sábado, 16 de julho de 2011

233° Dia – Armênia – Ibagué – 07/07/2011 – Quinta-feira

     Hoje acordamos cedo (finalmente) e, enquanto eu me enrolava para sair da cama, o Moacir preparou o café da manhã e arrumou as suas coisas. Assim que levantei, arrumei o que faltava e partimos. Antes de sairmos da cidade, nos certificamos com alguns moradores se estávamos no caminho certo e, sim, era pela montanha mesmo!
     O início da viagem não foi muito assustador, descemos uns 100m de altitude e começamos a subir um pequeno cerro. O problema foi quando acabou o cerro e, em vez de descermos, continuamos subindo por um morro maior ainda que estava colado no primeiro. A sequência de “morros colados” foi crescendo a nossa frente e ai nos demos conta que estávamos na cordilheira.
      Nas primeiras subidas, encontramos um ciclista que estava treinando por aquele caminho. Ele parou ao nosso lado e nos disse que éramos “muy guapos” de subirmos com tanta carga. Isso nos assustou mais ainda, mas aproveitamos este sentimento para reunirmos força e nos concentrarmos no nosso objetivo.
     Subimos 15Km até fazermos a nossa primeira parada. Perguntamos para alguns policiais se ainda teríamos que subir muito e eles nos disseram que “sempre”. Depois dessa, decidimos não perguntar mais nada, baixamos a cabeça e voltamos a pedalar.
      Seguimos a nossa escalada e a inclinação ficava cada vez maior. Em inúmeros momentos, tínhamos que pedalar em pé por não aguentarmos as cargas das bikes. As nossas paradas foram ficando cada vez mais constantes até chegarmos no final da famosa “La Linea”. Para se ter uma ideia da situação, passamos por inúmeros moradores da região que ficavam balizando o trânsito nas curvas extremamente fechadas e íngremes (os caminhões não conseguiam fazer as curvas pela parte interna da pista) para evitar acidentes em troca de gorjetas.
      No alto da montanha, ventava muito e fazia frio. Tivemos que colocar os nossos anoraks para iniciarmos a descida. Descemos 20Km com as mãos grudadas nos freios e em alta velocidade. Só não descemos mais rápido porque haviam muitos caminhões na estrada, o que tornava o caminho um pouco perigoso.
      Passamos pela cidade de Cajamarca e perguntamos para algumas pessoas se a estrada até Ibagué era muito íngrime. Recebemos como resposta que só haveria uma subida de 3Km e que o restante do caminho era de descida. Sendo assim, lá fomos nós.
      Infelizmente, a “descida” não descia tanto assim, era mais um sobe e desce sem parar. Ficamos cansados e estressados, mas aguentamos até chegarmos em Ibagué. A entrada da cidade foi terrível, era uma subida forte com tráfego intenso. Depois de 40min pedalando, chegamos ao hotel Center e nos instalamos. O preço era alto, mas resolvemos pagar pelo conforto. Hoje merecemos um banho quentinho e uma cama fofinha.
     Às 20h saímos para jantar em polleria e comprar água. Em seguida, voltamos para o hotel e deitamos. Agora, estamos assistindo televisão atirados na cama e, em breve, vamos dormir pois precisamos nos recuperar da forte subida.
Obs: o gerente do hotel nos contou que a subida “La Linea” é considerada a etapa “reina” da maior competição do ciclismo da Colômbia: Vuelta a Colombia!
Gastos
- Hotel: R$48,20 - Janta: R$9,50 - Bebidas: R$7,90 - Buñuelos: R$2,00 - Mercado: R$2,90
Estatísticas
- Distância: 86,20Km - Tempo: 7h45min - Média: 11,1Km/h
Condições da estrada
- Medianas, pois nem sempre tinha acostamento

2 comentários:

  1. Vcs já podem se escrever para a competição do ciclismo da Colômbia, estão aptos pra isto. eheheheheheh!!!!!
    Beijoooooossss e se cuidem. Não se esforcem muito assim....Ammmmoooo muuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiito!!!1

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  2. Parabéns... mas tenho certeza que todo esse esforço está valendo a pena!
    Beijo do Boni!

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