sábado, 31 de dezembro de 2011

392° Dia – Cruz - Fortaleza – 13/12/2011 – Terça-feira

     Acordamos cedo para o café da manhã, mas eu continuava sentindo dor no estômago e preferi não comer nada. Desta maneira, o Moacir foi tomar o café e me deixou com uma garrafinha de gatorade para ver se isso me animava. Quando ele voltou, eu já estava um pouco melhor, mas ainda com dor e sem vontade de comer. Conversamos a respeito do cronograma e optamos em ir de ônibus para Fortaleza, pois ficar tanto tempo parados iria atrasar a nossa chegada em Natal (onde a nossa família vai nos encontrar para as festas de fim de ano).
     Sendo assim, iniciamos os preparativos para sairmos da pousada ao meio-dia, a fim de pegarmos o ônibus que sai às 10h de Camucim, em direção à Fortaleza. Como não havia outra solução, reuni todas as minhas energias e fomos pedalando até a rodoviária. Felizmente, ela ficava pertinho da pousada. Assim que chegamos, o Moacir foi se informar sobre as passagens. A vendedora informou que havia passagem, mas que teríamos que conversar com o motorista para ver se poderíamos levar as bicicletas. Logo que o ônibus chegou, corremos para falar com o motorista, que foi taxativo ao explicar a posição da empresa de não levar bicicletas nos ônibus executivos. Ele nos informou que só poderíamos carregá-las nos ônibus comuns (que são iguais aos executivos), que possuem cobrador. Pedimos uma explicação aos funcionários sobre esta diferença, visto que os ônibus são iguais. Eles não souberam explicar, apenas disseram que era norma da empresa. Acabamos concluindo que a empresa só permite que o cobrador receba o dinheiro do excesso de bagagem e, se o ônibus não possui cobrador, o passageiro que espere, pois esta é a única empresa que presta serviços para a região. Sendo assim, só nos restava esperar, até às 18h, o tal ônibus comum.
     Passamos a tarde na rodoviária, conversando com o pessoal que estranhava as nossas bagagens. Às 18h, o ônibus chegou e, mediante o pagamento de mais uma passagem, conseguimos colocar as bikes no mesmo. Quando o carro começou a andar, estranhamos o “sacolejo” (ou melhor, os quiques no banco), mas pensamos que era devido ao paralelepípedo da cidade. Assim que ônibus entrou na estrada entendemos que o carro estava com a suspensão estragada eque teríamos que viajar por 5h, literalmente, quicando no ônibus. Os passageiros até ensaiaram uma rebelião, mas tiveram que se conformar, pois a empresa FRETCAR é a única que presta serviço para esta região do Ceará, é apoiada pelo governador e, para piorar, só roda em rodovia estadual. O motorista até tentou fazer alguma coisa, mas as ordens “de cima” eram de ele continuar a viagem e, ao chegar em Fortaleza, mandar o veículo para a revisão e, quem quisesse esperar outro ônibus, poderia descer em qualquer parada e aguardar 5h até o próximo. Moral da história: TOMA, BRASILEIRO!!! Quem mandou eleger esse tipo de gente?
     Felizmente, chegamos vivos e sem hérnias de disco em Fortaleza. Montamos as bikes e pedalamos até o hostel da HI. Como não havíamos conseguido contato com os proprietários, fomos tentar a sorte mesmo. Ao chegarmos lá, a dona nos avisou que só teria vaga a partir de amanhã. Desta maneira, confirmamos o interesse nas vagas e fomos dormir numa pousadinha que havíamos passado. Amanhã cedinho vamos fazer a mudança para o Hostel Fortaleza e aproveitar o dia para conhecermos o centro histórico.
Gastos
- Ônibus: R$58,50 - Gatorade: R$5,00 - Almoço: R$7,00 - Pousada: R$60,00

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