sábado, 19 de fevereiro de 2011

91° Dia – Puno -15/02/11 – Terça-feira

Mototaxi clássico do Peru
   Acordamos às 9h e o céu estava bem nublado. Como a programação de hoje era conhecer o povoado de Chucuito, resolvemos dormir um pouco mais e só fazer o passeio à tarde. Tínhamos a expectativa do tempo abrir, pois conhecer ruínas em dia de chuva não deve ser nada agradável.
   Felizmente, em torno de 11h o céu abriu e o sol veio nos prestigiar. Arrumamo-nos prontamente e saímos em busca do terminal rodoviário que nos levaria a Chucuito. Aproveitamos que o caminho até o terminal era longo e fomos conhecer o meio de transporte muito peculiar do Peru: o mototaxi. Este consiste em uma cabine para duas pessoas, coberta por lona e carregada por uma moto (parece uma carruagem, onde os cavalos foram substituídos por uma moto).
   Assim que chegamos no terminal (rua com muitas vans), percebemos que a van que nos levaria ao povoado já estava de partida. Desta maneira, ingressamos imediatamente na locomoção e saímos. A van era do tamanho de uma topik, que carrega 12 pessoas em média, mas esta levava 19 passageiros adultos e 02 bebês. As pessoas pareciam não se importar em viajar “amontoadas”, como se isso fosse comum para elas. Além disso, a “cobradora” da van era uma senhora de aproximadamente 70 anos que ficava abrindo e fechando a pesada porta do veículo e, muitas vezes, viajando em pé para dar lugar aos passageiros.
Vista do Titikaka em Chucuito
   Nestas circunstâncias um pouco atípicas, chegamos em Chucuito. Descemos no centro da cidade onde há uma praça rodeada pela igreja, pela prefeitura e por alguns barzinhos. Vimos alguns adolescentes brincando e se banhando na fonte da praça (a temperatura estava em torno de 18°C) e ficamos impressionados em ver como as pessoas daqui sabem valorizar as pequenas coisas do cotidiano.
   Com esta imagem de alegria, seguimos para outro ponto da cidade que havíamos ouvido falar que tinha ruínas incas. No caminho, passamos por uma praça com seu solo todo desenhado em pedras com motivos folclóricos. Nesta mesma praça, encontramos o cemitério da cidade e uma bela capela estruturada com pedras enormes. Descemos mais um pouco e vimos o parque Inca Uyo, onde observamos as ruínas e o artesanato local.
   A cidade era bonita, rústica e preservava as características campesinas dos ancestrais incas, mas o que nos chamou mais atenção foi a beleza e a paz que o Lago Titikaka transmite àqueles que se acercam de sua margem. Não conseguimos resistir à imensidão do lago e ficamos admirando-o por uma hora. Quando o sol começou ao ficar forte demais, voltamos ao centro do povoado para pegar a van.
   Na volta para Puno, nos deparamos com uma passageira da van que carregava um bebê amarrado em suas costas com uma manta de lã. Pela primeira vez na expedição,estamos vivenciando uma cultura tão distinta da nossa. É incrível ver como algo tão diferente do que estamos acostumados possa funcionar tão bem.
Maneira tradicional de levar as crianças
   Chegando em Puno, fomos conhecer o Mercado Central. Comecei (Cris) a sentir muita dor de cabeça por causa da altitude, e resolvemos que já era hora de experimentar o famoso chá de coca. Paramos em uma cafeteria e pedimos dois. O sabor do chá é bem parecido com o do nosso mate e, para responder a dúvida de muitos, não dá “barato” nenhum, mas tira a dor de cabeça na hora!
   Como já estava melhor, fomos jantar. O Moacir pediu o prato típico CauCau (um caldo de miúdos que parecia uma mistura de mondongo com matanbre) com a bebida típica “huajsapata” (uma espécie de sangria, mas com pisco no lugar do vinho e que é servida quente – uma delícia!) e eu pedi um franguinho à milanesa com suco de abacaxi. Depois da deliciosa janta, fomos atualizar o blog e falar com a família. Agora estamos nos preparando para dormir, pois amanhã vamos conhecer as famosas ilhas naturais e flutuantes do Titikaka.
Gastos:
- Hostel: R$27,00  - Roupas: R$28,00  - Ida e volta de Chucuito: R$5,50 - Janta: R$24,00 - Chá de Coca: R$1,40 - Bolachas tradicionais: R$1,40 - Super: R$16,30

3 comentários:

  1. Bah, o pedido da Cris me pareceu melhor, hein... hehehehe
    Beijos do Boni...

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  2. Pisco é a cachaça deles não? Ela é feita com algo da fermentação do vinho ou sei lá...

    Putzzz o prato que o Moacir pediu depois dele eu ficaria no banheiro por 3 semanas!!!

    Falei com o Bambino e ele ta tentando o esquema do jogo do Grêmio!!!

    Abraço

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  3. Que nada, o meu Cau Cau tava show de bola. O huajsapata é um capítulo a parte! Melhor bebida que já provamos nesta viagem, muito bom mesmo! E ainda esquenta nesse inverninho de fevereiro..rs..
    Abraço

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