sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

378° Dia – Belém – 29/11/2011 – Terça-feira


      Acordamos tranquilamente, tomamos o nosso café da manhã e começamos a nos arrumar para conhecer o Jardim Zoobotâncio de Belém. Saímos de casa e iniciamos a nossa romaria até a região central de Belém (com sorte, 1h de viagem).
      Desembarcamos no Bosque e ficamos felizes em ver que hoje ele estava aberto. Pegamos os folhetins informativos e fomos explorar o local. O primeiro local que fomos visitar foi o espaço do peixe-boi. No caminho até lá, ainda passamos pelo local dos quelônios. Tinha tartaruga, jabuti, cágado, tracajá, ou seja, tudo quanto é bicho com quatro patas, casco e parecendo pré-histórico. Mas foi bem legal ficar admirando a rotina e a beleza de tais animais.
      Continuamos a nossa caminhada e avistamos o pequeníssimo local destinado a um único peixe-boi. O animal é imenso! Ficamos impressionados com as dimensões do bicho. Ficamos uns 20min observando a sua movimentação, a forma dele respirar (seu focinho tem membranas que abrem e fecham as narinas conforme ele emerge e submerge) e a tranquilidade que transmite. Como o jardim oferece uma gama imensa de animais, continuamos a nossa visitação. Começamos a caminhar meio sem rumo e fomos seguindo o barulho que escutávamos. Quando nos demos conta, estávamos no meio de um grupo de Micos de Cheiro. Esta espécie nos pareceu bem amistosa, pois ficavam correndo, saltando, brincando, bem do nosso lado. Estávamos nos sentindo no meio da selva, pois para onde olhávamos vinha um mico na nossa direção.
     Depois de uns 20min interagindo com estes incríveis animais, continuamos a nossa caminhada. Passamos pelo local dos jacarés, das garças, dos guarás (pássaros vermelhos que vimos lá na Ilha de Marajó) e das araras. Já estávamos um pouco cansados e resolvemos comer uma coisinha e sentar nos banquinhos na sombra para ficar relaxando enquanto escutávamos o barulho do bosque (incrível como não se escuta nenhum barulho da cidade).
     De volta ao passeio, ficamos admirando o tanque dos Tambaquis (peixe que comemos lá em Alter do Chão). O bicho é realmente parrudo. É um peixão, com boca enorme, dentes grandes (pelo menos ele é vegetariano) e que impressiona pelo seu porte. Em seguida, rodamos o bosque todo em busca do Pirarucu (maior peixe da região), mas, infelizmente, a área em que eles possuíam este animal estava desativada. Pelo menos vimos o Poraquê. Este peixe é parecido com uma moreia (meio que uma cobra) e tem a capacidade de emitir descargas elétricas fortíssimas. Há relatos de graves acidentes com eles em balneários (enseadas, praias) por toda a Amazônia. Enquanto observávamos este animal, começamos a escutar um barulho ensurdecedor. Depois de procurar um pouco a origem de tal ruído, vimos que vinha de uma pequena, mas diferente, cigarra. Fiquei admirando a sua potência sonora enquanto um bando delas quase nos deixava surdos!
      Continuando a nossa visita, só faltava vermos a preguiça. Aqui eles têm duas espécies no Bosque e não queríamos ir embora sem ver este distinto animal. Rodamos, rodamos e rodamos por todo o jardim e nada dela. Porém, num dos caminhos, pudemos ver várias cutias (tipo um rato crescido ou uma mini capivara) passeando pela mata. Este bichinho é bem legal de se observar, pois tem uma movimentação bem curiosa.
     Quando já estávamos desistindo de avistar uma preguiça, a Cris achou uma próxima das copas das árvores. Ficamos muito felizes em conseguir ver este animal e ficamos mais uns 20min vendo a sua movimentação. O nome deste animal realmente faz jus, pois todos os seus movimentos são uma lentidão só.
      Realizados com o passeio, retornamos à casa. O ônibus de volta estava praticamente vazio e o trânsito tranquilo, pudemos aproveitar a viagem para conhecermos um pouco mais da cidade. Assim que chegamos no distrito de Ananindeua, descemos na praça em frente ao mercado Formosa, morrendo de fome e fizemos um lanche nas barraquinhas da praça. Acabamos provando o tacacá: um caldo de mandioca, com jambú e goma de mandioca, uma mistura, realmente, picante. O diferente é que eles comem o tacacá numa casca de cuia e usam palito de dente para ficar "pescando" as folhas de jambú e depois tomam o caldo restante. Saciados, voltamos caminhando para casa.
      Ficamos o restante do dia em casa, brincando com o Maracatu e fazendo os trabalhos burocráticos. À noite, só conseguimos tomar um cafezinho leve e ir dormir para digerir todas as experiências do dia.
Gastos
- Ônibus: R$8,00   - Jardim Zoobotânico: R$4,00   - Lanches: R$18,00

Nenhum comentário:

Postar um comentário