segunda-feira, 18 de julho de 2011

235° Dia – Ibagué – Girardot – 09/07/2011 – Sábado

      Acordamos, desayunamos, arrumamos o que faltava e já partimos rumo a Girardot. Sabíamos que o dia não seria muito difícil, pois Ibagué está a 1.200m acima do nível do mar e Girardot somente a 400m. Saindo do hotel, pegamos uma larga avenida que nos levaria diretamente até a estrada. Enquanto pedalávamos, nos surpreendíamos com o tamanho e desenvolvimento de Ibagué, pois acreditávamos que a cidade se resumia ao centro (bairro em que estávamos hospedados) e um pequeno entorno. Depois de uns 7Km de bastante trânsito e de algumas paradas para perguntar o caminho, finalmente chegamos à estrada.
      Estávamos maravilhados por termos uma excelente constituição do relevo a nossa frente, pois a descida não era muito íngreme e nem muito suave, ou seja, não precisávamos nos preocupar em frear nem em pedalar e, mesmo assim, mantínhamos uma média de 27Km/h. O negócio era só curtir a paisagem! Num determinado momento, um motociclista encostou do nosso lado e começou a conversar. Ele nos disse que deveríamos pegar um desvio mais a frente para irmos pela estrada nova e não termos que passar por Espinal, pois a cidade é bem perigosa. Com a informação registrada, continuamos o nosso “passeio”.
      Depois de uma íngreme descida e uma leve subidinha, chegamos a um povoado e vimos que já era hora de pararmos para comer alguma coisa. Sentamos num restaurante e pedimos uma carne assada para dividirmos (quando estamos pedalando não da para comer muito). Alimentados, continuamos com as pedaladas. A paisagem da estrada lembrava um pouco a ida para o litoral sul do Rio Grande do Sul (RS-040).
      Chegamos nos desvio que o motoqueiro havia falado e pegamos o acesso à estrada nova. As pistas foram se modificando e passaram de uma via de mão dupla para uma via de três faixas para cada sentindo e com um canteiro no meio. Subimos um pequeno morro e tivemos a visão de um imenso vale a nossa frente (Girardot fica no vale entre a cordilheira central e a oriental). O local era realmente bonito e aproveitávamos o excelente acostamento para pedalarmos lado a lado e conversarmos bastante (coisa rara nos últimos dias de pedalada).
      Depois de um bom tempo pedalando, avistamos a bifurcação para Girardot. Após mudarmos de estrada, pedalamos mais uns 8Km e já chegamos na cidade. Passamos por vários hotéis até conseguirmos achar um bonzinho e com preço acessível. Logo que chegamos, também pudemos ratificar a informação de que a cidade era extremamente quente, pois já era fim da tarde e o calor estava insuportável. Instalamo-nos e tomamos um excelente banho gelado (nem tão gelado assim, pois o calor do sol chegava a esquentar a água dos canos mais expostos).
      Em seguida, fomos ao supermercado para nos reabastecer, pois todas as nossas comidas praticamente acabaram ao mesmo tempo. Como a fome estava grande e não sabíamos onde iríamos jantar, assim que saímos do super, paramos numa lanchonete e pegamos dois pedaços gigantescos de pizza. Um pouco mais tranquilos, começamos a procurar onde comer. Vimos um restaurante bem bonitinho e com sucos naturais a preços bem acessíveis, sendo assim, lá fomos nós.
      Pegamos uma bandeja da casa (bife, arroz, salada, batata frita, feijão e ovo frito) e mais dois sucos bem gelados! Tudo estava maravilhosamente saboroso e ficamos extremamente satisfeitos. Saindo do restaurante, fomos para o hotel. No meio do caminho, a Cris teve um desejo de matar o calor com um sorvetinho. Como tínhamos visto uma sorveteria que tinha “sorvete de Paila” (faz tempo que queríamos provar), voltamos ao centro e pegamos um sorvetinho de arequipe (doce de leite deles) e curuba (fruta local – depois descobrimos que é taxo, aquela que provamos no Equador). O sorvete era bom, mas o melhor de todos disparado foi uma provinha de coco que a atendente colocou. Quando estávamos quase acabando, o dono nos ofereceu algo e não entendemos direto, mas aceitamos. Ele pegou o nosso potinho e voltou com ele quase cheio de sorvete de amora. Agradecemos e mandamos ver. Literalmente empanturrados, voltamos para o hotel.
     O calor era infernal e tomamos mais uma ducha para tirar o suor do corpo. Como tínhamos wifi no quarto, aproveitamos para atualizar os blogs e continuarmos no árduo trabalho das nossas pesquisas. Em breve vamos dormir, pois amanhã teremos que acordar cedo para começarmos a nossa escalada até Bogotá.
Gastos
- Hotel: R$25,00 - Janta: R$12,40 - Almoço: R$13,00 - Supermercado: R$16,90 - Sorvete: R$5,00 - Pizza: R$7,40
Estatísticas
- Distância: 67,38Km - Tempo: 3h09min08” - Média: 21,2Km/h
Condições da estrada
- Excelentes.

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