quarta-feira, 9 de março de 2011

105° Dia – Cusco – 01/03/11 – Terça-feira

Qoricancha
     A mãe acordou às 7h, renovada e já com uma certa adaptação à altitude. Acordei junto com ela e começamos a arrumar os artesanatos em cerâmica em uma mala que ela levará como bagagem de mão. Depois de apanharmos um pouco, conseguimos “montar o quebra-cabeça” e as artesanias se encaixaram perfeitamente. Assim que terminamos, a Cris acordou e fomos tomar nosso café da manhã.
     Após nosso desayuno, fomos conhecer um pouco mais dos museus cusqueños. Primeiramente passamos no Museu Municipal de Arte Contemporânea (meio sem graça, sendo que só a exposição de “Poesia Audiovisual” foi do nosso agrado) e, posteriormente, fomos ao Museu de História Regional. Neste último, fomos surpreendidos pela época em que se desenvolveu o Império Inca quando vimos uma linha do tempo. Em seguida, vimos inúmeros artefatos interessantes e até uma múmia Inca (em posição fetal, pois eles acreditavam que tal posição ajudaria na reencarnação). Ainda passamos no Museu do Chocolate, onde ficamos sabendo de inúmeras curiosidades (sendo uma delas a notícia de que na Suíça a média de consumo é de 11,8Kg de chocolate por habitante).
Ruínas de Saqsayhuaman
      Para o nosso almoço, fomos ao restaurante típico que trabalha com o sistema de menu (entrada, prato principal e sobremesa sendo uma bagatela). Ficamos mais do que satisfeito de tanto comermos, sendo que ainda degustamos, novamente, a bela cerveja Cusqueña. Saímos do restaurante e passamos rapidamente no hostel, pois tínhamos o city tour às 13h45min. No horário marcado, nos levaram até o ônibus do passeio.
     O tour começou pela Igreja de Santo Domingo. O local era um templo Inca (Qoricancha) que foi parcialmente destruído pelos espanhóis na época da conquista e construíram a igreja em cima das fundações. Ainda existem locais que permanecem com as construções incaicas ainda intactas. Passamos pelo templo do sol, pelo templo dos astros, e um jardim enorme que, segundo o guia, era um local de adoração à Pachamama, cheio de animais e plantas feitos em ouro (segundo guia, estes ornamentos em ouro foram enterrados em túneis próximos ao templo). Um fato curioso é que num grande terremoto que houve em Cusco na década de 50 a igreja que os espanhóis construíram desabou e as construções incas ficaram intactas.
Tambomachay
     Abaixo de chuva, entramos no ônibus e nos dirigimos para as ruínas de Saqsayhuaman. Estas ruínas tinham um formato em raio muito diferenciado e que nos deixou abismados. De cima das ruínas, tínhamos a vista maravilhosa de toda a cidade de Cusco. Dizem os antigos que existiam três grandes torres da dinastia inca neste local. Infelizmente, estas riquezas foram destruídas pelos espanhóis e, incrivelmente, até a década de 70 os moradores pegavam pedras das ruínas para construir suas casas.
     Devido à chuva, o guia achou melhor inverter o itinerário e fomos direto para Pukapukara. Lá vimos provas da incrível sabedoria dos incas sobre engenharia e hidráulica. Existia uma fonte onde brotava água das pedras, pois eles haviam feito um sistema de canais que traziam água de distantes córregos. Em seguida, passamos em Tambomachay e vimos onde eles faziam a troca de mensagens (no império Inca eles se comunicavam através do sistema de mensageiros que, literalmente, faziam as notícias correrem).
Pucapukara
     Por último, fomos a Q’enqo. Vimos uma imensa rocha que era considerada sagrada e um pequeno labirinto por dentro das rochas. No meio deste labirinto (em uma caverna) existia uma grande rocha que parecia uma mesa e que, segundo o guia, servia para que os incas realizassem o processo de mumificação. Com o cair da noite, ainda passamos numa vendinha de artesanato e voltamos para o centro de Cusco.
     Passamos no hostel, relaxamos um pouco e já saímos para jantarmos e dar uma olhada nas feirinhas de artesanato. Achamos uma barraquinha que já sabíamos que tinha de tudo e com um preço bem acessível. Depois de muito olhar, provar, pensar e pechinchar, saímos com diversos regalos. Ainda passamos num mercadinho, jantamos na lanchonete ao lado do nosso hostel que possuí sucos naturais muito bons e fomos para nosso quarto.
Jantar com fruta exótica
     Chegando na habitacion, arrumamos tudo para levar a Aguas Calientes amanhã e, também, tudo aquilo que teríamos que colocar no outro quarto que alugamos para deixar todas as bagagens e bicicletas. Depois de tudo pronto, abrimos uma fruta local que até então não tínhamos provado. A parte de fora parece com um coco seco e possuí uma parte interna de cor laranjada vibrante. A consistência parecida com cupuaçu e o gosto com uma mistura de cupuaçu com caqui. Após esta novidade, nos preparamos para dormir, pois amanhã teremos que acordar cedo para conhecer o Vale Sagrado e, posteriormente, irmos até Aguas Calientes de trem.
Gastos:
- Hostel: R$33,35   - Entrada Qoricancha: R$13,70   - Mercado: R$ 7,30   - Janta: R$15,80

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