terça-feira, 31 de janeiro de 2012

423° Dia – Maragogi – Barra de Camaragibe – 13/01/2012 – Sexta-feira

Acordamos mais tarde do que pretendíamos, sendo assim, levantamos rapidamente, devoramos o desayuno, arrumamos tudo e partimos. Como o calor aqui é intenso, temos que tentar pedalar fora dos horários de sol forte.
Assim como ontem, a estrada era muito boa, com um largo acostamento. A estrada ao sul de Maragogi tem uma bifurcação onde pode-se escolher ir pela via principal, que se afasta da costa, ou ir por uma via secundária onde é necessária a utilização de balsas para a travessia de rios. Como o caminho mais curto e mais belo é o secundário, lá fomos nós.
Quando chegamos ao acesso à Japaratinga entramos sem titubear. O início era de paralelepípedo, mas imaginávamos que seria um pequeno trecho. Mesmo assim, nem dávamos muita bola para isso, pois a paisagem nos chamava muito mais a atenção. Depois de um tempo pedalando, perguntamos para alguns pedestres qual era o caminho e eles disseram que ainda tinha uns 10km de paralelepípedo até a balsa. Ficamos um pouco desmotivados pela a nossa escolha, mas agora era tarde demais. Sendo assim, continuamos em frente.
Conforme subíamos e descíamos pequenos morros, podíamos ter uma vista panorâmica da região. O mar azul e o céu sem nuvem alguma formavam uma paisagem exuberante. O arrependimento passou e a certeza de que fizemos a escolha certa veio à nossa mente. Japaratinga é um recanto belíssimo, um lugar bem retirado, sem grande urbanização e que proporciona uma tranquilidade difícil de se ver.
Depois de quase 1h apreciando aquela maravilha, chegamos à balsa. No momento em que “estacionamos” as bikes, um barqueiro estava saindo e ainda conseguimos subir num barquinho 2x2. Fomos equilibrando as bikes na travessia do rio. Assim que chegamos do outro lado, fizemos um pit-stop para comermos e descansarmos. Enquanto relaxávamos, se aproximou algo que ainda não tínhamos visto. Era uma caminhonete com a caçamba cheia de quinquilharias chinesas e paraguaias e tal veículo se denominava o “Carro dos Importados”. Achamos bem diferente, mas realmente é uma das maneiras de tais produtos chegarem ao consumidor final.
Descansados, retornamos à estrada. Tínhamos um bom caminho até o nosso destino de hoje. Pedalamos mais umas 2h e chegamos à Barra de Camaragibe. Como tínhamos olhado o mapa no gps e indicava que haveria outra bifurcação para cruzarmos o rio, ficamos tranquilos. Esperávamos uma ponte surgir a qualquer hora, mas estava demorando para isso acontecer e estávamos nos distanciando muito do mar. Estranhando um pouco tudo isso, paramos para nos informar e descobrimos que já havíamos passado pela tal “ponte”. Decidimos retornar até o centro do povoado e ver o que tínhamos errado.
Assim que chegamos, perguntamos para alguns moradores e eles disseram que não tinha ponte alguma, mas a travessia do rio poderia ser feita por balsa. Como já era 17h e não sabíamos o que esperar da outra margem do rio (visto que não enxergávamos estrada alguma) a Cris optou por ficarmos em Barra de Camaragibe na noite de hoje. Um pouco contrariado, concordei. Desta forma, fomos procurar pousada para nos instalarmos. Depois de uns 30min procurando, acabamos nos instalando na primeira por qual havíamos passado. Cansados, só tomamos um banho e comemos umas bolachas antes de capotarmos na cama.

Gastos
- Pousada: R$70,00   - Balsa: R$4,00   - Bebidas: R$13,10   - Pão: R$1,00
Estatísticas
- Distância: 45,2Km   - Tempo: 3h03’24”    - Média: 14,8Km/h
Condições da estrada
- Boas, apesar do trecho de paralelepípedo.

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