quinta-feira, 24 de março de 2011

123° Dia – Lima – 19/03/2010 – Sábado

Rocoto releno e Chainavita
      O dia de hoje foi típico de turistas. Acordamos cedo e fomos buscar as bikes, pois não sabíamos até que horas a loja estaria aberta (levando em conta que hoje é sábado). Ao chegarmos na loja, revisamos as bikes para ver se estava tudo certo na manutenção, percebemos que elas estavam surpreendentemente limpas e ajustadas. Satisfeitos com o serviço prestado, pagamos e voltamos para o hostel.
     Como havíamos nos programado para conhecer o centro histórico de Lima, deixamos as bikes no hostel e pegamos um ônibus até o centro. Vale dizer que o transporte coletivo da capital é muito seguro e efetivo: as passagens são vendidas em caixas com seguranças nas paradas, e as mesmas são cobradas em estações semelhantes às de metrô (o que evita filas e favorece as pessoas que dependem de mais de um ônibus para se deslocar). Além disso, o preço da passagem urbana é de R$1,00. O único problema é que essas linhas são restritas à algumas regiões, desta maneira, as pessoas acabam dependendo de vans irregulares para se deslocarem dentro dos bairros.
     No ônibus, recebemos informações de diversas pessoas que se disponibilizaram a nos ajudar espontaneamente. Desta maneira, paramos no centro, caminhamos três quadras e nos deparamos com a praça de armas de Lima (Plaza Mayor). Apesar desta não ser muito arborizada, é linda. Os seus jardins são muito bem cuidados, possui uma fonte no centro, inúmeros bancos, além de uma arquitetura incrível a sua volta. Entre os prédios que compõem o entorno da Plaza de Mayor vale ressaltar a Catedral Metropolitana, o Prédio do Governo e os belos prédios administrativos de cor amarela e grandes “balcões” (espécie de sacada de madeira).
      Estávamos encantados com a beleza dos prédios em estilo colonial e mal esperávamos para conhecer os principais pontos do centro histórico. Optamos por começar pela catedral, mas, infelizmente, já passava das 13h e ela estava fechando. Além disso, ficamos sabendo que a maioria dos museus também estariam fechados. Cientes que teríamos que fazer uma visita posterior para conhecer esses pontos turísticos, tiramos algumas fotos dos prédios que passamos e da praça. Seguimos o nosso roteiro em direção da Praça da Muralha, e no caminho paramos para conhecer o museu de literatura que, além de inúmeras exposições literárias e bibliotecas abertas ao público, oferece uma bela vista do rio para aqueles que querem relaxar lendo um bom livro.
Fonte La Magia
     Assim que chegamos na Praça da Muralha, percebemos que esta estava um pouco abandonada e que a muralha só era visível através de pequenas frestas entre as construções modernas. Ficamos um pouco desapontados com a praça, mas mesmo assim resolvemos aproveitar a sombra para descansar um pouco. Ficamos sentados alguns minutos para decidirmos o que faríamos da nossa tarde, visto que os museus estavam fechados.
      Depois de muito discutir, resolvemos fazer um passeio até o Monte San Cristobal, o morro mais alto de Lima (aproximadamente 400m de altitude). Pegamos uma van que fazia o passeio para turistas por R$3,50 e, depois da van dar 5 voltas na quadra atrás de passageiros, seguimos para o nordeste da cidade. Subimos até o monte e admiramos a paisagem de toda a cidade. Pudemos perceber a desigualdade social que existe entre os bairros da capital: de um lado os grandes prédios empresariais e os belos parques turísticos e do outro, casas sem reboco em ruelas minúsculas e sem saneamento. Além disso, observamos a neblina que vem do mar e toma conta da cidade. Depois de meia-hora, voltamos para a van que nos levaria para o centro da cidade novamente.
     Assim que chegamos ao centro, fomos almoçar em um festival gastronômico. Pedimos um prato com pulmão de gado com batatas e outro com pimentão recheado com guisado e uma torta batatas com ovos, mas só o Moacir conseguiu almoçar, pois eu detestei a comida. Dessa maneira, saímos da feira e passamos em uma confeitaria para eu comprar uma empanada e finalizarmos o almoço.
Fonte Arco-iris
      Descansamos um pouco após o almoço e seguimos para o Parque da Águas. Chegarmos ao local no fim da tarde e nos deparamos com belos chafarizes, com jatos de água que se moviam em diferentes direções, formando muitos desenhos. Passeamos pelo parque enquanto anoitecia, paramos alguns minutos para observar um concurso de cães do Kennel Club que estava ocorrendo dentro do parque, e seguimos observando os chafarizes (que agora já estavam iluminados e faziam jogos de luzes com a água). Ficamos encantados com os shows de luzes, as águas transformavam as imagens a cada segundo de maneira surpreendente. Além disso, passamos por chafarizes interativos onde podíamos entrar e passar pelas águas sem nos molharmos, e também brincar em um onde as águas subiam e desciam (no qual o Moacir entrou e se molhou todo). Quando percebemos, já era 22h e nem havíamos jantado.
     Sendo assim, pegamos um taxi e voltamos para o hostel. Estávamos exaustos e nem nos animamos a fazer janta, comemos umas frutas e tomamos um café, e fomos dormir. Se conseguirmos levantar da cama amanhã, iremos conhecer mais o bairro Miraflores!
Gastos:
- Revisão bikes: R$ 88,00 - Ônibus: R$3,40 - Taxi: R$6,70 - Água: R$1,00 - Almoço: R$13,00 - Lanche: R$3,40 - Picolé: R$2,35 - Passeio: R$6,70 - Banheiros: R$1,00 - Circuito Mágico das Águas: R$5,35

2 comentários:

  1. Tava pensando agora... hahahaha vocês pensaram em fazer uma parceria com empresa de suplementação???? eheheheh Se não, para as próximas viagens de bicicleta seria legal, um grande laboratório pode ter fornecedores em diversos países e cidades que poderiam enviar para vocês doses que conseguissem carregar!!! hahahahah Abraço e até os próximos relatos!

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  2. Olá...
    Não deixem de visitar O tribunal da Santa Inquisição. A cidade de Lima foi a única em que funcionou a Inquisição na América Latina. Os balcões têm uma história muito interessante, eles representam a arquitetura mourisca que os espanhóis trouxeram da Espanha (em decorrência da invasão dos mouros). Eles permitiam que as moças observassem o trânsito das pessoas pelas ruas sem ser observadas...

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