quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

451° Dia – Caraíva – 10/02/2012 – Sexta-feira

Após uma longa noite de sono, acordamos e preparamos tudo para pegarmos o ônibus até a praia do espelho. Assim que chegamos na parada, às 11h15min, perguntamos para o dono de um barzinho o horário da ônibus e ele nos informou que havíamos perdido o horário das 11h e que o próximo passaria somente às 16h. Para quem pretende conhecer o lugar, fica a dica dos horários dos ônibus: 5h30min, 11h e 16h.
Como não existe ônibus após as 16h, ou seja, teríamos que voltar caminhando mesmo e o Moacir anda acreditando que não devemos contrariar o destino, decidimos ir a pé e voltar de ônibus. Desta maneira, passamos no camping para pegar água, boné, óculos, cangas e mais protetor, e fomos para a beira da praia. Quando chegamos, a maré estava muito baixa e dava para passar pelo mangue sem se molhar. É interessante notar a mudança da água do rio conforme a maré, ontem ele estava bem verdinho e hoje, muito marrom.
A caminhada até a Praia do Espelho foi uma bela aventura. Passamos por falésias enormes, locais de mata abundante, praias extensas, além de um morro que tivemos que atravessar, pois as falésias terminavam dentro do mar. A paisagem era impressionante, a cada curva uma surpresa.
Após duas horas de pernada e muitas fotos, chegamos à praia. Realmente o local é paradisíaco, cheio de recifes que deixam o mar transparente e cheio de piscinas naturais. Com tanta beleza a nossa volta, decidimos aproveitar bem o dia na Praia do Espelho e voltarmos caminhando os 10Km até Caraíva, pois o ônibus passava às 15h no estacionamento da praia e mal poderíamos aproveitar.
Sendo assim, montamos acampamento e corremos para o mar. Para completar o pacote de praia perfeita, a água era quentinha, uma delícia. Ficamos o dia todo alternando entre água e areia. Pudemos observar que a Praia do Espelho possui uma boa estrutura de pousadas e restaurantes, mas com um padrão bem alto, o que aumenta o preço. É uma boa opção para pessoas que têm pouco tempo de férias e que pretendem relaxar e esquecer o mundo. Como não estamos podendo gastar, levamos as nossas cangas e lanchinhos para o dia e curtimos muito bem na sombra de uma das inúmeras árvores da praia.
Em torno das 17h, começamos o regresso à Caraíva. Fomos surpreendidos pelos efeitos da maré alta. Os rios que nem havíamos notado na ida, estavam muito fortes e, em alguns deles, a água quase me cobria. Tive que passar a maioria deles sendo arrastada pelo Moacir. Além disso, nos trechos de falésia, as ondas batiam nas pedras e nos davam muitos sustos. Aprendemos na marra que caminhar pelas praias exige conhecimento da maré. Apesar de alguns momentos de aperto, a volta foi tranquila e rápida e, antes do anoitecer, já estávamos em Caraíva.
Como este será o nosso último dia na cidade, resolvemos pegar um barquinho (R$2,50 por pessoa, na trilha do povoado) e irmos conhecer a ilha. A chegada na mesma foi uma decepção. A praia possuía um mar revolto e um pouco escuro, a cidadezinha, apesar de bonitinha, nos passou uma imagem de enganação para turista estrangeiro (parece uma aldeia hippie, mas cheia de lojinhas caras) e, quando o rio sobe, as pessoas são obrigadas a caminhar por dentro do mangue que se mistura com o lixo dos restaurantes, um nojo. Demos uma caminhada pelo povoado e já pegamos o barco de volta a trilha do camping.
O restante da noite foi curtindo o clima de paz que emana o Camping Chalés Pau Brasil. O Moacir seguiu ajudando o pessoal a montar o blog deles, eu continuei brincando com a fofa da Ana e cozinhamos uma bela massa com queijo para renovar as energias do dia. Além disso, o Adriano (dono do estabelecimento) ainda nos cedeu um quarto dos chalés para dormirmos. Sendo assim, pudemos tomar um banho quentinho e dormirmos em uma caminha fofinha (após uma gostosa e merecida massagem nos pés, claro). Mais uma vez, nos surpreendemos com a bondade humana. Como é bom estar rodeado de gente boa, que faz o bem só por costume, que maravilha!

Gastos
- Camping: R$30,00   - Barco: R$10,00

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