sábado, 25 de junho de 2011

215° Dia – Cayambe – Otavalo – 20/06/2011 – Domingo

     Acordamos cedo e tomamos nosso café da manhã. Como queria aproveitar a wifi do hotel para agendar algumas publicações nos blogs, fui fazer estes trabalhos burocráticos e a Cris foi dar mais uma recostada. Fiquei uns 30min fazendo isso e, quando estava quase acabando, fui acordar a Cris para começarmos a nos arrumar. Ajeitamos tudo e ficamos muito felizes por ter de volta nosso companheiro que tanto nos ajuda a fazer com que os blogs não fiquem tão monótonos (somente com textos).
     Com tudo pronto, saímos do hotel e fomos até o super. Entrei para comprar as coisas enquanto a Cris ficou cuidando das bikes. Sai com várias coisinhas para comer e acabamos fazendo um semi pic-nic ali mesmo. Enquanto comíamos, estacionou uma caminhonete com dois filhotões de são bernardo bem na nossa frente. Os bichos eram muito bonitinhos e dava muita vontade de ficar brincando horas com eles!
      Depois de comermos e brincarmos um pouco, vimos que já estava na nossa hora e fomos para a estrada. O dia começou com uma leve e longa descida de uns 7Km até o pé de uma montanha. Chegando ali, sabíamos que teríamos uma bela subidinha pela frente. Pedalamos durante quase uma hora para conseguirmos vencer os 5Km de uma subida razoavelmente íngreme. Para nossa sorte, subimos o mínimo possível, pois passamos no meio de dois cumes gigantescos!
      Dali em diante, faltavam apenas uns 18Km para chegarmos em Otavalo e sabíamos as descidas seriam predominantes. Já de cara pegamos uns 7Km de um belo declive, pois tínhamos uma bela vista da região. Depois de uma curva, avistamos um grande lago (lago San Pablo) encravado nas montanhas. Fomos obrigados a parar e tirar algumas fotos. Mais adiante, nos sentimos em casa, pois vimos uma placa de “Welcome – Puerto Alegre”. Até brincamos que havia terminado nossa expedição, era só ir pra casa...rs..
      Continuamos nossas pedaladas nas grandes descidas e pequenas subidas até chegarmos em Otavalo. A cidade nos surpreendeu, pois esperávamos um pequeno povoado e encontramos uma grande e organizada zona urbana. Passamos por diversos hotéis e todos eram meio caros. No último que fomos ver (Hotel Flores), acabamos achando um bom local, bem localizado e com um preço acessível. Sem dúvida alguma, nos instalamos e tomamos um delicioso banho quente (os nossos banhos em Cayambe eram beirando o gelado).
      Limpos e bem quentinhos, fomos bater perna pela cidade para vermos algum lugar para comer, pois a fome estava grande. Depois de muito procurar, paramos num dos poucos abertos (pois é domingo dos dia dos pais!). Pedimos uma bandeja (prato típico) para dois e refrigerante. Assim que chegou o prato, vimos que seria pouco para os dois e pedimos mais um churrasco para a Cris (por incrível que pareça!). Com os dois pratos na mesa, vimos que teríamos que remar para poder dar conta. O meu prato tinha uns oito pedaços de carne de porco frita, três batatas (ou algo parecido) cozidas, umas duas espigas de milho (um tipo característico deles) cozido e mais um punhado de um tipo de milho de pipoca assado e o prato da Cris tinha dois bifes gigantes, arroz, batata frita e dois ovos fritos. Remamos, remamos e remamos até dar conta daquele mundaréu de comida (mas foi tudo). Mais do que satisfeitos, fomos saímos do restaurante para ir até uma grande feira de artesanatos.
      Assim que botamos o pé para fora do restaurante, vimos que estava chovendo razoavelmente forte. Íamos de marquise em marquise até chegarmos nas banquinhas. Quando começamos a ver as artesanias, já nem nos importávamos tanto com a chuva. Passamos em várias tendinha e confirmamos que pagamos um bom preço pela pintura de Quito, pois aqui estão pedindo U$90 por pinturas do mesmo tamanho. Olhamos muitas coisas e deu vontade de comprar vários casacos de lã (são muito bons e baratos – R$25), mas não temos como carregar. Quando já estávamos quase terminando de ver, a Cris bateu o olho num lindo tapete e ficou encantada (faz tempo que ela estava procurando). Acabamos comprando mais um recuerdo desta nossa expedição. Quando já estávamos saindo da feira, uma vendedora teve a excelente ideia de tirar a água empoçada na cobertura de sua barraquinha bem na hora em que estava passando. Parecia que tinham virado um balde cheio de água bem em cima de mim. Fiquei encharcado! Aí sim vimos que já estava na hora de voltarmos ao hotel. Antes, ainda passamos num super que tem pertinho do hotel para comprarmos algo para garantir nossa janta (pois não sabemos se terá algum restaurante aberto de noite).
      Chegando no hotel, aproveitamos a wifi para fazer contato com Porto Alegre e falarmos um pouco com a família. Mais tarde, fizemos uns sanduíches como nossa janta, pois não tínhamos muita vontade de sair de baixo das cobertas para ir procurar restaurante aberto. Em seguida, começamos a nos preparar para dormir, pois amanhã teremos mais pedal até Ibarra.
Gastos
- Hotel: R$21,60    - Almoço: R$22,17    - Supermercado: R$20,80    - Tapete: R$25,20
Estatística
- Distância: 30,96Km    - Tempo: 2h03min59”    - Média: 14,98Km/h
Condições da estrada
- Muito boas, apesar de ter trechos com o acostamento bem estreito.

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