domingo, 19 de junho de 2011

209° Dia – Quito – 13/06/2011 – Segunda-feira

      Acordamos sem pressa, pois hoje nos mudaríamos para o Hostal La Rábida (onde ganhamos duas hospedagens) e não queríamos abusar da boa vontade e chegar antes do meio-dia no hostal. Sendo assim, durante a manhã ficamos aproveitando a wifi do hostal para atualizar os blogs e falar com a família. Lá pelas 10h30min começamos a arrumar tudo para a nossa partida em direção a zona norte da cidade.
     Assim que saímos do centro histórico, nos deparamos com uma vasta rede de ciclovias. A cidade de Quito parece apoiar bastante a utilização da bicicleta como meio de transporte urbano. No trajeto, aproveitamos para passar no parque El Ejido para conhecer mais um dos pontos turísticos de Quito. Em seguida continuamos nossa ida até o hostal La Rábida, mas antes de chegar ainda passamos na bela igreja Santa Teresita.
     Chegando no hostal, fomos super bem atendidos e nos levaram até nosso quarto. Não acreditamos quando vimos uma grande e luxuosa habitacion! Com certeza está entre os melhores locais em que nos hospedamos até agora! Sendo assim, nos instalamos, tomamos um excelente banho e já fomos conhecer as redondezas.
     O bairro é muito melhor do que o centro histórico, pois tem uma infraestrutura mais elaborada e passa uma sensação de segurança muito maior. Saímos do hostel e já almoçamos num restaurantezinho bem próximo. Para nossa surpresa, a bebida que acompanhava o almoço era chicha morada (a mesma que tomávamos no Peru)! Enquanto almoçávamos, percebemos que teremos saudades de alguns toques culinários dos países pelos quais passamos, mas, também, terão coisas que não deixarão saudade alguma.
     Assim que saímos do restaurante, fomos ao Museu de Artesanias Mindalae. Ficamos impressionados com a riqueza das peças em exposição, mas pena que a guia não era das mais preparadas. Numa das exposições ela nos apresentou uma mesa que representava algumas cerimônias indígenas. Nesta mesa, estava a figura de um buda. A Cris ficou intrigada com aquilo e rolou o seguinte diálogo:
(Cris) – Está cultura é antiga ou atual?
(Guia) – Antiga.
(Cris) – Mas e o Buda, veio com os espanhóis?
(Guia) – Não, não. O Buda é japonês!
      Continuamos a visita sem fazer mais perguntas depois dessa. Mas a exposição falava por si só com as diversas peças de barro, vestuário, armas, etc.
     Após o museu, fomos caminhando até a Casa de Cultura Equatoriana. No caminho passamos por uma grande feira de artesanatos. Ficamos uns 30min olhando peças de barro, confecções de tecelagem, martelinhos e coisas afins. Como uma das peças de artesania de Huaraz que estamos carregando se quebrou, estamos meio cabreiros de comprar mais coisas que possam se danificar até Caracas (quando receberemos visita e poderemos mandar todas as tralhas para o Brasil). Quase no final da feira, bati o olho (Moacir) numa pintura que retratava a cidade de Quito e fiquei impressionado com a beleza da obra. O preço inicial já era bom (U$35,00), mas como estamos em época de vacas magras, dei uma chorada e acabei levando por U$20. Espero que não danifique no caminho!
      Continuamos nosso caminho e ficamos um pouco decepcionados quando chegamos na Casa de Cultura. Esperávamos um pouco mais. Sendo assim, demos uma olhada rápida numa exposição e fomos descansar um pouco no parque El Ejido. Ficamos um tempo sentados num banquinho na sombra e conversando sobre como a cidade de Quito nos surpreendeu positivamente, se mostrando como uma das melhores capitais pelas quais passamos (empatado com Buenos Aires, mas num estilo bem diferente).
      Na volta para o hostal, passamos na praça El Quinde e nos deparamos com uma grande quantidade de barzinhos e restaurantes muito legais. Decidimos que comemoraremos nossos 7 meses de casados ali. Em seguida, passamos no supermercado para comprar alguns mantimentos e retornamos ao hostal.
      Tiramos uma soneca na cama extremamente confortável e com um edredom bem pesado que mantinha muito bem todo o calor. Depois de umas 2h, acordamos com muita preguiça e sem vontade alguma de sair de baixo das cobertas, mas tínhamos que jantar e fomos nos arrumar. Chegando na zona gastronômica e boemia, optamos por um restaurante de comida típica equatoriana. A comida estava boa e ficamos satisfeitos com o jantar (mas também não era nada demais). Após comer, demos uma volta pela praça, mas deixamos o happy hour para amanhã.
     Cansados, voltamos para o hostal e nos informamos sobre como chegar até o povoado de Mitad del Mundo (onde passa a Linha do Equador e tem diversos museus). O rapaz da recepção foi super atencioso e se mostrou bem interessado pela nossa expedição. Ele nos explicou e vimos que era bem fácil todo o trajeto. Aliviados por ter um caminho fácil amanhã, nos recolhemos ao nosso aconchegante aposento. Antes de dormir, ainda aproveitei a wifi para colocar os últimos vídeos dos relatos diários no youtube. Agora sim está atualizado!
Gastos
- Almoço: R$5,40 - Quadro: R36,00 - Supermercado: R$11,12 - Banheiro: R$0,27 - Água: R$0,72 - Picolé: R$1,98 - Museu: R$10,80 – Janta: R$36,80

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