que poderia fazer por uma tarifa mais barata).
Com as passagens de retorno na mão (em Galápagos é obrigatório ter uma passagem de volta para comprar a de ida) fomos fazer a inspeção obrigatória das bagagens para os viajantes que vão a Galápagos. Depois de uns 30min na fila, demos algumas informações para um funcionário do governo e tivemos que pagar uma taxa de U$10 por pessoa. Quando entregamos uma nota de U$100 ele disse que não poderia aceitar e falou para darmos um jeito de trocar e, que assim que pagássemos, ele entregaria a documentação. Depois de muito rodar, a Cris conseguiu comprar algo (um livro, pois fazia tempo que ela queria) com a maldita nota (quase ninguém aceita notas de U$100 no aeroporto!). Pagamos, pegamos nossa documentação e passamos pela “inspeção” de bagagens mais ridícula da nossa vida. Tivemos que colocar a nossa bagagem numa esteira para passar num raio-x. Assim que terminou, colocaram uma fita identificando que já tinha sido inspecionada e nos devolveram os alforges sem lacrar ou algo do tipo (se quiséssemos poderíamos trocar TODO o conteúdo sem problema algum e tal bagagem continuaria com o selo de “inspecionada”).
Com as passagens de retorno na mão (em Galápagos é obrigatório ter uma passagem de volta para comprar a de ida) fomos fazer a inspeção obrigatória das bagagens para os viajantes que vão a Galápagos. Depois de uns 30min na fila, demos algumas informações para um funcionário do governo e tivemos que pagar uma taxa de U$10 por pessoa. Quando entregamos uma nota de U$100 ele disse que não poderia aceitar e falou para darmos um jeito de trocar e, que assim que pagássemos, ele entregaria a documentação. Depois de muito rodar, a Cris conseguiu comprar algo (um livro, pois fazia tempo que ela queria) com a maldita nota (quase ninguém aceita notas de U$100 no aeroporto!). Pagamos, pegamos nossa documentação e passamos pela “inspeção” de bagagens mais ridícula da nossa vida. Tivemos que colocar a nossa bagagem numa esteira para passar num raio-x. Assim que terminou, colocaram uma fita identificando que já tinha sido inspecionada e nos devolveram os alforges sem lacrar ou algo do tipo (se quiséssemos poderíamos trocar TODO o conteúdo sem problema algum e tal bagagem continuaria com o selo de “inspecionada”).
Neste momento era umas 9h e ainda tínhamos 1h de espera até termos alguma definição de como chegaríamos a Galápagos. Aproveitamos este tempo para conversar, a Cris leu um pouco do livro, fomos ao banheiro e, mesmo assim, o tempo parecia não passar. Às 10h me dirigi ao balcão da Aerogal para tentar arrancar alguma definição, pois o check in do voo da TAME a San Cristobal encerrava às 10h30min (o voo da Aerogal era às 11h45min e o da TAME às 11h). Chegando lá, o balconista me falou que só às 10h30min teria alguma definição. Como não tinha o que fazer, dei uns três passos para trás e fiquei olhando para o nada esperando passar o tempo.
Depois de uns 5min, não sei se por pena ou constrangimento, o atendente me chamou e deu a boa notícia de que tinha lugar para nós no voo. Felizes por termos definido nossa ida e termos conseguido as passagens pelo melhor preço, fomos comprar os bilhetes aéreos, fizemos o check in e já fomos para a área de embarque. Assim que entramos, vimos que tinha wifi e fomos dar uma olhada no blog e nos e-mails para ver se tinha alguma resposta. Enquanto fazia isso, a Cris foi dar uma olhada nos esmaltes do shoppingzinho que tinha.
Sem novidades no e-mail (esperávamos alguma resposta das empresas aéreas e de turismo que tínhamos entrado em contato) e de esmalte novo, ficamos esperando o tempo passar. De repente, escutamos aquela voz de aeroporto anunciar que o avião do nosso voo tinha chegado, que iria abastecer e, em breve, chamariam os passageiros para o embarque. Ficamos prestando atenção e não escutamos mais novidade alguma sobre o nosso voo.
Uns 30min depois disseram o número do nosso voo e, logo após, escutamos chamar “MIORANDA, MOAZIR” e “PEDROSO, CRISTIAN”. Saímos correndo até o portão de embarque! Chegamos ofegante, mas não perdemos o voo..rs.. Entramos no “túnel” de acesso ao avião e a Cris continuou acelerando para passarmos duas pessoas e não sermos os últimos a entrar no avião. Entramos, nos sentamos e não acreditávamos que realmente estávamos indo a Galápagos!
A decolagem foi tranquila e quando começaram a distribuir a comida ficamos surpreendidos com a qualidade da refeição. Depois de comer, tentamos relaxar e dormir um pouco para chegarmos em boas condições. Um pouco mais que 1h30min depois, o piloto já anunciava o nosso pouso em San Cristobal! Ficamos mais uma vez entusiasmados e não víamos a hora de descer daquele avião e sair correndo pela natureza (exagerando um pouco..rs..).
Desembarcamos da forma antiga (com uma escadinha diretamente na pista), o calor já se fazia presente e, logo de cara, passamos pela parte da imigração de Galápagos. Neste controle tivemos que pagar U$50 por pessoa como taxa (a moça do controle tentou cobrar U$100, mas “lembrei” ela que éramos do Brasil e que para quem tem nacionalidade de algum país da América do Sul paga somente metade da taxa) de entrada no Parque Nacional Galápagos. Após passar por isso, só faltava pegar as bagagens e sair para explorar o paraíso.
Todas as bagagens foram trazidas por um caminhãozinho até uma “sala” ao lado do saguão. Antes de podermos pegá-las, um labrador passou farejando por todos os lados em busca de drogas e alimentos (não é permitido trazer produtos orgânicos que possam introduzir novas espécies no frágil ecossistema das ilhas). Assim que o cão acabou o seu trabalho, retiraram a fita que barrava o pessoal e fomos pegar os dois alforges que havíamos despachado.
Já tínhamos pesquisado sobre onde ficaríamos e vimos que ficava próximo ao aeroporto, sendo assim, fomos caminhando. Passamos por alguns hostels e fomos fazendo uma pesquisa para verificar se o hostel que pretendíamos ficar estava com um bom preço. Passamos numas três hospedajes e todas eram bem mais caras do que o nosso hostel, sendo assim, decidimos parar de pesquisar e irmos logo ao hostel para sairmos daquele forte calor. Foram mais uns 5min de caminhada e já avistávamos o nosso destino.
Ficamos satisfeitos com as instalações e decidimos ficar no hostel Leon Dormido. Após nos instalarmos e tomarmos um refrescante banho, fomos procurar as empresas de turismo para fecharmos algum pacote para conhecer a região. Saímos do hostel e fomos ao calçadão para procurar tais empresas. Levamos um susto ao ver que a beira do mar, os bancos e o pier eram lotados de lobos marinhos. Ficamos encantados com tantos animais tão próximos à civilização e continuamos a nossa procura. Passamos em algumas, mas a SHARKSKY foi a que ofereceu as melhores atividades e melhor preço. Fechamos um pacote de 11/05 a 15/05, sendo assim tínhamos o dia de amanhã ainda livre. Em seguida fomos almoçar e acabamos comendo numa lancheria em frente ao hostel.
Em seguida, fomos até uma praia próxima ao centro da cidade (playa Mann) para aproveitarmos o restinho da tarde. Chegando na praia, nos deparamos com uma areia branquinha, uma mar absurdamente azul e calmo e uns cinco lobos marinhos brincando na areia. Instalamo-nos num canto próximo às pedras e nos jogamos ao mar. A água era deliciosa e ficamos, mais uma vez, impressionados com a proximidade dos animais. Como tinha comprado um óculos de natação, peguei-o e fui tentar ver os primeiros peixes.
Assim que mergulhei, já pude avistar inúmeras espécies nadando ao nosso redor. Fiquei uns 30min nadando hipnotizado por aquele nado sincronizado dos cardumes. Quando parei um pouco, uma guriazinha veio pedir os óculos emprestados, pois também queria ver os peixes. Entreguei para ela nadar um pouco e fiquei aproveitando um pouco o mar. Depois de uns 5min ela me devolveu os óculos e voltei a mergulhar. Assim que coloquei a cabeça na água, vi um lobo marinho nadando ao meu lado. Ele se movia extremamente rápido e fazia “acrobacias” o tempo todo. Fiquei um bom tempo observando ele se “exibir”! Um pouco cansado de ficar na água, saí para acompanhar a Cris na areia. Ficamos um bom tempo sentados conversando com uma guriazinha de uns 5 anos que estava visitando Galápagos com a sua mãe. A guria era uma figura e a Cris ficou encantada com ela. Enquanto conversávamos, a outra guriazinha veio pedir os óculos emprestado para o irmão dela usar.
Depois de uns 10min, notei um comportamento meio estranho da guria dentro da água e percebi que ela estava sem os óculos. Fui até ela para ver o que aconteceu e ela me disse que tinha deixado cair os óculos. Procurei no fundo do mar durante uns 10min, mas todo esforço foi em vão! Primeiro dia em Galápagos e perdi os óculos que tinha comprado justamente para poder ficar admirando os animais em seu estado natural. Paciência!
Ficamos mais alguns minutos na praia e decidimos voltar para o hostel. No caminho, pegamos o nosso primeiro pôr-do-sol em Galápagos. De volta ao hostel, fechamos com uma empresa de turismo que fica no primeiro andar do prédio um tour pela ilha de San Cristobal para amanhã. Depois de um bom banho, nos arrumamos e saímos para jantar. Fomos até um restaurante um pouco mais afastado do tumulto mas que aparentava ser bom. Pedimos um ceviche e um peixe frito, acompanhados de um suco de abacaxi e outro de tomate de arbol (ainda não conhecíamos essa fruta). Deliciamo-nos com uma comida deliciosa e abundante.
Bem satisfeitos, fomos dar uma volta pelo calçadão à beira mar e ficamos espantados com a quantidade de leões marinhos que tinha. Numa faixa de areia de uns 500m² havia cerca de uns 1.000 animais se amontoando para dormir. O som que eles fazem varia de algo parecido com um galo (filhotes) até um barulho extremamente parecido a um arroto digno de gente grande! Ficamos olhando fixamente para eles durante um bom tempo, mas quando o cansaço bateu fomos dormir, pois amanhã o dia já será cheio.
Gastos
- Hostel: R$54,00 - Parque Galápagos: R$180,00 - Tarifa: R$36,00 - Passagem de ida e volta: R$1.232,00 - Ônibus: R$1,80 - Compras: R$4,95 Almoço: R$12,60 - Janta: R$28,80 - Passeio: R$108,00 - Café no aeroporto: R$3,78 - Livro: R$21,60
"MIORANDA, MOAZIR” e “PEDROSO, CRISTIAN” hahahaha...
ResponderExcluirE ainda perderam os óculos do Moazir Mioranda!!! hahaha...
Beijos, casal!
Que maravilha!!! Deve ser um lugar encantador!!!
ResponderExcluirtirem bastante fotos para a gente poder ver a beleza dos lugares. Beijos. Aproveitem o passeio.
Putz!! Eu não emprestava pra não correr o risco... :-P
ResponderExcluirO Boni que diz que mulheres adoram ver esmaltes em qualquer lojinha... não sei pq... hehe (tô usando o q eu ganhei no chá!!)
Que livro a Cris tá lendo? Achou em Português??
Beijos!