sábado, 23 de julho de 2011

241° Dia – Bogotá – 15/07/2011 – Sexta-feira

     Hoje acordamos ansiosos por conhecer a Catedral de Zipaquirá. Ficamos sabendo que ela é considerada a primeira maravilha da Colômbia! Saímos do hostel, pegamos o Transmilênio (linhas de ônibus em que só se paga uma passagem e pode-se pegar vários ônibus) até a estação Portal Norte e lá embarcamos num micro-ônibus até o centro de Zipaquirá.
     Depois de uns 45min, desembarcamos e começamos a busca pelo parque. Fomos perguntando para várias pessoas e caminhando debaixo do forte sol do meio-dia. Como passaríamos a tarde toda entretidos no parque, paramos e pegamos uma batata recheada e duas empanadas. Na subida até a catedral, ainda paramos numa barraquinha de fruta para perguntar sobre uma frutinha verde que havíamos visto em muitas delas. A senhora nos disse que era o “mamonzillo” e que era “muy rica”. Compramos um molho de mamonzillo e continuamos o nosso caminho.
     Conforme caminhávamos, íamos degustando a nova frutinha. Ela tem o tamanho de uma uva e a casca é parecida com a de limão. Para se abrir o mamonzillo tem-se que cravar a unha e fazer um buraco na fina casca para que se possa chupar o seu interior (gosto parecido com a mistura de uma uva com cupuaçu). À primeira vista, o mamonzillo deixa um certo ranço na boca, mas o sabor é bem gostoso. O bom é que, além de alimento, serve como passatempo, pois demora-se um bom tempo para conseguir tirar todas as fibras extremamente bem fixadas no enorme caroço.
     Chegando no parque, ficamos impressionados com o tamanho do local. Tinha parquinho para crianças, praça de alimentação e até uma enorme estrutura para escalada. Entramos na fila da bilheteria e vimos que poderíamos optar por diversos pacotes. Ficamos pensando em qual comprar e acabamos optando pelo mais simples, dando direito de visitar a Catedral de Sal e de ver um filme 3D sobre como é feita a exploração de sal, pois ainda queremos visitar uma feira de artesanato e culinária em Bogotá. As outras opções eram a Trilha do Mineiro (você se fantasia de mineiro e realiza uma simulação de suas atividades por 30min), o museu da salmora, parede de escalada e um trenzinho que fazia um city tour em Zipaquirá.
     Com os ingressos na mão, nos dirigimos para a entrada da mina, mas tivemos que esperar por uns 10min o início do próximo tour guiado. Com a chegada do guia, lá fomos nós. Começamos a entrar embaixo da terra e o guia iniciou a explicação sobre como fizeram o local e tudo mais. Ficamos sabendo que a mina é ativa desde o século XVIII e que ainda existem mais de 800m de profundidade de sal, ou seja, para mais de quinhentos anos de exploração! Toda a Catedral de Sal foi construída numa região já explorada da mina, e foi feita porque a antiga catedral possuía muitas infiltrações por estar muito próxima à superfície da montanha.
     Fizemos todo os 750m de tour guiado até chegamos ao espelho d'água. Lá era o último ponto do recorrido e ficaríamos livres para retornar conforme a nossa velocidade e poderíamos tirar fotos nos tantos lugares incríveis que vimos. Aproveitamos que estávamos lá e ficamos tirando fotos por uns 10min no espelho d'água, pois estava difícil encontrar a melhor regulagem da máquina. Assim que descobrimos a melhor forma, começamos a retornar pelo caminho de vinda para sacarmos as fotos.
     Paramos numa recriação da obra Criação do Homem (Capela Sistina) de Michelangelo, na maior cruz debaixo da terra, na cascata de sal, no presépio e em tantos outros locais. Ficamos 1h só tirando fotos, observando a beleza do local e pensando no intenso trabalho que deve ter sido. Já cansados de tantos flashs, saímos da mina e começamos a retornar para Bogotá. Antes de pegarmos o ônibus, ainda paramos numa lan house para ver a resposta da empresa aérea, mas não foi nada do que queríamos (o preço continuava alto para o nosso orçamento). Um pouco decepcionados, embarcamos para Bogotá.
     Chegando no centro da cidade, pegamos mais um ônibus até a feira de artesanato e gastronomia. Ficamos mais decepcionados ainda com o tamanho e a diversidade da feira. Eram uns 20 estandes, com pouquíssimas variedades de comidas e quase nada de artesanato. Sendo assim, provamos uma arepa com queijo e um arequipe caseiro (deliciosos) e já fomos almoçar. Pegamos um xis e uma mazorca (dessa vez me dei mal, pois não vinha carne, era só milho cozido e passado na chapa com queijo e batata palha) num barzinho ali perto.
     Como não tínhamos o que jantar nem mantimentos para amanhã durante a viagem de ônibus até Cali (nos disseram que a estrada que queríamos pegar estava fechada e que teríamos que voltar até Ibagué exatamente pelo mesmo caminho – LA LINEA DUAS VEZES NEM PENSAR!!!), passamos no supermercado que tinha em frente a feira para fazermos um ranchinho. Compramos um pouco de tudo, até uma lasanha congelada para a janta. Carregados, pegamos o ônibus e voltamos para o hostel.
      Fomos direto arrumar as nossas coisas, pois amanhã pretendemos sair cedo. Depois de tudo pronto, fomos dar uma olhada nos preços de pacotes na internet. Achamos um pacote direto com uma rede hoteleira de tudo incluído (comida e bebida disponível 24h!) que estava em promoção e aproveitamos a oferta para marcarmos a nossa lua-de-mel! Felizes por, FINALMENTE, termos resolvido este dilema, fomos jantar e nos recolhemos à nossa habitacion para descansarmos para a longa viagem de amanhã.
Gastos
- Hostel: R$22,00 - Ônibus: R$27,20 - Catedral de Sal: R$37,00 - Mamonzillo: R$1,00 - Internet: R$0,30 - Lanche: R$4,50 - Arepa com queijo: R$2,50 - Almoço: R$14,00 - Arequipe: R$3,00 - Supermercado: R$36,70

Um comentário:

  1. Esta catedral de sal, este parque que vcs visitaram deve ser lindo, pois as fotos são
    maravilhosas!!!
    Continuem nos mandando coisas lindas assim...
    Boa viagem amanhã, fiquem com Deus!!!
    Beijos!!!!

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