sábado, 4 de junho de 2011

189° Dia – Puerto Cayo – Manta – 24/05/2011 – Terça-feira


Bananas completamente verde a venda no super
     Queríamos acordar cedo e pegar uma praia antes de cairmos na estrada em direção a San Lorenzo, mas acordamos e vimos que estava chovendo. Sendo assim, não valia a pena dar um pulo na praia nem sair para pedalar. Sendo a nossa única opção, continuamos dormindo. Levantamos às 10h a chuva já tinha parado e começamos a nos preparar para pedalar.
     Saímos do hostel e fomos em direção às praias do norte. A estrada nos primeiros 15Km era muito semelhante a nossa “Interpraias” lá no RS. O asfalto era bom e o relevo pouquíssimo acidentado. Desfrutávamos da brisa do mar enquanto pedalávamos num bom ritmo. Quando começamos a nos afastar do litoral, a vegetação começou a se tornar extremamente seca, o calor aumentou e o relevo foi ficando cada vez mais acidentado. Após a praia de San José nos afastamos bastante da orla e só voltaríamos para a beira mar em Santa Rosa (praia bem próxima de San Lorenzo) . Sendo assim, queríamos ver o mar o quanto antes, pois seria um indicativo de que já estávamos chegando.
     Depois de um bom tempo pedalando, avistamos o oceano. Aumentamos o ritmo para chegar logo e poder almoçar e aproveitar a praia. Quando chegamos em San Lorenzo, ficamos extremamente decepcionados, pois a cidade não tinha atrativo nenhum. Procuramos algum restaurante para almoçar e não encontramos nada, sendo que o único aberto tinha poucos pratos e só de camarão (depois do incidente com camarão no reveillon não pretendo comer tão cedo). Sendo assim, a única opção que nos restou foi de continuar na estrada e chegar até Manta.
     De volta a estrada e sem ter comido nada, já pegamos uma lomba logo de cara. Imaginávamos ser uma lombinha para atravessar um morro que tinha na beira da praia, mas mal sabíamos que esta “lombinha” nos faria pedalar por mais de 1h30min para conseguirmos escalá-la. Quando recém estávamos começando, percebemos que a fome estava grande e paramos para comer as bolachas que tínhamos. Enquanto comíamos, percebemos que os carros que passavam por nós subiam, subiam e não paravam de subir até sumir no horizonte. Um pouco desmotivados com o trajeto, voltamos para a estrada.
     Pedalamos forte durante uns 40min. Suávamos muito e, mesmo fazendo muita força, não conseguíamos manter uma boa média de velocidade. Conforme subíamos, começamos a perceber uma mudança drástica na vegetação. Rapidamente as árvores ecas e retorcidas davam espaço a uma vegetação verde e exuberante, rica em diversidade e em árvores frutíferas. Em seguida, vimos uma placa que indicava uma reserva chamada “Bosque Húmedo de Pacoche”. Pouco depois desta placa, vimos um restaurantezinho bem rústico, mas era o único aberto por qual havíamos passado. Como a fome e a sede já nos consumiam, paramos para repor as energias.
     Eles só tinham bebidas geladas, picolés e duas empanadas (pastéis fritos). Pegamos as duas empanadas (tinham uma massa meio duvidosa e com um sabor estranho, mas era o que tínhamos para comer), dois picolés e bebidas bem geladas para nos refrescar. Depois de descansarmos um pouco, tivemos que encarar novamente aquela subida que parecia não ter fim. Ainda subimos muito até completarmos uns 10Km de intensa subida.
     Quando chegamos no cume, sabíamos que dali em diante seria mais fácil pois o nosso destino final era a beira da praia. Para a nossa sorte, assim que começamos a descer, não tivemos mais subidas pela frente até chegarmos na orla. Foram uns 15Km que passaram muito rápido enquanto só apreciávamos a paisagem.
     Chegamos em San Mateo e estávamos muito felizes em estar de frente para o oceano novamente. Enquanto passávamos por este pequeno povoado de pescadores ficamos impressionados com o número de aves que sobrevoavam a região. Em seguida, vimos que todos aqueles pássaros estavam ali por causa das vísceras de peixe que os pescadores jogavam na beira da praia após limpar a pesca do dia.
     Conforme fomos nos aproximando de Manta, a estrada começou a ter diversas obras e a ficar em péssimas condições. Tivemos que parar um bom tempo para a Cris limpar o olho e conseguir tirar uma grande quantidade de areia que entrou devido às péssimas condições da estrada e ao vento forte. Assim que ela ficou melhor, continuamos a pedalar e, em poucos instantes, já estávamos no centro de Manta. Procuramos alguns hostels e acabamos nos instalando no hostal Yormar. Além de um bom desconto que nos deram, o quarto tinha ar condicionado, TV a cabo, wi-fi, frigobar, micro-ondas, era gigante e tinha até uma ante sala!
     Instalamo-nos e já fomos bater perna para conhecer um pouco a vizinhança. Primeiro fomos para a rua principal para jantarmos e depois fomos conhecer o calçadão. Como estávamos bem cansados, acabamos voltando cedo para o hostel, pois teremos bastante tempo para aproveitar a cidade. Agora estou escrevendo enquanto a Cris está arrumando tudo para dormirmos.
Gastos
- Hostal: R$45,90 - “Almoço”: R$9,00 - Janta: R$15,30 - Bebidas: R$3,42
Estatísticas
- Distância: 79,35Km - Tempo: 4h52min39” - Média: 16,1Km/h
Condições da estrada
- Muito boas, com um bom asfalto e pouco movimento.

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