quarta-feira, 16 de março de 2011

115° Dia – San Andres – Chincha Alta – 11/03/2010 – Sexta-feira

     Acordamos cedinho para fazer o passeio às Islas Ballestas. Em torno das 7h35min da manhã já estávamos esperando o taxista que havia prometido nos pegar no hostal. Como ele não apareceu, pegamos um táxi coletivo e nos dirigimos para Paracas.
     Ao chegarmos no cais do porto, de onde partiríamos para o passeio, o rapaz que nos vendeu o pacote nos recebeu e nos indicou uma posição na fila de embarque. Ficamos cerca de 45min esperando o embarque, enquanto os outros grupos se organizavam nas lanchas. Assim que dois grupos partiram, foi dada a ordem de eles retornarem. Iniciou-se uma confusão entre os funcionários do cais e os agentes de turismo, e nós não estávamos entendendo nada.
     Depois de uma meia-hora de discussão, recebemos a notícia do terremoto no Japão e que, devido ao alerta de tsunami para a costa americana, todos os passeios seriam cancelados. Desta maneira, voltamos ao hostal para a arrumar os equipamentos e partir para um local mais alto, longe da beira-mar. Ao sair do hostal, o Moacir conversou com um motorista que indicou uma cidade há 40Km de San Andres que seria mais segura em caso de tsunami. Sem pestanejar, pedalamos para longe do litoral.
    A saída da cidade foi uma loucura, apesar das pessoas não estarem evacuando o local, havia muito movimento e este estava muito desorganizado. Ao chegarmos à estrada, tudo se acalmou e pudemos relaxar um pouco. Pedalamos três horas até chegar à Chincha Alta, uma cidade construída em uma montanha da costa que, apesar de grande, transmite uma sensação de interiorana.
     Procuramos por diversos hostals no centro da cidade e acabamos nos instalando em um excelente, que ficava em frente ao mercado público. Como estávamos cansados e estressados, resolvemos dormir um pouco. Ao acordarmos, vimos no jornal que o tsunami havia perdido força ao chegar na Guatemala e, se chegasse ao Peru, isso seria só à meia-noite. Sendo assim, saímos para jantar para voltarmos cedo para o hostal e nos abrigarmos em um lugar seguro. Ficamos até a meia-noite acordados e, depois de passado o susto, fomos dormir.
     Ficamos chateados de não poder ter conhecido melhor um lugar tão legal quanto a parte marinha da Reserva Nacional de Paracas, mas temos que reconhecer que isto foi algo insignificante perante todos os estragos que este terremoto provocou. É incrível como nos sensibilizamos muito mais quando também corremos risco, sendo que, nesta expedição estamos tendo uma aprendizagem enorme por vivenciar estas circunstâncias. Deixamos de nos sentir distantes ao sofrimento dessas pessoas.
Gastos:
- Hostel: R$33,33 - Almoço: R$11,35 - Taxi: R$6,66 - Mantimentos: R$6,90 - Supermercado: R$17,90
Estatísticas:
- Distância: 45,81Km - Tempo: 3h11min08” - Média: 14,38Km/h
Condições da estrada:
- Ruins, o tempo todo o acostamento com um asfalto cheio de buracos.

Um comentário:

  1. Que merda eihm!!!

    Eu sou muito cagão para isso tudo... certamente iria sair correndo pra bem, mas bem longe!!!

    Abraço e cuidem-se!

    ResponderExcluir