quarta-feira, 21 de março de 2012

480° Dia – São Sebastião (Barequeçaba) – Barra do Una – 10/03/2012 – Sábado


Acordamos recuperados, porém ainda um pouco cansados. Mesmo assim, tínhamos bastante chão pela frente. Desta forma, levantamos e fomos preparar o nosso café da manhã. Após um belo desayuno, arrumamos tudo e partimos para a estrada.
Saímos de São Sebastião sem destino definido. Não sabíamos onde iríamos parar, mas pretendíamos chegar até Boracéia. Já de cara, nos deparamos com os 8Km de “Curvas acentuadas” e “Trecho sem acostamento” restantes (segundo as placas que vimos ontem). Após este trecho meio tenso (pois os carros passavam bem próximos à nós), pudemos aproveitar um pequeno pedaço de estrada mais tranquila para curtirmos a belíssima paisagem do Parque Estadual da Serra do Mar.
Pedalávamos debaixo de um sol forte do qual, para a nossa sorte, éramos protegidos pelas árvores mais frondosas. Mesmo assim, suávamos muito e fazíamos muito força para vencer os diversos morros que tínhamos pela frente. Depois de um bom tempo pedalando, fizemos uma paradinha para repor as energias. Neste momento, dois ciclistas paulistas chegaram até onde estávamos e ficamos conversando e trocando experiências. Não sei se foi bom ou não escutar as notícias deles, mas ficamos sabendo que o pior estava por vir. Eles nos disseram que a Serra de Maresias era o trecho mais difícil deste percurso. Agradecemos pelas informações, nos despedimos e seguimos o nosso caminho.
Estávamos bem curiosos a respeito da praia de Maresias, pois sempre escutamos as pessoas falarem que o lugar era legal. Assim que chegamos, ficamos um pouco decepcionados, pois as pequenas enseadas ao redor nos pareceram muito mais belas. Porém, é verdade, que a infraestrutura da praia é muito boa, disponibilizando diversos padrões de hospedagem, restaurantes e demais facilidades. Como tínhamos que passar de Maresias (principalmente por causa da serra) para podermos chegar em Santos amanhã, seguimos pedalando. Mas antes, aproveitamos a existência de um grande supermercado para fazermos umas comprinhas e garantirmos a janta, ou melhor, o cafezão da noite.
Carregados, seguimos em direção ao paredão verde à nossa frente. Segundo as informações dos dois paulistas com os quais conversamos, seriam 4Km de subida íngreme. Nos primeiros 500m, tivemos a esperança de que o resto da subida seria da mesma forma, porém estávamos enganados. De uma hora para outra a estrada se tornou extremamente íngreme e ficou impossível pedalarmos. Desta forma, tivemos que descer das bikes, engolir o orgulho e empurrar as “não tão magrelas” lomba acima. Depois de uns 2Km nesta função, fizemos uma paradinha para darmos uma descansada, pois estávamos lavados de suor! Deu para, literalmente, torcer a camiseta! Para o nosso alívio, em seguida a inclinação diminuiu bastante e conseguimos pedalar novamente. Foi apenas mais 1Km de sofrimento até chegarmos à nossa merecida recompensa. Foram uns 4Km de descida só curtindo o vento na cara e uma paisagem maravilhosa. Assim que terminou a descida, começamos a procurar algum lugar para passarmos a noite.
Após mais um tempo pedalando, a noite já queria dar o ar da graça e uma chuva fininha e alguns raios se fizeram presente, sendo assim, vimos que era hora de parar. Paramos na entrada de Juquehy para vermos se havia alguma pousadinha camarada. Depois de passarmos numas três, vimos que aquela região não era para o nosso bico. Sendo assim, pegamos o caminho para Barra do Una (próxima enseada) por dentro de Juquehy e nos surpreendemos pelo padrão do balneário. Só víamos carros importados e caminhonetes luxuosas, além dos bares e restaurantes chiquerésimos. Aí sim tivemos certeza de que nem adiantava procurar algum tipo de hospedagem!
Como já era noite, ligamos os faróis e entregamos a alma. Foram uns 45min pedalando até chegarmos ao centro de Barra do Una. Aproveitamos que tinha um pessoal na frente de um supermercado e aproveitamos para saber se havia alguma pousadinha próxima. Eles indicaram umas casas que alugavam quartos. Agradecemos e nos dirigimos para lá, torcendo que conseguíssemos nos hospedar, pois já estávamos cansados. Na segunda tentativa, achamos a Hospedagem da Lia (12-38671411 ou 12-92196130 ou bittencourtangela@hotmail.com). Lá, fomos muito bem recebidos e, após um chorinho, ela fez o precinho mais camarada da noite. Sendo assim, já nos instalamos e tomamos um bom banho. Completamente fadigados, tomamos o nosso cafezão (ainda bem que tínhamos comprado os mantimentos) e capotamos. Só pensávamos que amanhã ainda tínhamos muito pela frente até Santos (uns 90Km), que, segundo informações, era predominantemente plano! Graças a Deus!

Gastos
- Pousada: R$80,00   - Bebidas: R$3,50   - Supermercado: R$25,13
Estatísticas
- Distância: 49,3Km   - Tempo: 4h13min22”    - Média: 11,7Km/h
Condições da estrada
- Boas, porém uma estrada bem perigosa devido às inúmeras curvas.

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