quarta-feira, 16 de março de 2011

114° Dia – San Andres – 10/03/2010 – Quinta-feira

Ótimo ceviche e uma Pilsen mais ou menos
     Acordamos tarde hoje e nos preparamos para passar a tarde em Paracas. Como não havíamos definido qual passeio faríamos, pegamos um táxi coletivo até o povoado para nos informarmos lá. Assim que descemos do coletivo, um agente de turismo veio nos oferecer o passeio até a Islas Ballestas. Neste passeio, é possível ver golfinhos, baleias e leões marinhos, além de figuras arqueológicas. Após uma boa negociação, confirmamos o tour. A saída seria em meia hora, portanto, fomos passear pelas feirinhas de artesanato que havia na beira da praia.
     Passamos por muitas lojinhas e, como o sol estava muito forte, comprei um sombreiro para mim. Em seguida, nos dirigimos para o local marcado para a saída. Quando chegamos, percebemos que havia uma confusão entre alguns passageiros e os agentes de turismo. Após alguns instantes, o agente nos deu a informação de que o tour havia sido cancelado por falta de passageiros. Decepcionados, confirmamos o passeio para o dia seguinte (mediante um bom desconto) e fomos dar uma volta pela praia.
Degustando uma raspadilla (gelo com calda de
sorvete e chicha morada)
     O calor estava insuportável e o mar poluído, desta maneira, sentamos na sombra para nos refrescarmos um pouco. Uma senhora que estava vendendo chocolates sentou ao nosso lado e começou a conversar conosco. Ela nos informou sobre a Praia das Minas, uma baia dentro da Reserva Nacional de Paracas que, segundo ela, havia águas limpas e cristalinas. Achamos interessante conhecer tal local e começamos a pesquisar preços com os taxistas locais. Depois de muito perguntar e achar tudo muito caro, voltamos ao banco para conversarmos e decidirmos o que faríamos. Depois de uns 10min sentados, veio um taxista e começou a negociar o preço. Após muito choro de ambos os lados, fechamos um valor que agradou a todos.
Playa La Mina
     Como dentro do parque não tem lugar para comer, fomos almoçar (mesmo sem nada de fome). Sentamos num restaurantezinho, pedimos uma cerveja Cristal para provarmos e um menu com ceviche de entrada e um peixe frito de prato principal. Fiquei (Moacir) com o delicioso ceviche (ceviche é um peixe cru meio cozido no suco de limão e realmente muito gostoso) e a Cris pegou o peixe frito.
     Assim que acabamos de comer nos dirigimos à praça onde havíamos combinado com o taxista. Chegamos às 14h30min em ponto. Em um breve instante ele também chegou, embarcamos e fomos conhecer o tal parque. Como é um parque de preservação ecológica, esperávamos algo com muito verde. Mas, chegando na portaria, nos deparamos com um imenso deserto que vai até onde os olhos enxergam e um mar exuberante. Depois compreendemos que é uma reserva marinha.
     Passamos por Lagunilla, uma micro vila de pescadores que existe dentro do parque, e por algumas dunas antes de chegar à praia. Quando o taxi parou, vimos uma paisagem paradisíaca a nossa frente. Era uma mistura do amarelo vibrante da areia com um verde e um azul do oceano que nos marcou. Além disso, muitos pássaros de diversas espécies.
Playa La Mina
     Chegamos na praia, nos jogamos na areia e ficamos ali curtindo aquele visual maravilhoso. Para melhorar ainda mais, existiam pouquíssimas pessoas naquele paraíso. O sol começou a esquentar e fui dar um mergulho para refrescar um pouco. O mar é extremamente calmo e gelado! Foi dar uns dois mergulhos e voltar para o sol para esquentar novamente. Ficamos assim até às 17h, quando pegamos nossas coisas e voltamos para o taxi.
     Na volta, um casal de argentino dividiu o taxi conosco. Conversando com eles, a Cris descobriu que eles estão planejando uma viagem de bicicleta do México a Buenos Aires. Ainda estão em dúvida de “descer” pelo Pacífico ou pelo Atlântico. Com a nossa difícil, mas bela, experiência do litoral chileno, indicamos que fossem pelo lindo litoral brasileiro.
     Na ida a Paracas notamos muitos escombros na orla durante todo o trajeto e pensamos que o pessoal daqui não tem cuidado algum com a natureza. Na volta ao hotel, o taxista nos explicou que todas aquelas caliças eram os restos das casas de Pisco que foram destruídas por um grande terremoto em 2007. Além das casas, este tremor fez desmoronar uma parte da estrada de dentro da Reserva Nacional de Paracas.
     Assim que chegamos de volta ao hostel, tomamos um belo banho e começamos a arrumar tudo para amanhã, pois voltamos a pedalar. Ao anoitecer saímos para procurar algo para comer. Paramos num outro restaurante chinês e pedimos dois pratos de massa. Ambos estavam muito saborosos, apesar de não saber muito bem o que estávamos comendo. Retornamos ao hostel e agora escrevo enquanto vemos um pouco de televisão. Em breve dormiremos para acordar cedo, ir ao passeio nas ilhas e ainda ter fôlego de voltar e cair na estrada.
Gastos:
- Hostel: R$27,40 - Taxi: R$30,00 - Almoço: R$13,40 - Entrada na Reserva de Paracas: R$6,66 - Chapéu: R$10,00 - Raspadilla: R$1,00 - Café da manhã: R$9,40 - Janta: R$10,70

2 comentários:

  1. Até que enfim tirou aquela barbinha, né, Moacir... hehehe
    Muito bonita a praia! Mas podiam ter colocado uma foto da praia com a Cris... O Moacir quase conseguiu estragar... hahaha
    Saudade de vocês!
    Beijos do Boni!

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  2. Putz... vocês mandaram 2 argentinos a mais para o Brasil, sacanagem!!!

    Show de bola as fotos!

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