quinta-feira, 10 de março de 2011

106° Dia – Cusco – Aguas Calientes – 02/03/11 – Quarta-feira

     Acordamos às 7h, tomamos nosso café da manhã e colocamos todas as nossas bagagens e as bicicletas em um quarto onde deixaremos tudo até voltarmos de Aguas Calientes. Pegamos o essencial e fomos ao tour pelo Vale Sagrado.
     Começamos o passeio de forma diferente do habitual, pois havia desmoronado um barranco no meio da estrada que estava impedindo o acesso a Pisaq. Desta maneira, começamos passando por Chinchero (uma pequena igreja colonial que apenas vimos da estrada) e, posteriormente, por Urubamba. Quando estávamos entrando na cidade, o guia recebeu uma ligação que informou que poderíamos ir a Pisaq pelo outro lado da estrada. Sendo assim, nos dirigimos imediatamente até as ruínas de Pisaq. O local era um ponto de controle inca. Eles utilizavam tais instalações para produção agrícola nos andenes e para coletar os “impostos” da região. Depois da breve visita, voltamos para Urubamba para almoçarmos.
     Após provarmos um pouco mais da culinária local, seguimos nosso caminho, Chegando em Ollantaytambo nos deparamos com imensas ruínas encrostadas na montanha. Subimos as inúmeras escadarias e começamos a ter uma “aula” sobre o Império Inca. O guia parecia estar numa aula de história onde não parava de falar instante algum! Depois de saber como eles faziam o encaixe perfeito das rochas sem material algum de ligação (lixavam apenas as bordas para que ficasse um certo vácuo entre elas), como carregavam aquelas pedras imensas (através de um sistema de rampas e pedras redondas para facilitar o deslizamento) e entender o sistema de armazenagem (construções bem ventiladas no alto das montanhas para manter a temperatura baixa, aumentando a durabilidade dos produtos perecíveis), ficamos admirando a incrível paisagem do local.
     Quando acabou o passeio por Ollantaytambo, o ônibus continuou com o seu itinerário e nós quedamos na cidade para mais tarde pegarmos o trem até Aguas Calientes. O problema é que recém era 16h e o trem saía apenas às 23h10min. Como não tínhamos o que fazer, procuramos alguns hostels para ficarmos descansando, mas todos estavam muito caros. Sendo assim, decidimos sentar num bar e tomar uma cerveja enquanto esperávamos chegar próximo das 19h para tentarmos embarcar num trem antes do nosso.
     Às 18h30min nos dirigimos até a estação de trem para vermos se conseguiríamos antecipar nossa partida. Infelizmente o trem estava lotado e não houve desistência alguma para podermos aproveitar. Como já era 19h, decidimos esperar até às 23h na rua mesmo. A Cris e a mãe foram tomar um chocolate quente e um cappuccino enquanto eu escrevia os relatos atrasados. Pelo menos conseguimos acesso à sala de embarque às 19h30min (o normal seria apenas às 22h40min).
     Entramos e nos adonamos do espaço. A Cris deitou no meu colo e a mãe ficou jogando paciência para fazer o tempo passar. Tínhamos quatro horas para fazer qualquer coisa até que chegasse o momento de embarcar. Revezamos diversas vezes as nossas atividades e o tempo não passava. Parecia que cada minuto demorava horas! Em um dado momento uma peruana começou a puxar conversa e acabamos nos entretendo. Felizmente, o tempo começou a passar mais rapidamente e quando percebemos já estavam chamando para embarcarmos.
     Assim que começamos a andar, o cansaço falou mais alto e as pálpebras pesaram. A mãe e a Cris nem esperar o serviço de bordo e capotaram. Após tomar a minha Inca cola com plic-plac e bombonzinhos, também capotei! Acordamos algumas vezes durante o percurso de 2h, mas fomos despertar realmente apenas na estação de Aguas Calientes. Pegamos nossa bagagem e desembarcamos.
     Procuramos e procuramos alguém com os nossos nomes (segundo o vendedor da agência de turismo haveria alguém nos esperando), mas não achamos nada. Os ânimos já não estavam dos melhores, pois era 2h da madrugada, chovia, estava frio, estávamos cansados e sem saber pra onde ir. Por sorte, tínhamos um folder do hostel onde tinha um o mapa do endereço. Começamos a andar na direção do hostel e fomos perguntando aos inúmeros policiais qual era o caminho. Para nos testar um pouco mais, era subida que não acabava!
     Assim que chegamos ao hostel, não vimos ninguém na recepção, chamamos por inúmeras vezes e ninguém respondia. Cansado de esperar, fui entrando e chamando a recepcionista. Depois de uns 10 passos e vários chamados, escutei uma voz lá do fundo informando que já iria. Para nossa surpresa, a recepcionista veio até a entrada do hostel, se apresentou e disse que seria nossa guia na ida a Machu Picchu amanhã, ou melhor, daqui a duas horas. Como teríamos pouquíssimo tempo (ou nenhum!) para descansarmos, perguntei se poderíamos passar o passeio até Machu Picchu para o dia seguinte (04/03) e ela nos disse que não haveria problema algum em fazer tal alteração. Sabendo que poderíamos dormir o quanto quiséssemos, nos instalamos rapidamente e nos deitamos muito felizes por tudo que tínhamos conhecido hoje e por saber que conseguiríamos descansar (estávamos esperando ter que praticamente virar a noite e depois caminhar o dia todo subindo e descendo as escadarias de Machu Picchu e Waynapicchu).
Gastos:
- Almoço: R$43,70   - Cerveja: R$10,70   - Água: R$2,70   - Hostel (depósito): R$40,00

Um comentário:

  1. INVEJA (boa, claro!)... Me deu vontade de voltar ao Perú! Aproveitem bem o passeio a Machu Pichu porque vocês não vão esquecer nunca mais o que vão ver! As ruínas deixam uma marca forte na gente! Beijos para a Dora! Liza

    ResponderExcluir