domingo, 29 de janeiro de 2012

419° Dia – Porto de Galinhas – Tamandaré – 09/01/2012 – Segunda-feira

Acordamos com uma sensação de saudosismo, dos bons tempos passados com a família. Enquanto a mãe e o Moacir preparavam o café da manhã, o restante do pessoal finalizava a organização das malas. Com tudo preparado, sentamos à mesa e tomamos o nosso último café da manhã com a família reunida (agora, só no final de março, em Porto Alegre).
Após o café, o Moacir foi confirmar o táxi para leva-los ao aeroporto. Aproveitamos os últimos momentos para conversarmos, amassarmos a Gabi e trocarmos muitos abraços. No horário marcado com o taxista, ele não apareceu, esperamos mais quinze minutos e nada. Desta maneira, o Moacir saiu para conseguir outro táxi. Felizmente, ele encontrou uma taxista de uma doblô, que fez um precinho bem camarada. Colocamos tudo no carro, trocamos mais abraços, além de algumas lágrimas, e nos despedimos.
Assim que voltamos ao apartamento, terminamos os preparativos, limpamos tudo, fizemos um lanche e partimos rumo a Tamandaré. Na saída da cidade pedimos informações sobre a estrada estadual que ligava as duas cidades. Ficamos sabendo que havia trechos de chão batido, mas resolvemos arriscar, pois o caminho seria bem mais curto.
Logo que entramos na estrada PE-051, nos deparamos com um pequeno fluxo de veículos e um asfalto em reforma. Apesar dos trechos em obras, esta parte da viagem foi bem agradável, cheia de canaviais e cerros ao nosso redor. Após uma hora de “passeio”, chegamos na PE-060, uma estrada de pista simples, com péssimo acostamento e muito movimentada. Após a entrada nesta estrada, o passeio se transformou num pesadelo: foram duas horas de muita tensão numa verdadeira corrida de obstáculos.
Quando o acostamento começou a melhorar, o sol resolveu se despedir. Um carro até parou para avisar que a próxima cidade ficava longe de onde estávamos e para nos oferecer carona, mas o Moacir não aceitou. Desta maneira, pegamos as nossas luzinhas, diminuímos o ritmo e seguimos viagem. Pedalamos 45min no escuro até chegarmos à entrada de Tamandaré. Passamos pelo túnel de árvores da reserva ambiental em total escuridão e, na sua saída, fomos surpreendidos por uma lua cheia maravilhosa.
Após um pequeno trecho de paralelepípedo, o asfalto voltou e a cidade apareceu no horizonte. Ao chegarmos no povoado, começamos a procurar hospedagem. Logo que paramos para pedir informações, um gentil casal veio nos ajudar. Eles eram dois paulistas que viviam na cidade há 10 anos, eram donos de uma serralheria (Di Nardo – 81-85182269/81-97619152) e nos indicaram a pousada de alguns amigos. Infelizmente, o valor da pousada era mais alto do que pretendíamos pagar e acabamos tentando outras. Como as próximas a orla eram bem caras, optamos por voltar para a entrada da cidade a fim de encontrarmos uma mais econômica. No caminho, passamos pela serralheria do Francesco e da Goreti e eles nos ofereceram uma casa que alugam para temporada para ficarmos. Ficamos constrangidos com a oferta, pois não estamos acostumados com tanta boa vontade, mas como eles eram muito legais e insistiram para aceitarmos, acabamos aceitando. O Francisco ainda nos guiou até a casa e nos tratou muito bem. Ficamos tão comovidos que nem conseguimos agradecer o suficiente.
Assim que ele nos deixou na casa, tomamos um belo banho, fizemos um lanche e fomos dormir. A volta às pedaladas sempre é pesada, mas hoje revigoramos as energias com a boa vontade desse casal.
Gastos
- Compras: R$15,31
Estatísticas
- Distância: 51,24Km   - Tempo: 3h36min55”   - Média: 14,1Km/h
Condições da estrada
- Muito ruins, acostamento cheio de rachaduras e matagal.

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