sexta-feira, 11 de março de 2011

108° Dia – Aguas Calientes – Machu Picchu – Cusco - 04/03/11 – Sexta-feira


     Madrugamos para entrar na fila para o ônibus que nos levaria até Machu Picchu, pois haviam nos informado que teríamos que pegar um ticket para podermos subir até o ponto mais alto de Machu Picchu, o Waynapicchu, às 6h da manhã! Como o primeiro ônibus partiria às 5h30min, e sabíamos que estaria lotado, acordamos às 3h30min para estar na fila do ônibus às 4h30min.
     Chegamos à fila e já havia cerca de 60 pessoas na nossa frente. Enquanto aguardávamos o horário da partida, vimos muitas pessoas furando a fila e percebemos que a má educação é universal (não é coisa do terceiro mundo apenas). Mesmo um pouco irritados com a falta de organização do local, subimos no terceiro ônibus que nos levaria à cidade, felizes por conseguir embarcar e pela ausência de chuva.
     Durante o caminho, vimos um rio muito forte que passava por Aguas Calientes e se dirigia a Machu Picchu. Foi o rio mais forte que já vimos, chegava a formar ondas e causar erosões na margem. Vimos diversas placas ao longo da estrada de vias de evacuação em caso de enchente. Muitas pessoas seguiam o curso do rio a pé na trilha que levava até as ruínas.
     Chegando ao parque histórico, vimos muitas pessoas que já haviam subido com carros e vans particulares. Ficamos com medo de não conseguir subir o Waynapicchu, mas, felizmente, conseguimos lugar no segundo grupo que subiria a montanha. Como o city tour estava programado para às 8h, resolvemos dar uma volta pelo último refúgio Inka.
     Assim que entramos nas ruínas, ficamos encantados com a beleza do local. A natureza nos prestigiava com uma cadeia de montanhas em toda a volta da cidade. A qual, meticulosamente projetada, nos mostrava a grandiosidade da população que havia habitado aquele local. Os céticos que me desculpem, mas é impossível duvidar da existência de Deus estando naquele lugar!
     Caminhamos por cerca de uma hora, vimos lhamas e coelhos em meio às construções, os rios rodeando as montanhas e estas, cheias de árvores e plantas diversas. Em seguida, voltamos à entrada do parque para descansarmos um pouco e esperarmos pela visita guiada.
     Às 8h a guia chegou, organizou o grupo e às 8h15min iniciamos o tour. Fomos até a parte alta de Machu Picchu, onde nos contou um pouco a história do local. Segundo ela, a cidade foi construída pelo império Inka para ser morada das altas castas da sociedade, pois a localização e as construções demonstram que esse local foi um centro religioso e econômico.
     Vimos os templos (com as pedras totalmente polidas e encaixadas umas sobre as outras sem nenhum elo), as casas (feitas com pedras menores ligadas por uma mistura de pelo de animais, cal e terra), as plantações (em andenes e com uma perfeita rede de irrigação), além dos relógios solares e as construções que permitiam identificar os solstícios e equinócios. Escutamos a respeito dos seus deuses e da sua organização estrutural. Foi fantástico escutar os detalhes desta sociedade tão evoluída, que respeitava e valorizava tanto a natureza. Vale destacar a informação que a guia nos deu de que o povo Inka saiu da cidade e destruiu todos os acessos antes da conquista dos Espanhóis para que esta não fosse destruída.
      Após a visita guiada, descansamos um pouco e começamos a subir o Waynapicchu. Subimos cerca de 400m em escadas de pedra que ficavam mais estreitas e de difícil acesso a cada lance, mas a vista compensava. De cima, conseguíamos ter uma ideia geral da estrutura da cidade (foi projetada no formato de um condor) e da sua localização dentro do vale. Chegamos exaustos no topo e aproveitamos para descansar enquanto ficávamos admirando toda aquela maravilha. Quando começou a chover, decidimos que já era hora iniciar a descida. Ao chegarmos no final da trilha, a chuva ficou mais intensa. Refugiamo-nos por alguns momentos em uma das construções cobertas da cidade e, quando a chuva deu uma trégua, pegamos o ônibus que nos levaria de volta à Aguas Calientes.
     Chegamos exaustos ao hostel, tomamos banho e dormimos por 4h até a hora de iniciarmos os preparativos para pegarmos o trem de volta a Ollantaytambo. Entramos no trem e dormirmos mais um pouco, o mesmo aconteceu na van que nos levou até Cusco. Agora estamos no hostel em Cusco nos preparando para dormir, pois amanhã teremos o nosso último tour nas proximidades de Cusco.
Gastos:
- Janta: R$53,00   - Hostel: R$30,00   - Balas: R$1,50


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