segunda-feira, 4 de julho de 2011

224° Dia – Ipiales – Cali - 28/06/2011 – Terça-feira

 
     A viagem foi relativamente tranquila. A Cris se assustava um pouco com as manobras do motorista e eu sofria para conseguir compensar a pressão nos ouvidos, pois estou todo entupido e descemos de 3.000m para uns 1.000m de altitude.
     Desembarcamos no terminal de Cali junto com o amanhecer. Após toda a função de tirar as bikes e as bagagens do ônibus e montar toda a parafernália, o dia já estava claro. Ligamos o celular para utilizar o GPS e vimos que não estávamos muito próximos ao hostel, sendo assim, começamos logo as pedaladas.
     Nas primeiras quadras, recebemos as boas-vindas de Cali com uma briga de um trombadinha e um rapaz de bicicleta (acreditamos que o trombadinha tentou assaltar o bicicleteiro e ele não aceitou e foi pra cima). Com a atenção redobrada, continuamos o nosso caminho.
     A cidade foi se transformando conforme nos aproximávamos do nosso destino. Cada vez mais desenvolvida e urbanizada. Depois de uns 20min pedalando, achamos facilmente o Sunflower Pacific Hostel. Tocamos o timbre e acordamos o dono (era antes das 7h). Fomos superbem atendidos, nos instalamos, tomamos um bom banho gelado (aqui é muito mais quente do que nas nossas últimas paradas) e fomos dormir um pouco para nos recuperarmos da longa viagem.
     Levantamos às 11h30min e nos arrumamos para bater perna pela cidade. Pretendíamos ir até uma lavanderia, mas descobrimos que o hostel tinha este serviço e optamos por lavar aqui mesmo. Como não achamos muitos atrativos turísticos de Cali na internet, perguntamos para o dono do hostel o que ele nos indicava de atividades (aproveitamos para também perguntar sobre restaurante e supermercados). Ele nos indicou dois restaurantes, um supermercado e um museu de ciências naturais. Desta maneira, lá fomos nós.
     Nossa primeira parada foi num restaurante. Almoçamos um farto e bom almuerzo (sopa, bife, arroz, feijão, banana frita e salada e um suco de manga) por um bom preço. Aqui eles continuam com o costume de comer bastante banana com a comida, pois tinha na sopa, no prato principal e mais uma de sobremesa. Mais que satisfeitos, continuamos nossa caminhada até o museu. Foram uns 15min debaixo de um sol escaldante! Não estamos acostumados com tanto calor!
     A visita ao museu foi bem interessante. Vimos muita coisa sobre a formação da Colômbia e também relevo, clima, vegetação e fauna. Ficamos umas 2h30min caminhando entre os diversos setores. Ao sairmos, optamos por aproveitar o resto da tarde dando uma caminhada pela região.
     Passamos por uma bela capela onde funcionava um centro de reabilitação juvenil. E, logo após, vimos alguns caixas automáticos. Como precisaremos sacar um pouco de dinheiro, fomos ver se os cartões funcionavam corretamente. Ficamos felizes em ver que tudo estava em ordem, mas ficamos chateados por saber que o limite de saque era baixo, pois pretendíamos sacar uma única vez para pagarmos menos taxa bancárias possível. Com mais tempo, tentaremos sacar direto no caixa.
     Continuamos a nossa caminhada e, cada vez mais, achávamos Cali semelhante à Porto Alegre. A estrutura da cidade e o jeito das ruas nos fazia lembrar da nossa terrinha no verão. Com o intenso calor, paramos para pegar um suco natural. Pedimos um suco de abacaxi e uma batida de borojó para provarmos, pois ainda não havíamos comido esta fruta. A batida era boa e o sabor lembrava vagamente o nosso guaraná em pó. Infelizmente, a lanchonete não tinha a fruta em si para podermos conhecer.
     Saindo do estabelecimento, passamos pelo estádio que estão reformando para o Mundial Sub-20 que terá na Colômbia no mês de julho. Continuamos e vimos um termômetro que marcava 35°C (aí sim entendemos porque estávamos sentindo tanto calor). Vimos que estávamos perto do hostel e começamos a retornar. No caminho, ainda avistamos uma bela igreja antes de chegarmos a nossa rua.
     Passamos em frente ao hostel e lembramos que teríamos que ir ao supermercado, sendo assim, caminhamos mais umas 6 quadras lomba acima. No supermercado, começamos a comprar e vimos que aqui as coisas são mais caras do que no Equador. Com os braços cheios de sacolas (compramos bastante coisas para não termos que ir todo dia e, também, para a Cris fazer a minha festa de aniversário – pode não parecer, mas os 23 já estão aí), descemos a lomba até o hostel.
     Assim que chegamos, organizamos tudo e colocamos as roupas na lavadora. Demos mais uma descansadinha e, quando acordamos, já estava escuro. Levantamos, estendemos as roupas e fomos até uma padaria para comprarmos o nosso desayuno. Achamos um absurdo o preço do pão (R$0,50 um cacetinho!). De volta ao hostel, fizemos a nossa janta (massa com galinha) e agora estamos sentados na sacada fazendo a digestão.
     Em breve, vamos dormir, pois amanhã pretendemos acordar cedo para visitarmos o zoológico e conseguirmos um lugar para soldar o bagageiro da minha bike - vimos que está quebrado dos dois lados!
Gastos
- Hostel: R$20,00 - Sucos: R$6,00 - Supermercado: R$68,80 - Almoço: R$8,50 - Pão: R$3,00 - Chicletes: R$0,60 - Museu: R$10,00 - Lavanderia: R$6,00

Um comentário:

  1. Acho que quanto mais próximos do Brasil,os preços vão começar a aumentar, aos poucos, que é pra vcs irem se acostumando novamente. Ehehehehehe...

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