sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

68° Dia – Punta de Choros – Ruta 5 – 23/01/11 – Domingo

     Hoje acordamos cedo (ou melhor, o Moacir acordou, já que não consegui dormir devido aos barulhos do camping), pois havíamos programado um mergulho na Ilha Damas pela parte da manhã. Como nossa comida havia acabado, passamos num mercadinho, no caminho até a agência de mergulho, e pegamos dois bolinhos e duas empanadas para o “desayuno”.
     Chegamos na agência com a sensação de que havíamos comido demais, mas não imaginávamos que isso me traria consequências. A ida para o local do mergulho (um antigo naufrágio) foi bem tranquila, estávamos apreciando os pássaros, a paisagem e um golfinho que apareceu rapidamente para nos prestigiar.
     Ao parar no ponto determinado no ponto para a descida, comecei a me sentir enjoada. Enquanto eles montavam o equipamento, resolvi deitar com a cabeça para baixo. Pensava que melhoraria, mas não obtive muito resultado, só me sentindo um pouco melhor enquanto estava deitada. Desta maneira, assim fiquei.
     Eles desceram ao naufrágio com uma menina. Uns 20min depois da descida, um rapaz sobe à superfície hiperventilando muito, mas avisando que estava tudo bem com ele. Assim que ele se aproximou do barco, perguntei se ele não queria que eu o ajudasse a subir. Para minha surpresa, o rapaz era o Moacir. Preocupei-me em tantar tirá-lo da água, mas era impossível fazer isso com tanto peso que ele carregava, teríamos que esperar um instrutor imergir. Sendo assim, alcancei uma corda do barco para ele segurar. Ele me contou que o seu colete teve um problema e começou a inflar sem motivo, arrastando-o rapidamente a superfície. Apesar do susto, ficamos felizes por ele ter reagido bem à situação (porque se ele tivesse se apavorado, poderia ter se sufocado pelo fechamento da glote devido à diferença de pressão do fundo e da superfície que causaria a expansão do ar dentro dos pulmões). Uns 5min depois da subida dele, um dos instrutores subiu para saber o que estava acontecendo e o ajudou a tirar o cilindro e subir no barco.
     Assim que a situação se acalmou, voltei a sentir o enjoo. Felizmente, 10min depois, todos voltaram do mergulho e o barco se dirigiu à praia. Chegando em terra firme, corri para o banheiro e vomitei. Menos de 2min depois já estava bem. Pedimos para o pessoal da agência ligar para o “micro bus” (em Punta de Choros é necessário ligar para reservar lugar nos ônibus de linha, pois eles não têm um ponto fixo e só passam conforme a demanda) que nos pegaria no camping e nos levaria para a pousada onde as nossas bikes ficaram. Depois de tudo acertado, voltamos para o camping para relaxar um pouco e desarmar o acampamento.
     Às 16h o “micro bus” nos pegou no camping e nos levou para a Ruta 5. No caminho, vimos belas paisagens com cactos enormes, grandes vales e animais silvestres. Assim que chegamos na pousada, fomos tomar banho, lavar nossas roupas (que estavam imundas da areia solta das ruas de chão batido de Punta de Choros) e deitamos para descansar. Agora, acabamos de acordar e vamos organizar tudo para a pedalada de amanhã.
Obs: Ficamos sabendo de Punta de Choros quando fui (Moacir) perguntar sobre os melhores lugares para mergulhar no Chile numa operadora de mergulho em Valparaíso. Eles disseram que Punta de Choros era imperdível! Desta maneira nos organizamos para conhecer e mergulhar por aqui. Mergulhamos num naufrágio (pelo menos serviu para saber que naufrágios não são do meu gosto) e não foi grande coisa. A água estava um pouco turva e a vida marinha não é tão diversificada. Não são muitas espécies de peixes (todos bem parecidos) e pouquíssima vegetação, sendo que o mais legal foram alguns tipos de estrela do mar bem diferentes e uma mãe d'água gigante. Já que aqui é o melhor lugar para mergulho, com certeza será o único que farei.
Gastos:
- Pousada: R$60,00 - Ônibus: R$16,00 - Almoço: R$25,20 - Mergulho: R$164,00 - Café da manhã: R$12,40

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