domingo, 13 de março de 2011

112°Dia – Nasca – 08/03/2010 – Terça-feira

"Muro" de sinalização das figuras
     Acordamos às 9h e começamos a nos preparar para ir tomar café da manhã. Enquanto nos arrumávamos, o homem que havia nos informado da existência do hotel bateu na porta para conversarmos sobre o passeio as Linhas e Figuras de Nasca. Acertamos com ele que às 15h30min estaríamos na recepção para conhecer este famoso local. Sendo assim, tínhamos a manhã e o início da tarde livres. Aproveitamos esse tempo para continuar com as atualizações dos blogs e renomear as muitas fotos que tiramos em Cusco e Machu Picchu.
     No início da tarde saímos para almoçar. O calor era intenso e não tínhamos muita fome. Quando vimos um barzinho com propaganda de pizza, achamos uma boa ideia e ficamos. Depois de comeremos, voltamos ao hotel para continuarmos com o nosso trabalho burocrático. Às 15h30min lá estávamos nós prontos para conhecer mais um novo local.
Figura "Las Manos" em Nasca
     Assim que chegou o nosso “guia” (na verdade um taxista), nos dirigimos até a primeira parada: uns pequenos morros, que eles chamam de mirante natural, no meio do deserto. De lá vimos inúmeras linhas e formas geométricas. Estes desenhos são extremamente extensos e as linhas com uma “retidão” impressionante.
     Em seguida, fomos até o mirante que fica ao lado da estrada. Deste mirante conseguimos ver duas figuras nitidamente e uma com bastante degradação. A figura “Las Manos” (duas mãos, sendo uma com cinco e outra com quatro dedos) e “La Arbol” (uma árvore) estão em perfeitas condições e, segundo o guia, somente se retirou a sujeira de cima dela, mas sem reforçar tal desenho. Já “El Lagarto”, está cortada ao meio pela estrada Panamericana e sua cabeça e patas estão bem danificadas pela ação de motoristas que invadiam o deserto para “brincar” com seus automóveis. O lugar é bonito e ficamos um bom tempo pensando em como o povo Nasca fazia e para que eles faziam tais linhas e desenhos.
     Depois de admirar, nos dirigimos ao Museu Dra. Maria Reiche, que foi quem descobriu as figuras. Ela era alemã, morava em Cusco e trabalhava em Lima. De tanto passar sobrevoando por este deserto e ver algumas linhas, decidiu investigar o que havia ali. Acabou dedicando sua vida inteira nesta pesquisa e foi quem revelou para o mundo a existência destas obras. Ela faleceu em 1998 e está enterrada no próprio museu, ao lado de sua irmã e auxiliar.
Figura "La Familia" em Palpa
     Ainda fomos até outro mirante em Palpa (povoado próximo). Lá as figuras se encontram na base de alguns morros e são bem diferentes das de Nasca. Tais desenhos tem um formato caricato de faces e corpos humanos. Existem rostos isolados e um conjunto de “pessoas” que eles chamam de “Família”. Segundo o nosso “guia”, tais desenhos foram feitos com base nos extraterrestres com quem o povo Nasca tinha contato. Após observarmos as figuras de Palpa, voltamos para o hotel. Uma das curiosidades deste local é que várias figuras de animais possuem numa mão cinco e na outra mão quatro dedos e a Dra. Maria Reiche teve um corte num dedo e precisou amputá-lo, ficando igual às figuras.
     Assim que chegamos, começamos a arrumar tudo para partir amanhã. Estávamos na dúvida de qual trecho fazer de ônibus (se Nasca – Paracas ou Paracas – Lima). Quando dei uma olhada na carteira vi que tínhamos que fazer câmbio urgentemente, sendo assim, fomos obrigados a decidir por fazer o primeiro trecho de ônibus e parar em Ica (uma grande cidade no meio) para trocarmos um pouco de dinheiro.
Múmia no Museu Dra. Maria Reiche
     Saímos para jantar e assim que voltamos fui trocar os pneus das bicicletas pelos novos que a mãe trouxe. Após 1h30min de muita batalha, suor e sujeira (tudo dava errado, sendo que até uma válvula das câmaras novas quebrou do nada!) encerrei os trabalhos, enquanto isso a Cris escrevia os relatos faltantes. Após um belo banho, fomos organizar as postagens e, em seguida, fomos dormir, pois já era 2h da madrugada. 
OBS.: O turismo em Nasca é meio precário e bagunçado. As empresas que realizam os voos panorâmicos (única forma de ver a grande maioria das figuras de Nasca) formaram um cartel e cobram U$120,00 por 30min de tour e as empresas terrestres contratam “guias” que não sabem explicar muita coisa. Chegamos num consenso de que se a pessoa possui algum meio de locomoção (carro, moto ou bicicleta), é melhor passar pelos mirantes (todos estão na estrada Panamericana entre Nasca e Palpa e devidamente balizados por grandes avisos do INC – Instituto Nacional de Cultura) e conhecer tudo sem guia, pois será mais barato, poderá ficar o tempo que quiser e, de qualquer forma, fará a sua própria interpretação do que verá!
Gastos:
- Hotel: R$23,30   - Passeio: R$80,00   - Entradas: R$9,30   - Almoço: R$23,40   - Janta:R$12,30

2 comentários:

  1. muito legais as fotos, adorei!!!
    O Moacir como mecanico de bicicleta fica bem melhor como ciclista mesmo ehn???
    beijos, fiquem com Deus!!!1

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  2. E aí, casal!!
    Fiquei duas semanas sem entrar no blog (estávamos de férias), mas agora já li tudo... Os relatos estão melhores a cada dia! Parabéns! Mas tá na hora de pedalar um pouco, não?? hehehe
    Sentimos muito a falta de vocês lá em Garopaba!! Estamos com saudade...
    Beijos do Boni!

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