domingo, 4 de março de 2012

467° Dia – Marataízes – São Francisco – 26/02/2012 – Domingo


Lagoa do Siri

Acordamos renovados depois de uma bela noite de sono. Levantamos, tomamos o nosso café da manhã e arrumamos tudo para partir. Coisa boa termos colocado as garrafinhas para congelar, pois é uma diferença enorme quando temos uma água gelada para a pedalada.
Após sairmos da pousada, perguntamos para alguns moradores da cidade sobre o caminho até Campos dos Goytacazes e todos disseram que era só pegar a estrada para a Lagoa do Siri e ir sempre reto que sairíamos em São Francisco (o nosso objetivo do dia), a cidade que precede Campos (como eles chamam Campos dos Goytacazes). Foi muito bom saber que poderíamos pedalar pelas estradinhas menores e não nos arriscarmos na BR cheia de caminhões.
Pegamos a estrada para a Lagoa do Siri e fomos surpreendidos por um sobe e desce constante. Também pudemos observar a imensidão das plantações de abacaxi que existem nessa região. Aí entendemos o porquê dos R$0,40 de ontem! Já cansados dos aclives e declives, pegamos uma saída para a beira da praia para vermos se tinha alguma via secundária por lá. Infelizmente não tinha e tivemos que pegar uns 600m de chão batido para reencontrarmos o asfalto da estrada.
Quando menos esperávamos, vimos placas da tão “famosa” Lagoa do Siri. Ao nos aproximarmos do local, nos deparamos com uma beleza natural intensa. A água da lagoa contrastava com a água do mar e formava uma paisagem impressionante. Além disso, tinha uma multidão aproveitando aquele “piscinão”. Deu muita vontade de fazer como uns guris e pular na água de cima da ponte da estrada, mas tínhamos muito pedal pela frente. Após admirarmos e tirarmos foto, continuamos o nosso caminho.
Depois de umas 2h de pedalada debaixo de um sol intenso, fizemos uma paradinha num posto de gasolina para repormos as energias. O “lanchinho” foi mais pesado do que imaginávamos e foi difícil levantar da cadeira para seguirmos pedalando. Juntamos todas as forças e lá fomos nós. Os primeiros momentos foram um pouco lentos, mas com o passar dos minutos, retornamos ao nosso ritmo.
A estrada continuava cheia de aclives e declives, mas ao menos havia um bom acostamento para viajarmos tranquilos. Quando estávamos quase transpondo a fronteira entre Espírito Santo e Rio de Janeiro, encontramos um outro cicloturista pelo caminho. O Guilherme é um fluminense que mora em Campos de Goytacazes e que foi passar umas férias de bicicleta pelo sul capixaba. Ele nos contou que havia falado com um amigo que o avisou de dois loucos que também estavam de bicicleta pelas rodovias do estado. Desta maneira, o Guilherme apertou o passo até nos achar. Pedalamos um bom tempo juntos, totalizando uns 40Km e umas 2h. Durante este tempo, o braço esquerdo do pe-de-vela da bike da Cris soltou. Para o nosso desespero, não temos a chave necessária para apertar novamente. Sendo assim, fizemos o que conseguimos com as próprias mãos. Continuamos a nossa pedalada até São Francisco e, enquanto o Guilherme seguiu o seu caminho para Campos, iniciamos a busca por onde ficar.
São Francisco nos surpreendeu e se mostrou uma cidade muito maior do que imaginávamos. Acabamos nos instalando numa pousadinha bem no centro e que tinha um precinho mais camarada. Após um bom banho e descansarmos um pouco, saímos em busca do nosso jantar. Quando perguntamos por restaurante, o pessoal da pousada avisou que serviam janta, farta, gostosa e baratinha. Sendo assim, reservamos as nossas refeições e fomos bater perna pela cidade.
Caminhamos algumas quadras e percebemos que a cidade não possui nenhum atrativo turístico. Como a fome estava grande, somente passamos num mercadinho para comprarmos as bebidas da janta e retornamos à pousada. Mesmo se quiséssemos comprar outras coisas não conseguiríamos, pois todas as lojas estavam fechadas.
De volta ao nosso quarto, o pessoal da pousada avisou que demorariam um pouco mais para preparar a nossa janta devido a um acidente com o filho deles. Falamos que não havia problema e curtimos um pouquinho mais de relaxamento. Após uns 45min, fomos chamados e nos deparamos com uma mesa absurdamente farta. Eram gamelas de arroz, feijão, salada de batata, salada verde e purê e dois bifões à milanesa. Como o trabalho seria árduo, iniciamos sem pressa alguma. Remamos, remamos e remamos, mas não conseguimos acabar com a salada de maionese.
Fomos para o quarto mais do que estufados e, literalmente, com o estômago dilatado! Dava para ver uma “calotinha” no abdômen. Como não conseguíamos fazer mais nada, só nos restou deitarmos e descansarmos mais um pouco. Ficamos mais umas 2h relaxando até começarmos a dar uma arrumadinha nas coisas para amanhã. Em seguida fomos dormir, pois amanhã pretendemos passar um pouco de Campos dos Goytacazes para facilitar a ida até Macaé e, posteriormente, até Arraial do Cabo.
Gastos
- Pousada: R$50,00   - Pão: R$1,50   - Bebidas: R$9,90   - Janta: R$18,00
Estatísticas
- Distância: 75,2Km   - Tempo: 4h55min23”    - Média: 15,22Km/h
Condições da estrada
- Medianas, variando muito de trecho para trecho.

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