segunda-feira, 12 de março de 2012

469° Dia – Campos dos Goytacazes – Macaé – 28/02/2012 – Terça-feira

Acordamos relativamente cedo e fomos tomar o café da manhã. Ficamos impressionados com a fartura oferecida pela pousada. Enquanto comíamos para nos prepararmos para o dia de pedalada, percebemos que as nossas pernas ainda estavam bem pesadas e que o sol já estava fortíssimo. Desta maneira, chegamos à conclusão de que seria melhor descansarmos mais um pouco e sairmos somente lá pelo meio-dia, pois assim estaríamos mais relaxados e ficaríamos menos tempo expostos ao sol forte. Com a decisão tomada, fomos dar mais uma recostadinha.
Mais tarde, levantamos e começamos a arrumar tudo. Despedimo-nos do pessoal e iniciamos às pedaladas às 12h. O sol forte e o tráfego tumultuado nos deixaram tensos já de cara. Com o tempo, fomos nos acostumando a estes fatores e conseguimos relaxar um pouco. Pelo menos, o acostamento era largo e tinha um bom asfalto. Após pedalarmos um bom tempo, fizemos uma parada num restaurantezinho para almoçarmos. Dividimos um farto PF (prato feito) que nos deixou bem saciados.
Após esta bela refeição, passamos no posto de gasolina em frente ao restaurante para pegarmos um saco de gelo. O surpreendente foi o procedimento adotado pelo estabelecimento: o cliente tem que se dirigir direto ao caixa, efetuar o pagamento e, após isso, recebe uma sacola e tem que se dirigir ao balcão e pedir para a atendente encher de gelo. Mesmo achando bem diferente, aproveitamos a maravilha que era ter as nossas garrafinhas cheias, lotadas de gelo! Hoje, pelo menos, não teremos problema de passar sede ou ter que tomar água quente.
Saindo do posto, pedalamos mais diversos quilômetros e não chegávamos nunca à entrada de Macaé. Já tínhamos feito mais algumas paradas e nada. Estávamos estranhando, pois já estava anoitecendo e não passamos pela entrada. Falando em anoitecer, passamos por paisagens incríveis com o sol se pondo entre os morros. Quando realmente acabou a luz, tivemos que fazer uma paradinha para colocar os aparatos luminosos na bike. Após parecermos uma árvore de natal, continuamos pedalando.
Fizemos mais uma paradinha numa lojinha de laticínios para perguntarmos se faltava muito e aproveitamos para pegarmos um picolezinho. Um pouco mais reconfortados (pois o pessoal falou que não faltava muito e o picolé estava ótimo), continuamos o nosso caminho na escuridão da BR-101. Após uns 10Km, chegamos à entrada de Macaé. Ficamos na dúvida de rodar um pouco mais e ir direto para Rio das Ostras (pois atalharíamos 13Km do itinerário de amanhã), mas como não sabíamos quanto tempo de farol (as pilhas e a bateria estavam acabando) teríamos, optamos por ir para Macaé mesmo.
Esta outra estrada era bem menos movimentada do que a BR-101, mas suas condições não eram tão boas. Além disso, o vento que estava nos ajudando o dia todo se converteu contra nós. Porém, como já estava escuro, pedalávamos sem pressa de chegar ao nosso destino. Depois de quase 1h30min, já avistávamos as luzes da cidade. Ficamos felizes ao, finalmente, chegarmos na área urbana e pudermos dar uma relaxada.
Pedalávamos tranquilamente pelas ruas quando vimos um certo aglomerado de carros e pessoas. Pensamos que era alguma festa e prestamos um pouco mais de atenção. Para a nossa tristeza, era um acidente de moto onde uma vítima estava em prantos e a outra já estava tapada com uma lona preta. Aquilo nos afetou bastante e nos deixou bem pensativos. O silêncio imperou durante um tempo e refletíamos sobre algumas situações por quais passamos e como pequenos detalhes podem fazer toda a diferença.
Após o susto, chegamos à Praia de Cavaleiros e iniciamos a busca por onde ficar. Na primeira pousada que fomos ver o preço levamos o susto de R$200,00. Vendo que a região não “é para o nosso bico”, perguntamos onde era o local mais acessível da cidade. O atendente disse que era no centro, próximo da rodoviária. Sendo assim, lá fomos nós.
O caminho até lá não era nada bom, sendo que até pensamos em retornar, porém seguimos em frente. Assim que chegamos no bairro, recomeçamos a busca por onde ficar. Todos os locais por quais passávamos estavam lotados ou eram demasiadamente ruins. Depois de rodar mais de 1h, nos instalamos na Pousada Maximus. Assim que chegamos, já pedimos para o atendente ligar para um Tele-Xis, pois hoje não tínhamos ânimo para mais nada. Era só comer e dormir!
Instalamo-nos, tomamos um bom banho e devoramos o “xis de tudo e mais um pouco” que veio (grande mesmo!). Satisfeitos, deitamos e ficamos relaxando um pouco. Hoje a Cris estava com um fôlego impressionante durante a pedalada e não me deixou relaxar nem um instante. Quando achava que tinha aberto uma distância dela e poderia descansar, lá estava ela gritando para eu andar mais rápido! Diante destas condições, chegamos moídos! Passamos o que nos restava de noite descansando e relaxando, pois amanhã teremos um árduo caminho até Arraial do Cabo.

Gastos
- Pousada: R$80,00   - Janta: R$25,80   - Almoço: R$12,00   - Gelo: R$3,00   - Picolé: R$3,00
Estatísticas
- Distância: 135,7Km   - Tempo: 7h17min44”    - Média: 18,6Km/h
Condições da estrada
- Boas, com um acostamento largo e com um asfalto liso.

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