sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

454° Dia – Ponta do Corumbau – Cumuruxatiba – 13/02/2012 – Segunda-feira

Levantamos relativamente cedo, tomamos o nosso café e partimos. A estrada de chão batido fazia lembrar da pedalada dos últimos dias, pois os ísquios (ossos da bunda) continuavam doendo. Além disso, parecia ter muito mais areia solta do que no dia em que chegamos. Pedalávamos com muito cuidado. Num dos vários atoleiros, peguei uma areia bem fofa e acabei caindo, pois não deu tempo de desclipar o pé direito. Após a queda, aprendi o que a Cris sempre me fala: Anda desclipado neste areião!
Continuamos o nosso caminho e as condições não variavam muito, sendo na maior parte do tempo areia solta e costeletas intermináveis. Cansados da tensão, fizemos um pit-stop num dos poucos bares em que vimos na estrada. Fomos atendidos por um garoto e ficamos conversando com ele. Perguntamos sobre o caminho até Prado e ele nos disse que teríamos que dobrar a esquerda daqui uns 8Km e que Prado ainda estava muito longe. Agradecemos pelo atendimento e pelas informações e seguimos o nosso caminho.
Quando vimos a bifurcação, perguntamos no barzinho que havia para confirmar a informação do garoto. A senhora que estava atendendo disse que realmente tínhamos que dobrar a esquerda e que não sabia a distância até Prado, mas que até Cumuruxatiba ainda tinham 33Km. Mais uma vez agradecemos e partimos.
A partir deste momento, começamos a nos reaproximar do mar, pois havíamos nos afastado bastante. O terreno mudou um pouco e o areial e as costeletas diminuíram um pouco. Entretanto, apareceram descidas e subidas curtas, íngremes e cheias de erosão. Numa destas descidas, a Cris pegou um areial no final da descida e acabou caindo. Na queda ela acabou se batendo bastante na bicicleta e ficou com dor em vários pontos do corpo, principalmente no joelho esquerdo que bateu no chão. Fizemos uma pausa para ela se recuperar do susto e para vermos se tinha sido algo mais sério. Felizmente foram só escoriações e pancadas, sem nenhum ferimento ou lesão mais grave.
Continuamos a pedalada e o sobe e desce não parava. Hoje foi mais um dia em que o trecho pedalado foi digno de uma corrida de aventura. Com o relevo tão acidentado, concluímos que não seria possível chegar em Prado hoje e teríamos que dormir em Cumuruxatiba.
Comemoramos bastante quando avistamos o mar, ainda em cima dos morros. E ainda mais quando, finalmente, chegamos na orla! Os últimos quilômetro foram costeando a orla e admirando a beleza do oceano. Chegamos ao centro do povoado e iniciamos a pesquisa por onde ficar. Até vimos uma pousada com uma excelente infra por R$90,00 por dia, mas optamos por procurar alguma mais simplesinha. Achamos uma bem no centro que era boazinha, com um preço camarada e tinha geladeira disponível (poder ter algo gelado a mão para beber é um fator extremamente motivador). Sendo assim, instalamo-nos e fomos tomar um bom banho para tirar toda a poeira da estrada. O dono da pousada foi parceria e já encomendou uma água de 20l a nosso pedido.
Em seguida, saímos para achar algum lugar para comer. Fomos até o Restaurante Ema e fomos surpreendidos por dois PF’s gigantescos e extremamente saborosos. Acabamos com toda a comida (e bota comida nisso) e ainda fizemos uma boquinha na sorveteria antes de voltarmos à pousada. Assim que chegamos de volta ao quarto, assistimos um pouco de televisão e já fomos dormir, pois o cansaço era grande e amanhã ainda temos toda a ida até Prado.

Gastos
- Pousada: R$50,00   - Janta: R$30,80   - Água: R$10,00    - Sorvete: R$2,70   - Refrigerante: R$3,00
Estatísticas
- Distância: 61,1Km   - Tempo: 6h01min29”   - Média: 10,14Km/h
Condições da estrada
- Muito ruins, com diversos pontos de atoleiros cheios de areia e subidas e descidas em péssima situação (o tempo todo foi chão batido).

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